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terça-feira, 20 de dezembro de 2011
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Luz Liberdade
Kiko Pardini disse...
Luz e Liberdade.
Ouvi uma explicação esplêndida sobre a luz e de como ela age na água vibrando suas moléculas e assim aquecendo tudo que entra no micro-ondas. E não ficou só nisso não, ainda soube que a luz dos Raios-X, Ultra-Violeta, Infla - Vermelho, etc. Em estudo magnífico dês da descoberta de sua velocidade de 300milkm/s a de sua influência nas fibras óticas onde em futuro próximo irá acelerar as informações terminando com a lentidão conhecida.
A mesma fonte a “NASA” incluiu no informe a investigação feita no universo, aí sobre vida extra-terrestre onde via radio o estudo da luz de outras galáxias em um acontecimento houve inesplicada interferências nos computadores acoplados em registro, onde nada foi identificado como existente tornando o sinal de interferência como primeiro sinal de vida inteligente fora da terra. Levando a comunidade cientifica desconfiar de vida inteligente como também convencendo muitos desta possibilidade.
Pra mim que haja (Luz) nos estudos científicos, pois como leigo imaginei estar-mos só no universo e essa descoberta caso haja interação nas mensagens servirá para vária desmistificação e esclarecimentos inimagináveis.
Kiko Pardini
19/12/2011 22:08:00
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Luz e Liberdade.
Ouvi uma explicação esplêndida sobre a luz e de como ela age na água vibrando suas moléculas e assim aquecendo tudo que entra no micro-ondas. E não ficou só nisso não, ainda soube que a luz dos Raios-X, Ultra-Violeta, Infla - Vermelho, etc. Em estudo magnífico dês da descoberta de sua velocidade de 300milkm/s a de sua influência nas fibras óticas onde em futuro próximo irá acelerar as informações terminando com a lentidão conhecida.
A mesma fonte a “NASA” incluiu no informe a investigação feita no universo, aí sobre vida extra-terrestre onde via radio o estudo da luz de outras galáxias em um acontecimento houve inesplicada interferências nos computadores acoplados em registro, onde nada foi identificado como existente tornando o sinal de interferência como primeiro sinal de vida inteligente fora da terra. Levando a comunidade cientifica desconfiar de vida inteligente como também convencendo muitos desta possibilidade.
Pra mim que haja (Luz) nos estudos científicos, pois como leigo imaginei estar-mos só no universo e essa descoberta caso haja interação nas mensagens servirá para vária desmistificação e esclarecimentos inimagináveis.
Kiko Pardini
19/12/2011 22:08:00
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segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
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Liberdade.
Liberdade é a essência de verso,
É sorrir em lagrimas e aprender,
Que está vida é sua pelo saber,
Nada pode conferir maior prazer.
E a razão chega quando do eterno viver,
Na velocidade do universo, converter,
Carregada do espaço a perceber,
Gosto futuro, de este o passado obter.
Pela saudade de uma vã eternidade,
Hoje em tempo dividido pela vontade,
Até o lógico estudo da humanidade.
Que poesia reflete esta verdade,
Agora presente versos na finalidade,
O compreender na alma esta vaidade.
Kiko Pardini
É sorrir em lagrimas e aprender,
Que está vida é sua pelo saber,
Nada pode conferir maior prazer.
E a razão chega quando do eterno viver,
Na velocidade do universo, converter,
Carregada do espaço a perceber,
Gosto futuro, de este o passado obter.
Pela saudade de uma vã eternidade,
Hoje em tempo dividido pela vontade,
Até o lógico estudo da humanidade.
Que poesia reflete esta verdade,
Agora presente versos na finalidade,
O compreender na alma esta vaidade.
Kiko Pardini
sábado, 10 de dezembro de 2011
Liberdade:
Liberdade:
Como é difícil aprender o que é liberdade. Existe no dicionário explicações que passeia pelo significado e não querendo ser pretensioso também escolho a forma de passear pelo significado da palavra LIBERDADE.
Livres, só o som nos remete a uma enxurrada de bons sentimentos e assim que imagino que ela seja mesmo como um perfeito som. Entendamos então a liberdade se for possível dessa forma como apenas um lindo e belo som.
Todo som corresponde a uma nota ou parte dela em um total de sete notas (7),que rege uma infinidade de composição, de uma infinidade de estilos e tendências,aí esta a bela
definição de liberdade, onde apenas uma palavra esta para vida como as sete notas compondo a musica que rege nossa vida.
Na complexidade do planeta terra imerso estamos na atmosfera onde a biodiversidades compõem territórios mares oceanos e existe uma liberdade que nos confere a vida ; o ar, o sol, a água e a própria terra que continua um ciclo musicado e composto pela nossa liberdade.
E isso tem uma influencia vital na vida das pessoas como também na minha. Escolhi e por tanto tive a liberdade de escolher um lugar para morar, lugar distante de onde nasci. Não que lá não houvesse liberdade para mim, mas a liberdade daqui condiz mais com que quero como musica no meu canto, à liberdade.
Veja só , estamos hoje em novembro de 2011 e aqui onde canto o meu canto à liberdade ainda não temos na cidade um semáforo,não existe engarrafamento no transito e as pessoas usa tanto as causadas como a própria rua para se locomover livremente.
As terras são coberta por vegetação que nutri o gado onde algumas cabeças são abatidas para abastecer a cidade e o restante comercializados nos grandes centros.Também a muito leite da mesma forma comercializado sobrando alguns comercio de casa em casa direto dos currais. A terra e o clima neste habitat escolhido para o meu canto a liberdade, e ameno com alguns rios e lagoas onde o peixe chega fazer parte da economia local.
Na sua complexa e sonora questão salarial que é um desafio que desafina no todo mundo temos que passar por filósofos e governo mas é coisa que vamos tratar no próximo capitulo.
Kiko Pardini
Como é difícil aprender o que é liberdade. Existe no dicionário explicações que passeia pelo significado e não querendo ser pretensioso também escolho a forma de passear pelo significado da palavra LIBERDADE.
Livres, só o som nos remete a uma enxurrada de bons sentimentos e assim que imagino que ela seja mesmo como um perfeito som. Entendamos então a liberdade se for possível dessa forma como apenas um lindo e belo som.
Todo som corresponde a uma nota ou parte dela em um total de sete notas (7),que rege uma infinidade de composição, de uma infinidade de estilos e tendências,aí esta a bela
definição de liberdade, onde apenas uma palavra esta para vida como as sete notas compondo a musica que rege nossa vida.
Na complexidade do planeta terra imerso estamos na atmosfera onde a biodiversidades compõem territórios mares oceanos e existe uma liberdade que nos confere a vida ; o ar, o sol, a água e a própria terra que continua um ciclo musicado e composto pela nossa liberdade.
E isso tem uma influencia vital na vida das pessoas como também na minha. Escolhi e por tanto tive a liberdade de escolher um lugar para morar, lugar distante de onde nasci. Não que lá não houvesse liberdade para mim, mas a liberdade daqui condiz mais com que quero como musica no meu canto, à liberdade.
Veja só , estamos hoje em novembro de 2011 e aqui onde canto o meu canto à liberdade ainda não temos na cidade um semáforo,não existe engarrafamento no transito e as pessoas usa tanto as causadas como a própria rua para se locomover livremente.
As terras são coberta por vegetação que nutri o gado onde algumas cabeças são abatidas para abastecer a cidade e o restante comercializados nos grandes centros.Também a muito leite da mesma forma comercializado sobrando alguns comercio de casa em casa direto dos currais. A terra e o clima neste habitat escolhido para o meu canto a liberdade, e ameno com alguns rios e lagoas onde o peixe chega fazer parte da economia local.
Na sua complexa e sonora questão salarial que é um desafio que desafina no todo mundo temos que passar por filósofos e governo mas é coisa que vamos tratar no próximo capitulo.
Kiko Pardini
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
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Discussão:Mosteiro de Alcobaça
Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Este artigo encontra-se vinculado ao WikiProjecto:Património Mundial da UNESCO, cujo objectivo é criar e melhorar os artigos da Wikipédia sobre
locais e monumentos considerados pela UNESCO como Património Mundial. Se deseja participar, visite a página do projecto, onde poderá inscrever-se colaborar na lista de tarefas em aberto.
Este é um artigo sobre património Mundial da UNESCO, de qualidade 4.
Este é um artigo sobre património Mundial da UNESCO, de importância desconhecida.
Amor
lasciva embriagada, De uma mistura imaculada. Um tanto da fissura apaixonada, Na cheia taça de pura ternura velada.
Ridicularizamos o tempo e te fiz menina. Fomos dos poetas, dá vida a sua sina. Dos boêmios insanos todas as fantasias, E sem escândalos conquistamos nossas rimas.
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Alcobaça.mosteiro.view.castello.jpg
fizemos das noites poesias em instantes, Que reflete o poder dos amantes, Em tornar novos velhos acompanhantes.
o luar penetrante. Despertando paixões incessantes, Pelas noites escuras, em amor transbordante. Kiko Pardini (discussão) 03h32min de 21 de novembro de 2010 Pardini (discussão) 14h55min de 19 de novembro de 2010 (UTC)
Pardini
Pardini (discussão) 22h22min de 15 de setembro de 2010 (UTC
Este artigo encontra-se vinculado ao projecto Wikipedia:Versão 1.0, cujo objectivo é melhorar a qualidade dos artigos. Se deseja consultar, visite a
Wikipedia:Projectos/Portugal/Património. .
Este é um artigo de qualidade 4.
Este é um artigo de importância 4.
Rascunho do Artigo
tradução do artigo sobre o Mosteiro de Alcobaça na Wikipedia alemã, também com uma proposta incorporar o artigo existente na Wikipedia portuguesa. Era possível partes (sobre a História da Abadia até “Número de monges” e a Descrição das instalações e seguinte):
Coordenadas: 39º 32' 54" N 8º 58'
Mosteiro de Alcobaça
Património Mundial — UNESCO
A Real Abadia de Alcobaça
Informações
Inscrição:
1989
Localização:
39º 32' 54" N 8º 58' 48" O
Critérios:
C (i) (iv)
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/02/Alcobaca.mosteiro.westfront.part.jpg/300px-Alcobaca.mosteiro.westfront.part.jpg
http://bits.wikimedia.org/skins-1.5/common/images/magnify-clip.png
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/a/a9/Alcobaca.mosteiro.frontside.n.s.jpg/300px-Alcobaca.mosteiro.frontside.n.s.jpg
http://bits.wikimedia.org/skins-1.5/common/images/magnify-clip.png
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/5/57/Alcobaca.mosteiro.north.side.corner.jpg/300px-Alcobaca.mosteiro.north.side.corner.jpg
http://bits.wikimedia.org/skins-1.5/common/images/magnify-clip.png
Descrição UNESCO:
fr en
mosteiro cisterciense, o Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, também conhecido por A Real Abadia de Alcobaça, é um dos maiores mosteiros de Portugal,
hoje em dia a maior igreja deste país, tendo adquirido o estatuto de Património Mundial da Humanidade em 1989. Este Mosteiro encontra-se na cidade de Alcobaça,
localiza na província histórica da Estremadura, a ca. de 100 km a norte de Lisboa. Ao longo de vários séculos, a abadia era um centro espiritual do país, tinha autonomia
governamental e o seu abade era um dos mais altos conselheiros do rei. Ela foi fundada em 1153 por D. Afonso Henriques. Segundo reza a lenda, aquando da Reconquista, Henriques prometera a Maria, mãe de Jesus, construir este mosteiro em sua homenagem, caso ele conseguisse conquistar aos mouros a importante fortaleza de deu-se finalmente a vitória, levando D. Afonso Henriques a cumprir o prometido, oferecendo, em 1153, o território de Alcobaça ao abade cisterciense Bernardo Estes eventos encontram-se documentados nos azulejos azuis das paredes da Sala dos Reis do Mosteiro que datam do século XVIII. Em 1178, os cistercienses iniciaram
construção do Mosteiro, tornando-se este um dos mais ricos e poderosos mosteiros da Ordem de Cister.[1] Em 1833, os monges abandonaram-no, tornando-se este um para os mais de 250.000 visitantes que anualmente o visitam.
de Alcobaça
principal do Mosteiro
norte do Mosteiro
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/e9/Alcobaca.mosteiro.sul.jpg/300px-Alcobaca.mosteiro.sul.jpg
http://bits.wikimedia.org/skins-1.5/common/images/magnify-clip.png
do Mosteiro com a Biblioteca
Índice
1 Fundo histórico
o 1.1 O nascimento de Portugal
o 1.2 O reconhecimento pelo Papa
o 1.3 Política de povoamento
2 História do Mosteiro
o 2.1 A Ordem de Cister
o 2.2 Mosteiro da Idade Média
o 2.3 Coutos de Alcobaça
o 2.4 Aumento do poder
o 2.5 Posição da abadia dentro do estado
o 2.6 Dependência do poder real
o 2.7 Congregação Autónoma dos Cistercienses
o 2.8 As três catástrofes
o 2.9 Encerramento dos mosteiros por parte do Estado
o 2.10 Pilhagem do Mosteiro no ano de 1833
o 2.11 Decadência das instalações do Mosteiro
o 2.12 Reconstrução na Idade Moderna
3 Significado cultural do Mosteiro
o 3.1 Ensino e economia
o 3.2 Ciência
o 3.3 Arte
o 3.4 Congregações filhas
4 Número de monges
5 Descrição das instalações
o 5.1 Descrição Geral
o 5.2 Igreja
o 5.3 Caracterização arquitectónica
o 5.4 Deambulatório
o 5.5 Sacristia
o 5.6 Os primeiros túmulos reais
o 5.7 D. Pedro e Inês de Castro
. 5.7.1 Os sarcófagos
. 5.7.2 A criação dos túmulos
. 5.7.3 A sorte dos túmulos
o 5.8 Claustro medieval
. 5.8.1 Claustro da Leitura
. 5.8.2 Claustro do Capítulo
. 5.8.2.1 Sala do Capítulo
. 5.8.2.2 Parlatório
. 5.8.2.3 Dormitório
. 5.8.2.4 Sala dos Monges
. 5.8.3 Claustro do Refeitório
. 5.8.3.1 Cozinha velha e nova
. 5.8.3.2 Refeitório
. 5.8.3.3 Lavabo
. 5.8.4 Claustro do Poente
o 5.9 Outros claustros
. 5.9.1 Claustro da Levada
. 5.9.2 Claustro do Rachadoiro
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/e2/Alcoba%C3%A7a.mosteiro.afonso.henriques.dorm.jpg/220px-Alcoba%C3%A7a.mosteiro.afonso.henriques.dorm.jpg
http://bits.wikimedia.org/skins-1.5/common/images/magnify-clip.png
6 Arredores
o 6.1 Muro do Mosteiro
o 6.2 Os jardins do Mosteiro a sul
o 6.3 Cemitérios
o 6.4 Agricultura
7 O sistema hidráulico do Mosteiro
8 Referências
9 Literatura
10 Panteão régio
11 Eclesiásticos
12 Ligações externas
Fundo histórico
Henriques, estátua de 1716, fachada do Dormitório
fundação do Mosteiro de Alcobaça encontra-se intimamente ligada à história do nascimento de Portugal, sendo, assim, a história da abadia um reflexo da História de Portugal.
nascimento de Portugal
Henriques nasceu em 1108 e, utilizando o título de Conde do Condado Portucalense, participou na Reconquista. Aos 12 anos, elegeu-se a si próprio cavaleiro e pequena armada, com a qual partiu, com sucesso, a partir do Condado Portucalense (Guimarães) em direcção ao sul. Em 1131, transferiu a sua residência para Coimbra os Mouros, em 1139, na Batalha de Ourique. Em seguida, autoproclamou-se Rei de Portugal e libertou-se da prestação de vassalagem ao rei de Castela, D. Afonso episódio suscitou desentendimentos entre Portugal e Castela. Em 1143, D. Afonso VII de Castela reconheceu a independência de Portugal por meio de um representante
reconhecimento pelo Papa
entanto, era fundamental o reconhecimento da independência do estado português pelo Papa, o que levou D.Afonso Henriques a pedir auxílio a Bernardo de Claraval.[abade e fundador da abadia cisterciense de Claraval, Bernardo de Claraval foi um dos clérigos mais influentes. Além disso no ano de 1145 foi eleito com Eugénio Papa cisterciense. Em 1144, D. Afonso Henriques concedeu aos Cistercienses a vila de Tarouca, no norte de Portugal. Quando em 1147, D.Afonso Henriques conquistou
Sintra, Almada e Palmela aos mouros, e com a doação de Alcobaça em 1153, ainda durante a vida de Bernardo de Claraval – foi o último Mosteiro que este fundou morte -, o reconhecimento da independência de Portugal tornara-se muito mais premente. Tratava-se de um território de ca. de 500 km² que correspondia ao território
em dia possui o mesmo nome até à costa litoral, englobando vilas como a Nazaré, parte das Caldas da Rainha, encontrando-se, deste modo, entre a Serra dos
Candeeiros, com 613 m de altura, e a costa litoral. Contudo, o reconhecimento do Papa chegava somente no ano de 1179 através de uma bula do Papa Alexandre III. Na Mosteiro (ver abaixo) encontra-se representada a coroação imaginária de D. Afonso Henriques por Bernardo de Claraval e pelo Papa Inocêncio II (1130--1143) num
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/5/52/Alcobaca.mosteiro.castello.jpg/220px-Alcobaca.mosteiro.castello.jpg
http://bits.wikimedia.org/skins-1.5/common/images/magnify-clip.png
de barro em tamanho real que datam do século XVIII.
Política de povoamento
Independentemente desta ocasião excepcional, a entrega aos mosteiros de terras conquistadas aos mouros durante a Reconquista correspondia a uma política de povoamento
destinada a pacificar o território ocupado e a converter os novos súbditos. Desta forma, na luta pela independência, D. Afonso Henriques entregou em 1127 Vimieiro congregação beneditina de Cluny; em 1128, entregou Soure aos Templários; em 1131, fundou o Mosteiro de Santa Cruz em Coimbra; entregou Tomar aos Templários em como, em 1169, um terço do território conquistado no Alentejo. Por fim, no ano de 1172, a Ordem de Santiago obteve o Castelo de Arruda na localidade de Évora.[3]
História do Mosteiro
Ordem de Cister
século X organizou-se em Cluny, na Borgonha, um novo mosteiro beneditino que procurava renovar a regra de S. Bento. As igrejas cluniacenses eram cheias de decorativos. Contra estas manifestações de gosto pela beleza natural, insurgiu-se Bernardo de Claraval, que se recolhera em 1112 em Cister, donde saíra para Claraval e animar mais uma reforma que restituísse à ordem de S. Bento todo o rigor inicial. Os religiosos de Cister deviam viver do seu trabalho, não acumular
e os mosteiros seriam edificados em lugares ermos, sem qualquer decoração.
Mosteiro da Idade Média
castelo
monges cistercienses e um abade da mesma Ordem – de acordo com as regras gerais da Ordem o número de abades correspondia ao tamanho mínima de uma abadia posse do terreno pertencente ao Mosteiro e construíram, a poucos metros do actual Mosteiro e junto ao rio Alcoa, a abadia provisória de Santa Maria A Velha, da Nossa Senhora da Conceição ainda hoje é um testemunho. Quando, no ano de 1178, foram iniciadas as obras de construção da igreja e das primeiras divisórias o território ainda não se encontrava de todo pacificado, sendo a construção atrasada pelas investidas dos mouros. No massacre de 1195, muçulmanos vindos de
penetraram, possivelmente através da Lagoa da Pederneira (actual Nazaré) e assaltaram o Mosteiro em construção, tendo morto os 95 monges que aí se encontravam Os monges só encontraram protecção numa fortaleza vizinha, o Castelo de Alcobaça, que era um antigo castelo mouro. Segundo algumas opiniões, este castelo visigoda e foi restaurado tanto por D. Afonso Henriques como pelo seu sucessor, D. Sancho I. Hoje em dia ainda restam as paredes das muralhas exteriores. No dia 1223, os monges abandonaram a velha abadia, mudando-se para o novo Mosteiro. O túmulo do terceiro rei de Portugal, D. Afonso II, falecido em 1223, foi acolhido
igreja em 1224. Contudo, as obras só terminariam fundamentalmente em 1240, dando-se a consagração em 1252.
Coutos de Alcobaça
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/ec/Aljubarrota.pelourinho.green_2.jpg/220px-Aljubarrota.pelourinho.green_2.jpg
http://bits.wikimedia.org/skins-1.5/common/images/magnify-clip.png
em Aljubarrota, 1514
território cedido aos cistercienses e que, anteriormente, tinha pertencido aos mouros, provavelmente não tinha sido utilizado para a agricultura, devido às inúmeras guerras passavam nesse local. Os monges iniciaram de imediato o seu povoamento através da criação de granjas a partir das quais nasceram os coutos (lat. cautum: para segurança),
espécie de comunidades que a igreja vigiava e dirigia. Estas comunidades nunca se encontravam a mais de um dia de marcha do Mosteiro. Com a passagem dos anos, locais foram adquirindo direitos de exploração próprios, sendo obrigados a prestar contas à abadia. As primeiras comunidades- como, por exemplo, a de Aljubarrota-,
já nos anos de 1164/1167; as últimas foram criadas no século XV. O único granja que perdurou até aos dias de hoje na sua estrutura básica é a Quinta do Campo, da comunidade de Valado dos Frades, na região da Nazaré. Este couto já existia no século XIII, datando possivelmente do século XII, tendo sido criado através dos pântanos. A partir do século XIV, os monges criaram nesse sítio uma escola agrícola. Hoje em dia, os edifícios têm meramente um valor turístico.[4] A maior localidades circundantes de Alcobaça e da Nazaré remontam ao tempo destas colonizações como nos testemunham as igrejas e as capelas construídas em primeiro lugar, pelourinhos que detinham a sua própria jurisdição. O abade de Alcobaça tinha o privilégio real de poder tomar decisões judiciais sem a confirmação do rei, pelo fugitivos ou mesmo, inicialmente, alguns criminosos, encontravam aqui protecção mesmo relativamente ao rei.[5] Deste modo, os monges cultivavam e povoavam
rapidamente as terras e possuiam, através dos coutos, um domínio espiritual e, simultaneamente, mundano. Já no século XIII, o Mosteiro possuia dois portos (Alfeizerão/do Porto situados na Lagoa de Alfeizerão, e Pederneira, hoje uma parte da Nazaré), possibilitando aos monges a prática da pesca, a exportação de vinho e de sal,
das salinas da lagoa que existia desde a Pederneira (Nazaré) até poucos kilómetros de Alcobaça. Mais tarde, exportavam azeitonas e azeite, nozes, frutos secos Em 1368 e em1374, por meio de uma doação do rei D. Fernando, o domínio da abadia foi alargado com territórios perto de Paredes da Vitória e Pataias. Deste a fazer parte integrante do Mosteiro dezanove localidades, das quais treze se tornaram vilas, tais como Aljubarrota (1164/1167), Alvorninha ( 1210), Pederneira 1236/1238), São Martinho do Porto (1257), Paredes da Vitória (1282), Évora de Alcobaça (1285), Cela Nova (1286), Salir de Matos (provavelmente século XIII), 1307), Cós (1311), Maiorga (1303), Turquel (1314), e Alfeizerão ( 1332, mas que já existia nos tempos dos mouros).[6] Esta estrutura de povoação marca, ainda Alcobaça, possuindo esta, na maior parte das suas freguesias, de 3000 e 6000 habitantes, aproximadamente. Devido à grande experiência dos monges, os reis auxílio para a secagem de pauis noutras zonas do território português. Em troca do auxílio na secagem dos pauis por parte da abadia, ela recebia bens feudais
Aumento do poder
económico trouxe consigo uma considerável afluência populacional, o que obrigava a um permanente alargamento das instalações do Mosteiro. Por este motivo, construção, hoje considerada de estilo medieval, nas imediações a norte da igreja. De acordo com recentes achados arqueológicos antes da viragem do século, possivelmente
sido iniciadas construções de outros edifícios já no século XIV, no lado sul da igreja provavelmente mesmo um novo claustro e suas instalações circundantes, do qual lado sul do Mosteiro fazia parte.[7] Até àquele momento pensava-se que esta ala só tivesse sido acrescentada no século XVIII, altura em que toda a frente ocidental foi revestida por uma fachada barroca. Até ao início do século XV, os monges desenvolveram uma grande actividade, cultivando as terras e desenvolvendo a agricultura,
dedicando-se à pesca, extraindo sal e ferro, desenvolvendo a arte de forjar, promovendo o artesanato e educando os colonos. Em 1269, criaram uma das primeiras escolas
do ocidente, cuja transferência, em 1290, para Coimbra, deu origem à Universidade de Coimbra. As comunidades pertencentes ao Mosteiro floresciam de tal maneira abadia de Alcobaça o relaxamento começava a substituir as regras rígidas cistercienses, à semelhança do que sucedia noutros mosteiros. Por este motivo, o Papa determinou, em 1335, uma reforma da ordem cisterciense que o rei D. Afonso IV (1291-1357) aproveitou para reduzir o poder da abadia e subordinar ao seu poder a terras pertencentes a Alcobaça com o argumento de o certificado de doação de D. Afonso Henriques não englobar as vilas mas apenas o campo. No entanto, a o seu poder através de D. Pedro I, seu filho, cujo túmulo foi depositado juntamente com o da sua amada Inês de Castro no transepto da Igreja de Alcobaça (ver
D. Pedro I foi um grande defensor da abadia, restabelecendo o direito da abadia sobre as vilas confiscadas. Contudo, não lhe concedeu a jurisdição real mais elevada,
reservando-a para si próprio.
Posição da abadia dentro do estado
de Alcobaça era membro, por nascença, das cortes, era o padre principal do rei, não se encontrando, hierarquicamente, muito abaixo dos bispos, sendo-lhe reservada,
contrário, uma grande importância, devido ao seu domínio territorial. Desta forma, ele tornou-se numa das pessoas mais importantes do reino e tinha o título de Dom Mosteiro de Alcobaça, do Conselho de Sua Majestade, seu Esmoler-mor, Donatário da Coroa, Senhor dos Coutos e Fronteiro-mor. Ele praticava a jurisdição, embora
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limitada pelos poderes do rei como, por exemplo, no que respeitava à decisão das penas de morte. A sua jurisdição estendia-se desde Alcobaça, passando por Porto bastante a sul (Ota) e a leste (Beringel, perto de Beja). No seu território a abadia não era obrigada a recrutar tropas para o rei. D. João I (1385-1433), Mestre de Avis, Ordem de São Bento de Avis e membro da Ordem de Cister, [8] foi extremamente benevolente para com o Mosteiro, restituindo-lhe todo o poder que antepassados tentado tirar. Mesmo assim, no ano de 1427, D. João I declarou, perante as Cortes, que considerava a Abadia de Alcobaça como pertença do rei.
Dependência do poder real
sua enorme riqueza e poder, os monges distanciavam-se novamente dos ensinamentos rígidos dos seus fundadores. Em 1475, o abade Nicolau Vieira abdicou,
secretamente, dos seus direitos a favor do arcebispo de Lisboa, - mais tarde o cardeal da cúria Jorge da Costa -, em troca de uma concessão anual de 150.000 reis. Os monges conhecimento desta situação quando uma delegação do arcebispo tomou posse dos seus novos direitos. Devido à sua influência em Roma, as queixas dos monges eram inúteis, principalmente quando o arcebispo obrigou o Mosteiro a pagar tributos a Roma. O Mosteiro, que sempre elegeu autonomamente os seus abades, encontrou-a influência de abades colocados pelo rei. Por volta do século XV, a fragilidade do Mosteiro levou a que muitas povoações subordinadas à abadia exigissem uma administrativa, que lhes acabou por ser concedida em 1514 pelo rei D. Manuel I (1469-1521) atarvés de uma reforma da cidade. (Assim, o número de irmãos drasticamente. O domínio imediato das terras e a própria agricultura limitavam-se a poucos territórios perto do Mosteiro. Em 1531 Afonso de Portugal (1509-1540), filho do rei D. Manuel I e irmão do futuro rei D. João III (1502-1557), tornou-se abade de Alcobaça, sendo simultaneamente bispo de Lisboa e cardeal. Após a sua III proclamou o seu irmão [[Henrique I de Portugal|Henrique (1512-1580) abade, que era, igualmente, arcebispo de Lisboa bem como inquisidor-mor de Portugal se, mais tarde, cardeal. Dois anos antes da sua morte, o cardeal D. Henrique foi proclamado rei de Portugal (tornando-se no último rei da Dinastia de Avis e o último dinastia filipina). Alguns anos antes, entre 1557 e 1568, D. Henrique havia governado o país pelo então ainda muito jovem D. Sebastião I. Esta ligação íntima do Casa Real- que escolhia o abade há mais de 50 anos -, levou, no ano de 1567, a que após as primeiras divergências sobre um afastamento de Claraval, o Papa Pio decretasse numa bula a independência da Ordem dos Cistercienses portuguesa.
Congregação Autónoma dos Cistercienses
consequente Congregação Autónoma dos Cistercienses de São Bernardo de Alcobaça tornou-se no dirigente de todos os mosteiros cistercienses portugueses e o título de abade-geral da congregação. Tanto a Ordem de Avis como a Ordem de Cristo, a sucessora da Ordem dos Templários em Portugal, estavam subordinados Assim, a abadia de Alcobaça voltou a ser o que era na Idade Média. Embora, entretanto, os habitantes dos coutos se administrassem de forma autónoma,
encontravam-se subordinados ao domínio da abadia, sendo obrigados a pagar-lhe tributos. Após a Restauração de 1640, o Mosteiro tinha no rei D. João IV (1640-1660)
novamente um devoto, que lhe concedia novos direitos e privilégios. Nestes tempos, houve um alargamento do Mosteiro em dois novos claustros, ligando-se a norte ao primeiro
desde a Idade Média, o Claustro da Levada, (também apelidado de Claustro do Cardeal ou Claustro dos Noviços), que se iniciou ainda nos tempos do cardeal D.
e terminou em 1636, e o Claustro do Rachadeiro (também apelidado de Claustro da Levada ou Claustro da Biblioteca). A própria parte central do Mosteiro - datada da Idade Média -, sofreu profundas alterações, sendo, nessa altura, construída a cozinha nova que ainda hoje em dia impressiona. A partir de 1702, o Mosteiro recebeu magnífica fachada barroca, tendo a igreja obtido os seus dois campanários. Este conjunto ainda hoje dá ao Mosteiro mais o aspecto de um palácio, não revelando
absolutamente nada da simplicidade inicial dos cistercienses. Em 1755, a construção terminou com a criação da Biblioteca, sendo esta, naquela época, uma das maiores Ibérica.
As três catástrofes
da Levada, danos da inundação de 1772
dos grandes danos causados pela peste, que no ano de 1348 matou, em três meses, 150 monges, pelas inundações (como as de 1437 e 1495) e pelos terramotos(ou de 1563), o Mosteiro conseguiu sobreviver. No entanto, houve três acontecimentos que levaram ao final do desdobramento do poder. Na sequência do histórico
de 1755, tanto a parte sul do Mosteiro como a sacristia foram danificadas. O Colégio de Nossa Senhora da Conceição, pertencente ao Mosteiro e que se encontra,
1648, no terreno da Abadia Velha – a primeira abadia provisória-, foi totalmente destruído, acabando por ser integrada nas partes restabelecidas a sul. Os monges procissões ao Santuário de Nossa Senhora da Nazaré, a fim de agradecer à Senhora o tê-los poupado a estragos maiores. Este santuário encontrava-se a 10 km de chamada Sítio (Pederneira, hoje Nazaré).[9] Contudo, no ano de 1772, algumas partes de Portugal foram destruídas por uma inundação – a grande cheia-, que
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tratar-se de um tsunami, cujas consequências eram historicamente relacionadas com o terramoto ocorrido 17 anos antes. Embora o Mosteiro se localizasse a 10 da costa litoral, esta onda gigantesca foi muito mais destrutiva do que aquela que ocorrera em 1755. A parte sul do Mosteiro foi danificada, pela segunda vez,
seriamente, deixando outras partes atoladas nas lamas deixadas pela água quando esta recuou. Demorou muitos anos até que as grandes massas de terra – que enterraram parte do muro do Mosteiro-, fossem eliminadas. Ainda hoje, a forma ondulada da fachada Norte, com ca. de 250 m de comprimento, relembra os danos provavelmente
pela inundação às fundações. Por fim, no âmbito das Invasões Francesas durante a Guerra Peninsular , as tropas napoleónicas entraram em Alcobaça no ano de saqueando e destruindo várias áreas do Mosteiro e da Igreja.
Encerramento dos mosteiros por parte do Estado
tempos que se seguiram, só foram reparados a ala da fachada ocidental do Mosteiro, a Igreja e os três claustros a norte. Em 1834, a rainha D.Maria II decretou a abolição congregações, conventos e mosteiros em Portugal. O motivo prendia-se com as Guerras Liberais durante as quais surgiram divergências entre a vertente liberal da
monarquia –os constitucionalistas- um movimento que, na época, encontrou paralelos em diversos países europeus - e a vertente absolutista. Em 1820, a Revolução Liberal reconhecimento da primeira Constituição pelo rei, o que foi combatido ferozmente tanto pela casa real, como também por toda a nobreza e pelo clero. D. Miguel I, irmão principal opositor à Constituição e ao rei, autoproclamou-se como rei opositor. O abade-geral de Alcobaça, tal como o fizeram outros clérigos, tomou posição contra a que exigia o afastamento dos privilégios da Igreja. Em 1834 (Concessão de Évora Monte), venceram os constitucionalistas. Num decreto, relativo ao encerramento ficou estabelecido que as suas riquezas revertiriam a favor do estado, à excepção dos objectos relacionados com acções sacras.
Pilhagem do Mosteiro no ano de 1833
de 1385
os anos 20, houve nos Coutos de Alcobaça, perturbações políticas, pois o povo ambicionava a libertação do domínio pelo Mosteiro. Esta situação derivava essencialmente
responsabilidades de reconstrução que lhe tinham sido acrescidas devido às catástrofes de 1755, 1772 e 1810. Em 1833 houve, no largo à entrada do Mosteiro, várias
entre as tropas de D. Miguel e o batalhão voluntário dos Coutos de Alcobaça. Este batalhão também participara, em 1834, na batalha decisiva em Évora Monte a Constitucionalistas. Tanto os monges como toda a Igreja encontravam-se do lado dos Miguelistas e criaram, igualmente, um regimento de voluntários dos Coutos de batalhando com as tropas de D. Miguel.[10] Entretanto, quando os monges perceberam que os Constitucionalistas estavam a ganhar a guerra, evacuaram o Mosteiro, pela Julho de 1833 e, posteriormente em Outubro de 1833. A 16 de Outubro do mesmo ano, no delírio da liberdade, a população entrou no edifício e saqueou-o durante Durante o saque, desapareceram muitos objectos utilitários, de culto e de arte e uma grande parte do acervo da Biblioteca, cujos restos só alguns anos depois puderam transferidos para a Biblioteca Nacional de Lisboa. Durante estes tumultos, desapareceram também uma das caldeiras e recipientes de cobre em forma de tacho com um diâmetro
1,20m e com a altura de um metro, que os portugueses tinham tomado aos espanhóis em 1385 durante a Batalha de Aljubarrota e que D. João I tinha entregue A outra caldeira pode ser vista na Sala dos Reis. De acordo com algumas informações, os túmulos de D. Pedro e de Inês de Castro terão sido novamente violados.
no ano de 1837 é que o estado tomou posse do Mosteiro, passando a controlá-lo.
Decadência das instalações do Mosteiro
extinção do seu Mosteiro, Alcobaça perdeu repentinamente a sua importância e ficou entregue a si própria. Os monges desapareceram sem deixar rasto. Desde aí,
de existir os cistercienses. Em 1838, iniciou-se a venda das pedras de construção do castelo vizinho. A muralha da cidade, que dividia os terrenos de agricultura Mosteiro do átrio ocidental do mesmo, foi demolida em 1839. O pelourinho, o grande símbolo da justiça do Mosteiro, foi eliminado em 1866. Os edifícios sofreram
continuamente actos de vandalismo e de roubo, sendo as suas janelas e portas furtadas e qualquer guarnição desmontada. Na ala sul do Mosteiro foram criadas habitações norte passou a ser utilizada por serviços públicos e pelo comércio. O refeitório, existente desde os tempos da Idade Média, foi transformado numa sala de teatro em até ao ano de 1929. No claustro mais recente, o Claustro da Biblioteca ou Claustro do Rachadoiro, foi inserida uma arena destinada a touradas (1866/68). As partes
mais recentes do Mosteiro passaram a ser utilizadas pela cavalaria, transformando-se posteriormente num lar para deficientes e idosos. Tanto os edifícios do Mosteiro
campanário, danificado a norte da Igreja da abadia, entraram em decadência.
Reconstrução na Idade Moderna
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com uma nova praça
do século XIX, alguns cidadãos consciencializaram-se da importância do velho Mosteiro. Entre estes cidadãos encontravam-se principalmente historiadores, arqueólogos agrónomo Manuel Vieira de Natividade (1860-1918). Este último tornou pública a sua obra sobre o Mosteiro de Alcobaça em 1885. O Presidente da Câmara só em 1901 junto ao governo para a reparação e a limpeza da fachada do Mosteiro. Em 1907, o governo português publicou, pela primeira vez, um decreto que protegia partes A partir de 1929, o Estado, com a ajuda dos serviços responsáveis pelos monumentos, começou a reparar de forma sistemática a Igreja e o Mosteiro medieval,
restituindo-lhes o seu aspecto original. Nos anos 90, a ala sul do Mosteiro passou novamente para o domínio do estado e os dois claustros, juntamente com as suas construções
dos séculos XVI a XVIII, foram restituídos, apenas, em 2003. A igreja e a parte mediável era considerado património mundial pela UNESCO 1989. Depois de o Mosteiro seriamente danificado por uma estrada principal que atravessava a praça principal continuando ao longo do lado norte, causando uma poluição devastadora ao edifício de trânsito nessa via foi cancelada e a praça do Mosteiro foi totalmente alterada de acordo com sua situação histórica com suporte de União Europeia. Em 7 de mosteiro foi eleito como uma das Sete Maravilhas de Portugal.
Significado cultural do Mosteiro
1755
Escola de Alcobaça, século XVII
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Ana, Escola de Alcobaça, século XVII
Ensino e economia
desenvolvimento da agricultura era um ponto fulcral na cultura medieval dos monges, que já nos primeiros povoamentos da região de Alcobaça colocaram a primeira pedra agricultura próspera. Os monges instruíam os colonos e ensinavam-lhes algumas perícias artesanais. Deste modo, eles promoviam o artesanato que na época medieval cidades. A escola pública, criada no ano de 1269, assim como as escolas de agricultura criadas na época medieval, como a escola de agricultura datada do século da Quinta do Campo em Valado dos Fradres (ver acima: Quinta do Campo; também as escolas de agricultura em Alvorninha, Vimeiro e Maiorga) são exemplos dessa
Assim, floresceram cidades numa área de ca. de 500 km², das quais durante muito tempo muitas ainda criaram distritos. Destas cidades só subsistiram Alcobaça Até hoje, a paisagem encontra-se marcada pelo mais alto grau de aproveitamento (como fruta, vegetais, vinho e óleo). Por outro lado, as capacidades artesanais,
especialmente cuidadas, conduziram a um florescimento do artesanato em Portugal no século XIX, desde a criação de fábricas de papel, de vidro, de porcelana, de têxteis, fábricas de conservas de fruta. Embora, entretanto, algumas tenham deixado de existir, muitas fábricas caracterizam ainda hoje a agricultura regional.
Ciência
de, em 1755, ter sido criada uma das maiores bibliotecas deve-se ao surgimento de inúmeros monges cronistas e historiadores. Estes monges tornaram-se conhecidos
Cronistas de Alcobaça. Eles publicaram durante séculos a Monarchia Lusitana, uma obra que tratava da História de Portugal, mas que também fazia referência, através monografias, a diversos temas históricos.
Arte
excepção das partes medievais do Mosteiro, que impressionam devido à sua simplicidade, os monges não deixaram marcas significativas deste tempo para além de duas
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de Nossa Senhora, datadas do século XV e XVI, respectivamente. O motivo prendia-se não só com a proibição, por parte dos cistercienses, de representar imagens, com os ideais de virtude, prevalecendo os valores da simplicidade e da modéstia. A influência da Casa Real e o desligamento de Claraval fizeram cair estes ideais século XVII, formou-se uma escola de arte barroca extremamente produtiva, que criava esculturas de barro. A maior parte das obras são anónimas, sendo atribuidas, forma geral, aos Barristas de Alcobaça. Ainda hoje, a Capela das Relíquias na sacristia, o grupo com a representação da morte de São Bernardo, que se encontra numa
com o mesmo nome no transepto a sul da Igreja (e que fora extremamente danificada pelas Invasões Francesas em 1810) e um grande número de imagens de altar, real , que se encontram normalmente nas capelas da Rotunda e do Mosteiro, são um testemunho dessas esculturas. Uma parte dessas estátuas, assim como a representação de Santa Ana, também aqui presente, são originárias do altar de uma capela-radial, que tinha sido dedicada à Sagrada Família.
Congregações filhas
importância da abadia se apoiava mais no seu poder espiritual e político que atingira em Portugal, não tratando das fundações das congregações filhas. Enquanto a abadia encontrava sob o poder de Claraval, era aqui que eram tomadas as decisões relativamente a qualquer fundações de congreações-filhas. O abade de Alcobaça fundou um
em 1279, em Cós - que se localiza a apenas 4 km de distância de Alcobaça-, e por meio de uma determinação testamentária do rei D. Sancho II (1209-1248). este convento vivia “na sombra” até ao ano de 1558, adquirindo importância a partir do momento em que o cardeal D. Henrique se tornou abade de Alcobaça, de completou. Do convento ainda existem a Igreja, o coro e a sacristia. Em 1566, D. Henrique fundou nos Capuchos (em Évora de Alcobaça) - que também se localiza kilómetros de distância de Alcobaça-, um mosteiro para monges franciscanos, que aí permaneceram até à dissolução dos mosteiros no ano de 1834. Deste mosteiro
existem as ruínas ao lado de uma capela. Na sequência da grande influência que os cistercienses adquiriram em Portugal, alguns mosteiros de outra proveniência
submeteram-se à Ordem dos Cistercienses. Desta maneira, a abadia de Alcobaça passou a deter, mais tarde, também a jurisdição, enquanto Congregação Autónoma dos
Cistercienses em Portugal. No entanto, não se trata, propriamente, de filiais do Mosteiro como, por exemplo, aquelas que aparecem nos índices de livros cistercienses como
fundados por Alcobaça, como Santa Maria de Tamaraes, Santa da Maria de Maceira Dão, Santa Maria de Bouro, Estrela e São Paulo de Frades, todos eles de origem
beneditina.
Número de monges
a lenda, terão vivido na abadia de Alcobaça 999 monges, estando o número 1000 reservado ao rei. Na verdade, este número de monges nunca existiu. Infelizmente, bibliografia precisa sobre o assunto. Os cistercienses, tal como outros mosteiros, faziam a distinção entre os monges brancos (frei) e os irmãos leigos. Nos primeiros construção, do povoamento do território do Mosteiro e da criação dos coutos, é possível que o número dos irmãos leigos tenha ultrapassado o dos monges brancos na
de 2 para 1. Deste modo, pensa-se terem existido ca. de 500 monges, dos quais ca. de 130 eram monges brancos. Por volta de 1500, prova-se a existência de monges brancos, tendo o número de irmãos leigos diminuido já no século XIV. Ao longo do século XVI, o número de monges brancos diminuiu para 40, aumentando da nomeação de Alcobaça como Congregação Autónoma dos Cistercienses em Portugal. Em 1762, contavam-se 139 monges brancos. A partir dos relatos existentes
capacidade da cozinha nova, terminada por volta de 1700, é de presumir que o Mosteiro, nesse tempo, alojasse novamente ca. de 500 pessoas.
Descrição das instalações
Descrição Geral
Mosteiro de Alcobaça [11]
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DA PLANTA DO MOSTEIRO: 1-Igreja; 2- Sacristia medieval; 3- Sala do Capítulo; 4- Parlatório; 5- Escada de acesso ao dormitório; 6- Sala dos Monges; 7- Igreja 9- Lavabo; 10- Clausto de D. Dinis; 11- Claustro de D. Afonso VI; 12- Sala das Conclusões; 13- Sala dos Reis; 14- Ala sul; 15- Panteão Real; 16- Capela Senhor Sacristia; 18- Capela Senhora do Desterro; 19- Claustro da Levada; 20- Claustro do Rachadoiro; 21- Biblioteca
Mosteiro é constituído por uma Igreja ao lado da sacristia e, a norte, por três claustros seguidos, sendo cada um circundado, na sua totalidade, por dois andares, assim por uma ala a sul. Os claustros, inclusivé o mais antigo, possuem, igualmente, dois andares. Os edifícios à volta dos claustros mais recentes possuem três andares. 2000 foi descoberto um presumível quarto claustro no lado sul da Igreja. Este claustro foi, provavelmente, aplanado na sequência da destruição causada pelo terramoto grande inundação de 1772. Também é possível que os vestígios dos habitantes da ala sul tenham sido eliminados em 1834. O edifício completo ainda hoje possui construção de 27.000 m² e uma área total de pisos de 40.000 m². A área construída, juntamente com o claustro sul, terá tido a dimensão de 33.500 m². A fachada
do Mosteiro, da Igreja e da ala norte e sul tem uma largura de 221 m, tendo o lado norte ca. de 250 m. Entre 1178 e 1240, a Igreja e o primeiro claustro foram
construídos no estilo pré-gótico, da passagem do românico, tendo a Igreja sido inaugurada em 1252 -é a primeira obra plenamente gótica erguida em solo português. Os sul foram provavelmente construídos no século XIV. No último terço do século XVI, iniciou-se a construção do Claustro da Levada que se ligava ao claustro medieval último, entre o século XVII e a metade do século XVIII construiu-se o Claustro da Biblioteca (ou do Rachadoiro).
Igreja
central
abadia com transepto
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barroca da Igreja da abadia
constituída por uma nave central, duas naves laterais, e um transepto, criando a imagem de uma cruz. É discutível se a Igreja foi construída, em relação ao altar, deambulatório e ao transepto, na forma actual ou se se desviou de forma semelhante àquela desenvolvida no mesmo período por Claraval, tendo um transepto mais curto deambulatório.[12] Todas as naves têm ca. de 20m de altura. A sala do altar é limitada a oriente por um caminho com nove capelas radiais. As outras quatro capelas vão dar, ao transepto. O comprimento total é de 106 m, a largura média é de 22 m e a largura do transepto é de 52 m. Desta forma, esta Igreja é uma das maiores abadias
cistercienses construiram na Europa, tendo sido apenas a hoje já não existente abadia de Vaucelles (132 m) maior. Apesar de a abadia de Pontigny, que se localizava
igualmente em França, ter com os seus 108 m dois metros a mais, ela tinha um transepto mais estreito. A igreja da abadia de Claraval, que hoje já não existe e que servia parte medieval do Mosteiro, tinha o mesmo tamanho. A arquitectura da igreja de Alcobaça é um reflexo da regra beneditina da procura da modéstia, da humildade, isolamento do mundo e do serviço a Deus. Os cistercienses partilhavam estas ideias, ornamentando e costruindo a estrutura das suas igrejas de forma simples e poupada. enorme dimensão, o edifício apenas sobressai através dos seus elementos de estrutura necessárias que se dirigem ao céu. Esta impressão foi restabelecida através restauração efectuada em 1930. Neste mesmo ano ficou decidida a reconstrução nos moldes da época medieval, eliminando-se muitas construções que foram surgindo ao séculos. Infelizmente, também se eliminou um órgão. Por conseguinte, as pedras à base de calcário, que constituem o muro, ficaram visíveis, contendo muitas os símbolos entalhador. Por isso, sabe-se que o seu trabalho era remunerado. As cadeiras do coro, originárias do século XVI, arderam em 1810, durante as Invasões Francesas. A fachada
do Mosteiro a ocidente foi alterada entre 1702 e 1725 com elementos do estilo barroco. Desde aí, a fachada da igreja é ladeada, em direcção à praça, por alas de com um comprimento de 100 m cada. A própria igreja adquiriu dois campanários barrocos e possui uma fachada de 43 m, ornamentada por várias estatuetas. A entrada, com as suas decorações barrocas, data, igualmente, deste tempo. Da fachada antiga apenas restam o portal gótico e a rosácea. É difícil conhecer-se o aspecto original, pois foi destruída em 1531. Provavelmente, a igreja não possuiria campanários, correspondendo, deste modo, ao ideal cisterciense da simplicidade.
Caracterização arquitectónica
de uma estrutura de planta em cruz latina. A actual fachada é do século XVIII, restando do gótico primitivo o portal de arcos ogivais e o arco da rosácea. A concepção
arquitectónica deste monumento, desprovida de decoração e sem imagens, como ordenava a Ordem de Cister, apresenta uma grandiosidade e beleza indiscutíveis. As naves
laterais são inteiramente abobadadas, praticamente da mesma altura, dão a sensação de amplo espaço, a que o processo de iluminação, românico ainda, dá pouca maior. As naves laterais prolongam-se pelo deambulatório, e da charola irradiam nove capelas que acompanham a ábside circular, iluminada por frestas altas, o que mor.A segurar a parte alta da ábside existem arcos-botantes, pouco vulgares nas abadias de Cister, talvez por ser um monumento de transição entre o românico e inovações típicas da arte gótica aparecem ainda com o aspecto de um ensaio, como por exemplo a subida das naves laterais até à altura da central. O transepto
apresenta-se com duas naves, mas quando olhamos a planta da igreja, reconhecem-se três, nos alicerces e no corpo central.
do edifício demonstra a existência de um gótico avançado, o exterior do edifício exprime a austeridade cisterciense, neste caso orientada para objectivos mais
pragmáticos. De facto, como aconselhava a regra, não existem torres, e as fachadas, nomeadamente o frontispício possuía apenas uma parede lisa com empena triangular. são contrafortadas, exceptuando a cabeceira, na qual surgem pela primeira vez arcobotantes na arquitectura portuguesa. A coroação do templo, pelo exterior, é merlões com topo biselado dos dois lados, sobre um parapeito que descansa numa fiada de modilhões. Esta característica confere ao conjunto uma solidez militar um
outros aspectos poderão desmentir a escassa influência do mosteiro de Alcobaça na história da arquitectura portuguesa. De facto, o monumento tem sido sempre
como uma excepção no quadro do modo gótico produzido em Portugal como uma peça única e experimental sem antecedentes nem descendentes.
Deambulatório
deambulatório é uma obra complexa, a sua estrutura interior - o presbitério, propriamente dito - articula-se com a nave por intermédio de duas paredes opostas, rectas,
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por dois pilares nos extremos e de cada lado; oito colunas de grande diâmetro e robustez com capitéis de cesto troncocónico côncavo e ornamentação vegetalista simplificada, sustentam arcos quebrados muito aperaltados; a abóbada, nervurada e ligeira, parte de meias colunas cuja raiz se situa acima daqueles capitéis. A parte exterior Deambulatório é dotada de uma abóbada mais pesada e de acordo com os sistemas mais simples utilizados no restante edifício.
Sacristia
medieval de ca. de 100 m², que se encontrava no final do lado norte do transepto, foi substituída, no tempo do rei D. Manuel I (1495-1521), por uma sacristia ² do lado sudeste do coro juntamente com um átrio. Ao mesmo tempo, construiu-se a Capela Senhor dos Passos. Tanto a sacristia como a capela foram destruidos
terramoto de 1755. Na sua reconstrução, conservaram-se os portais manuelinos, que são uns dos poucos elementos de construção deste estilo em Alcobaça. No encontra-se a Capela das Relíquias (ver acima).
Os primeiros túmulos reais
igreja encontram-se os túmulos dos reis D. Afonso II (1185-1123; túmulo datado de 1224) e de D. Afonso III (1210-1279). Os túmulos situam-se dos dois lados São Bernardo (contendo a representação da sua morte) no transepto a sul. Diante destes túmulos, numa sala lateral, posicionam-se oito outros túmulos, nos quais encontram D. Beatriz, mulher de D. Afonso III, e três dos seus filhos. Um outro sarcófago pertence a D. Urraca, a primeira mulher de D. Afonso II. Não se conhece a história sarcófagos, estando estes, hoje em dia, vazios após terem sido novamente selados entre 1996 e 2000. O edifício lateral, nos quais esses sarcófagos se encontram
actualmente, foi reconstruído na sequência dos estragos causados pela grande inundação de 1772. A partir do século XVI, os sarcófagos encontravam-se no transepto a anteriormente, provavelmente na nave central.
D. Pedro e Inês de Castro
de D. Pedro, pormenor
de Inês de Castro
representação do Juízo Final
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Os sarcófagos
túmulos de D. Pedro I (1320-1367), com o cognome O Terrível ou também O Justo, e o de D. Inês de Castro (1320-1355), que se encontram em cada lado do transepto,
ainda hoje atribuem um grande significado e esplendor à igreja. Os túmulos pertencem a uma das maiores esculturas tumulares da Idade Média. Quando subiu Pedro I tinha dado ordem de construção destes túmulos para que lá fosse enterrado o seu grande amor, D. Inês, que tinha sido cruelmente assassinada pelo pai D. Afonso IV (1291-1357). Este pretendia, também, ser ele próprio ali enterrado após a sua morte. As cenas, pouco elucidativas, representadas nos túmulos, ilustram
História de Portugal, são de origem bíblica ou recorrem simplesmente a fábulas. Por um lado, esta iconografia é bastante extensa, sendo, por outro lado, muito
criação dos túmulos
casou em 1336, em segundas núpcias, com D. Constança Manuel (1318-1345), uma princesa castelhana. Devido a várias guerras entre Portugal e Castela, D.
só chegou a Portugal em 1339. No seu séquito, ela trazia a camareira Inês de Castro, que provinha de uma antiga e poderosa família nobre castelhana. D. Pedro apaixonou-se por ela. Em 1345, D. Constança morrera catorze dias após o parto do seu filho sobrevivente, D. Fernando I. D. Pedro I passou a viver publicamente com D. desta relação três filhos. O pai de D. Pedro I, D Afonso IV, não aceitou esta relação, combatendo-a e, em 1335, condenou D. Inês à morte por alta traição. Após D. Pedro I vingou a morte da sua amada (afirmando ter-se casado com ela em segredo no ano de 1354) e decretou que se honrasse D. Inês como rainha de Portugal.
em 1361 os sarcófagos estavam prontos, D. Pedro I mandou colocá-los na parte sul do transepto da igreja de Alcobaça e trasladar os restos mortais de D. Inês de
para Alcobaça, sob o olhar da maior parte da nobreza e da população. No seu testamento, D. Pedro I determinou ser enterrado no outro sarcófago de forma a que,
casal ressuscitasse no dia do Juízo Final, se olhassem nos olhos (de acordo com as fontes, só existiria o pedido de ser lida diariamente uma missa junto aos seus
sorte dos túmulos
de Agosto de 1569, o rei D. Sebastião I (1554-1578), cujo tio era o cardeal D. Henrique, abade de Alcobaça, mandou abrir os túmulos. De acordo com os relatos presentes, enquanto os túmulos eram abertos, o rei recitava textos alusivos ao amor de D. Pedro e de D. Inês. Durante a Invasão Francesa do ano de 1810 os dois
não só foram danificados de forma irreparável, como ainda foram profanados pelos soldados. O corpo embalsamado de D. Pedro foi retirado do caixão e envolvido cor púrpura, enquanto a cabeça de D. Inês, que ainda continha cabelo louro, foi atirado para a sala ao lado, para junto dos outros sarcófagos. Os monges reuniram
posteriormente os elementos dos túmulos e voltaram a selá-los. Após o ano de 1810, os túmulos foram sendo colocados em vários sítios da igreja, para voltarem à sua posição
transepto, frente a frente, em 1956. Agora, os túmulos são o destino de muitos apaixonados, que muitas vezes os visitam no dia do seu casamento, para fazerem eterno e de fidelidade defronte aos dois túmulos.
Claustro medieval
claustro e a igreja foram possivelmente completados em 1240. No entanto, é provável que o claustro se tenha desmoronado. Entre 1308 e 1311 ele foi substituído existente Claustro de Dom Dinis ou Claustro do Silêncio, nome que se deve à proibição de conversação naquele tempo nesse local. O seu comprimento à volta rés-do-chão tem uma altura média de 5 m. Por ordem do rei D. Manuel I (1469-1521), no início do século XVI, foi adicionado um segundo andar ao claustro. O superior do claustro efectua-se por um púlpito, uma escada em caracol na parede, interligando também a cozinha ao dormitório.
Claustro da Leitura
a sul, Claustro da Leitura, passa paralelamente à igreja sem englobar outras partes do edifício. A meio do século XV, encontravam-se colocados, nesse local, bancos quais os monges podiam permanecer enquanto ouviam as leituras. A meio, o claustro possui uma capela em honra da Virgem Maria, correspondendo, assim, tradição nos mosteiros cistercienses.
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Claustro do Capítulo
do lado oriental, o Claustro do Capítulo, inicia-se no seu lado sul com uma porta de ligação à igreja, através da qual os monges brancos passavam para entrar a sacristia medieval, a Sala do Capítulo, o Parlatório, a escada de acesso ao dormitório e o acesso à Sala dos Monges.
Sala do Capítulo
à Sala do Capítulo revela uma fachada especialmente vistosa devido aos seus pilares escalonados uns atrás dos outros. A Sala do Capítulo servia às assembleias era, depois da igreja, a sala mais importante do Mosteiro. O seu nome deve-se às leituras que eram feitas a partir dos capítulos das regras beneditinas. Por outro era o lugar das votações e de outros actos semelhantes feitos pelos monges. Ele tem uma forma quadrada de 17,5 m x 17,5 m, havendo espaço para 200 monges. medieval, havia uma escada que conduzia directamente da Sala do Capítulo para o Dormitório, uma vez que os monges eram obrigados a ir lá durante a noite. Na para a Sala do Capítulo existe uma placa funerária de um abade não identificado. Antigamente, o chão desta sala estava todo ele coberto por estas placas funerárias com uma regra cisterciense do ano de 1180, os abades deviam ser enterrados na Sala do Capítulo. Assim, os monges eram obrigados a tomar as suas decisões túmulos de abades falecidos. Este género de enterro era uma grande excepção dentro da ordem cisterciense pois, normalmente, os enterros estavam proibidos dentro Por esse motivo, encontra-se uma porta, com acesso ao exterior, no transepto a sul, chamada de Porta da Morte, pois os monges falecidos eram transportados serem enterrados. Não obstante este facto, durante os trabalhos de renovação da abadia de Alcobaça, foram encontrados debaixo do chão e também nos muros
enterrados, para os quais, obviamente, foi feita uma excepção àquela regra.
Parlatório
Parlatório, de ca. de 5 m de largura, encontra-se ao lado da Sala do Capítulo. Era apenas no Parlatório que os monges estavam autorizados a falar com um representante Por princípio, os monges estavam obrigados ao silêncio, com excepção da reza, e só se podiam transmitir informações muito necessárias. Por esse motivo, muitos
uma linguagem gestual.
Dormitório
Dormitório, metade sul
do Dormitório, 1716
seguida, abre-se uma porta para o Dormitório. Esta escada foi somente descoberta em 1930, quando se fizeram as obras de renovação. O Dormitório, que se localiza andar, tem o comprimento de 66,5 m e a largura de 21,5m até 17,5m sobre o lado oriental total da parte medieval da abadia, tendo deste modo uma área de perto Na forma actual e restaurada, o Dormitório apresenta-se na sua forma medieval original. Na parte superior do lado sul, o Dormitório é aberto por uma grande porta
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dá acesso ao transepto a norte da igreja. Antigamente, e nesse local, existia uma escada que descia, cumprindo uma regra cisterciense que obrigava a que o dormitório
duas entradas de acesso. Na parte superior do lado norte do Dormitório encontravam-se as latrinas, que se encontravam obrigatoriamente separadas por uma regra estipulada de igual modo pelas regras cistercienses. As águas eram escoadas para o jardim do lado norte da abadia. Os monges dormiam no Dormitório todos totalmente vestidos, sendo separados apenas por uma separação móvel. O abade possuia uma cela própria na parte sul da igreja. Naquele tempo, era esta a disposição
na maior parte dos mosteiros. A meio do lado ocidental, há uma porta estreita que dava acesso a uma escada em caracol, que hoje dá acesso à cozinha e, na Idade
permitia a entrada no Calefactório (ver abaixo). Por este lado, havia também acesso ao claustro superior. O Dormitório foi sendo alterado ao longo dos séculos. No XVI, adquiriu um segundo chão, inserido mais ou menos ao nível do capitel dos pilares, continuando a existir um pé direito suficiente. Supostamente, era neste lugar dormiam. Por baixo, na metade a norte, foram construídas salas, que eram utilizadas como biblioteca - até à construção da nova Biblioteca em 1755-, e como arquivo. foram construídas celas, uma vez que, com o alargamento do novo Mosteiro à volta dos claustros, que se encontravam a oriente, este tipo de alojamento substituía salas de dormir. No lado oriental, através dos alargamentos, o dormitório adquiriu um terraço de acesso directo. Em 1716, foi construída uma fachada nova ao Dormitório,
direccionada a norte. Esta fachada foi coroada com uma estátua do fundador da abadia, D. Afonso Henriques. No ano de 1940, e no âmbito da restauração, foi eliminado chão inserido anteriormente. O Dormitório, tal como hoje é visível, é hoje uma sala de três naves de enormes dimensões, utilizado fundamentalmente para eventos
como, por exemplo, exposições.
Sala dos Monges
da parte norte do Dormitório, acessível através de uma porta que se encontra ao lado da escada para o mesmo, localiza-se a Sala dos Monges. Esta sala possui inclinando-se para o lado norte mediante quatro degraus. Nos primeiros séculos, esta sala servia para o alojamento dos noviços, que não podiam participar na vida
ordem dos monges brancos. Quando no início do século XVI, o dormitório dos noviços foi transferido para o segundo andar do Dormitório, a Sala dos Monges
transformou-se numa sala de trabalho, numa sala de espera e numa sala de estar dos monges. Após a construção da nova cozinha, no século XVII, também era nesta sala entregues e armazenadas as mercadorias. No ponta a sul da Sala dos Monges encontra-se uma separação mural maciça, aberta em direcção ao tecto, formando uma em direcção ao muro a norte do Parlatório. Em 1229, o cabido-geral dos cistercienses decidira que todos os mosteiros deviam ter uma prisão no seu interior. A abadia
para a sua jurisdição civil uma prisão nos calabouços do castelo que se localizava acima e a ocidente do Mosteiro. De acordo com a nova regra, o compartimento dos Monges passou a ser utilizado como uma prisão pertencente ao Mosteiro.
Claustro do Refeitório
com lareira
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exterior
cozinha feita de pedra
porta fitness do refeitório
medieval, o claustro a norte, o Claustro do Refeitório, englobava, visto de oriente para ocidente, a sala ao lado da Sala dos Monges, i. e, o Calefactório, o refeitório à entrada, um poço para a lavagem das mãos e a cozinha antiga. Tanto a norte da cozinha velha, como também a norte do calefctório, existiam pátios que ficavam
linha do edifício.
Cozinha velha e nova
seu reinado (1656-1667), o rei D. Afonso (1643-1683) deu a ordem de construção de um novo claustro na área noroeste do Mosteiro, através do qual era necessário
cozinha medieval a oeste do refeitório. Ao mesmo tempo, os hábitos alimentares dos monges tinham-se alterado. De acordo com as regras cistercienses antigas, matérias gordas estavam proibidas aos monges. Abria-se uma excepção no caso de doença, podendo os monges comer carne na enfermaria. No ano de 1666,
VII autorizou o consumo de carne três vezes por semana. Esta autorização desencadeou uma mudança radical nos costumes dos monges, estando a sua pequena
tecnicamente, impreparada. Assim, foi necessário desviar o calefactório a leste do refeitório para se criar uma cozinha nova. Para além da cozinha, o Calefactório em que se podia aquecer, pelo que, na época medieval, era neste local que os copistas copiavam os seus livros. No entanto, com o alargamento de mais claustros essa sala tornou-se desnecessária até porque, entretanto, a impressão tinha substituído a cópia manual. Deste modo, foi construída na área do Calefactório e do cozinha, de 29 m de profundidade e de 6,50 m de largura, que ultrapassava os dois andares, atingindo uma altura de 18 m. A data exacta da nova construção conhecida, embora exista, numa parede da cozinha, uma inscrição com a data de 1712. Porém, presume-se que a cozinha nova ainda tenha sido construída antes do claustro Afonso VI, por volta do século XVII. No meio da cozinha, foi construída uma lareira sobre uma área de ca. de 3 x 8 m, com uma altura de 25 m, com duas lareiras medidas de 2,5 m x 1,5 m e de 4 m x 1,5 m de altura igual, sendo estas medidas as mais altas do Mosteiro, após a igreja com a sua nave. Estas disposições só existiam
Portugal no Convento da Ordem de Cristo, em Tomar, e no Palácio Nacional de Sintra. O chão da lareira principal era rebaixado em relação ao nível do solo para que
as brasas, pelo que estas disposições – após a abstinência de carne durante séculos – eram propícias ao grelhar e à cozedura de gado. Alguns cálculos concluíram era o suficiente para alimentar mais de 500 monges. Em 1762, existiam em Alcobaça 139 monges brancos, juntando-se-lhes ainda os irmãos leigos. Por baixo do cozinha corre uma conduta da Levada, um braço artificial do rio Alcoa. A água sai pelo lado norte da cozinha por uma fenda aberta para fluir numa bacia inserida no chão, água era retirada. Segundo a lenda, os monges terão pescado nesse local, o que parece muito pouco credível. Do lado oeste da cozinha foram colocadas sete grandes
pedra com saídas por meio de figuras imaginárias ou caretas, das quais saía a água para dentro de duas bacias do tamanho de uma banheira, alimentadas por saída da parede. Esta fenda era alimentada por uma outra afluência de água, que, por sua vez, era alimentada por uma fonte através de uma conduta de 3,2 km com veja a seguir). Em 1762, a cozinha recebeu os azulejos nas paredes e nos tectos que ainda hoje existem.
Refeitório
ao lado da nova cozinha encontra-se o Refeitório, a sala de jantar dos monges brancos. O Refeitório era constituído por um pavilhão com três naves com as dimensões
620 m² ( 29 x 21,5 m). Por cima da entrada encontra-se uma inscrição em latim de difícil interpretação: respicte quia peccata populi comeditis (lembrem-se que pecados do povo). A sala impressiona pelas suas proporções harmónicas, possuindo janelas tanto do lado norte como a leste. Do lado oeste, uma escada de pedra
púlpito do leitor, que lia textos da Ordem durante as refeições. Os monges sentavam-se com os rostos virados para a parede e tomavam a sua refeição em silêncio. estava sentado com as costas viradas para a parede a norte e observava a sala. No lado oeste da ponta a sul, o Refeitório abria-se para a antiga cozinha medieval, lateral, que conduz ao claustro de D. Afonso VI. Alguns metros à frente, encontra-se na mesma parede uma abertura de dois metros de altura e 32 cm de largura, sala, não existindo nenhuma explicação científica para ela. De acordo com uma lenda, esta abertura destinava-se ao controle do peso dos monges. Uma vez por tinham de passar por esta porta, o que só era possível fazendo-o de lado. Se, devido ao excesso de peso, os monges não conseguissem passar pela abertura, eram
a fazer dieta. Os danos causados pela transformação em 1840 do Refeitório num teatro (com 301 lugares, dos quais 120 nas galerias e 5 camarotes) foram remediados
sua restauração.
Lavabo
da entrada do refeitório encontra-se o lavabo, que, traduzido à letra, significa a Sala da Lavagem. No meio de um pavilhão de cinco cantos existe um poço com no qual os monges se podiam lavar antes das refeições. Esta disposição é típica de mosteiros cistercienses. O lavabo é igualmente alimentado pela água da própria
de água potável. O tecto do pavilhão possui um terraço, ao qual se acede por meio de uma escada a partir do claustro superior. Nesse terraço encontra-se um antigo
sol.
Claustro do Poente
claustro englobava, durante a época medieval, as salas dos irmãos leigos que aí tinham o seu refeitório. Além disso, existiam nesse local as despensas do Mosteiro. tinham acesso à igreja por um caminho próprio, que se encontra hoje em dia na porta da entrada da Sala dos Reis. Durante as missas, estava-lhes destinada a parte A partir do século XVI, a área dos irmãos leigos foi totalmente transformada. O cardeal D. Henrique (abade de Alcobaça de 1540 a 1580), mandou construir, nesse da abadia com a ordem de que, após a sua morte, essas salas fossem utilizadas para o alojamento de convidados. Após a sua morte, existem provas da existência também no piso superior), da Sala das Conclusões e da Sala dos Reis. Na Sala das Conclusões encontravam-se as estátuas dos reis portugueses que, entre os 1769 foram mudadas para a actual Sala dos Reis que, anteriormente, tinha servido de capela. Mais tarde, a Sala das Conclusões servia como arquivo e, na época pela repartição das finanças. As 19 estátuas dos reis, que ainda se conservam, encontram-se na Sala dos Reis em cima de pedestais. Nos azulejos azuis, datados terceto do século XVIII, que revestem as paredes da Sala dos Reis, representou-se a história da fundação do Mosteiro de Alcobaça. Nesse local, encontra-se o grupo de D. Afonso Henriques, de São Bernardo de Claraval e do Papa Inocêncio II durante a coroação imaginária do rei português no ano de 1139.
Outros claustros
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do Rachadoiro e da Levada, lado norte
do Rachadoiro, lado oriental
da Levada
Claustro da Levada
século XVI, surgiu uma grande actividade de construção derivada das novas funções da Congregação Autónoma Cisterciense de Portugal. Estas construções implicavam
renovação e a remodelação das partes do Mosteiro ainda existentes como também a remodelação da fachada oeste do Mosteiro. Do lado leste do edifício a norte construído o Claustro da Levada, igualmente conhecido por Claustro dos Noviços ou Claustro do Cardeal – este último nome remonta, provavelmente, ao seu iniciador, Henrique. A Levada passa pelo pátio do Claustro. A Levada é um braço artificial do rio Alcoa que foi desviado e que passava pelo lado sul da sacristia, entrando
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servindo para o funcionamento das rodas dos moinhos e de equipamentos semelhantes. Tanto o Claustro como os edificios que se lhe ligavam a norte, a sul e Claustro faz fronteira com os edifícios medievais) foram concluídos em 1636. Estes edifícios alojavam as salas do abade-mor e as dos noviços, encontrando-se no oficinas e os fornos para as esculturas de barro. Ao contário do sucedido nos edifícios medievais, estavam previstas celas para o alojamento dos monges.
Claustro do Rachadoiro
XVII, houve uma grande necessidade de construir o Claustro do Rachadoiro, ou Claustro da Biblioteca, devido à falta de espaço no Mosteiro. A sua construção XVIII, terminando no ano do terramoto, em 1755, com a construção da Biblioteca no lado sul do Claustro. Nos seus edifícios existiam celas e no rés-do-chão ficavam instalações semelhantes. De um modo geral, a Biblioteca é constituída por uma sala com as dimensões de 47,7 m x 12,7 m . O tecto estava decorado com uma Bernardo de Claraval, ornamentada com flores que, no século XIX e XX, foi destruída por danos no telhado. A Biblioteca continha uma das maiores colecções de Portugal
ano do seu saque em 1833 e a posterior transferência do restante para a Biblioteca Nacional.
Arredores
Muro do Mosteiro
com muro; 1700-1750
com a regra de Benedito, um mosteiro deveria albergar água, um moinho e um jardim no seu interior. Deste modo, o Mosteiro de Alcobaça, à semelhança do Claraval, possuía um muro alto à sua volta. No entanto, a fachada ocidental do Mosteiro fazia uma fronteira com a praça do mesmo. É provável que nesse local se
encontrasse durante a época medieval um fosso de protecção ao Mosteiro. O muro decorria a partir da fachada ocidental a norte até ao rio Baça que vinha de oeste, pelo confluência dos rios {{ Baça e Alcoa, como a abadia antiga se encontravam dentro dos muros do Mosteiro. De acordo com uma outra opinião, eles encontrar-se-iam do Mosteiro. Uma parte desse muro foi demolida apenas em 1839. Ainda existem algumas partes do muro do Mosteiro a sul, que partia da ala sul do largo do maior parte do muro desapareceu nas lamas da inundação de 1772 que, também, cobriram os edifícios do Mosteiro, ficando amontoado juntamente com a terra. afasta-se vários metros da fachada a sul do Mosteiro, encontrando-se com o braço artificial do Alcoa, a Levada que originariamente alimentava o Mosteiro com água Também nesse local ainda são reconhecíveis vestígios do muro antigo e das construções da Levada. Não se tem a certeza acerca do decurso das delimitações do leste, onde também corre o rio Alcoa. Na representação ilustrativa de um artista do século XVIII, as construções dos arredores do Mosteiro, naquela altura existentes, contempladas.
Os jardins do Mosteiro a sul
pormenor, século XVI
XVIII, entre o muro do Mosteiro orientado a sul e o próprio Mosteiro encontravam-se jardins imponentes, os Jardins Franceses. Destes jardins ainda existe um elipse e um obelisco, que datam provavelmente das modernizações iniciadas no século XVI, sob a influência do barroco, na parte ocidental. Os visitantes do século
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estes jardins. A Levada fluia através destes jardins. Nas margens da Levada existiam quatro locais com poços, que eram locais de ensino aos noviços. O último conservou-se com o seu poço.
Cemitérios
cemitério dos monges ter-se-á localizado no lado sul do transepto da igreja, motivo pelo qual a porta de acesso ao exterior é apelidada de Porta da Morte. Nesse local também a Capela de Nossa Senhora do Desterro, datada do ano de 1716. Após o encerramento do Mosteiro, os habitantes de Alcobaça foram aqui enterrados durante de anos.
Agricultura
a norte do Mosteiro e dos rios Alcoa e Baça encontravam-se os dispositivos de agricultura do Mosteiro, dos quais ainda existem os restos do edifício na Praça de Henriques. Exemplo disso são as duas portas de passagem em forma de túnel (apelidadas de Portão de Cister e de Portão de Claraval). Era neste edifício que se
encontravam os cavalos e as carruagens do Mosteiro.
O sistema hidráulico do Mosteiro
do século XVI, corrente subterrâneo da água
Velha, o primeiro Mosteiro provisório, foi c onstruída na margem do rio Alcoa. Mais tarde, o Mosteiro passou a ser abastecido pela água que provinha de um braço do Alcoa, a Levada. A partir dos resultados de várias investigações, é possível que o rio Alcoa tenha sido desviado ou rectificado e que algumas partes do seu leito
tenham sido utilizadas para a construção da Levada. No entanto, é surpreendente que os monges tenham desde muito cedo criado um sistema próprio de abastecimento
Deste modo, em Chiqueda, que se encontra no curso superior do rio Alcoa, foi aproveitada uma fonte, cuja água foi encaminhada subterraneamente durante mais vezes, ela corria em direcção ao Mosteiro, numa inclinação de 0,25%, através de túneis transitáveis ou por canais sob céu aberto. Era desta forma que o Lavabo,
à entrada do Refeitório, no qual os monges se podiam lavar, e a cozinha eram abastecidos de água. Dentro do muro do Mosteiro existiam também diversos poços, provinha água limpa, como se pode ver acima, por exemplo, pelo gárgula datado, provavelmente, do século XVI. Presume-se que o abastecimento de água, através subterrânea, servisse, igualmente, para uma necessidade em tempos de crise. Os correspondentes afluentes subterrâneos de fontes mais distantes de canais desviados
túneis transitáveis também existiam no lado sul. Ainda existem partes desses túneis. Provavelmente, eles destinavam-se ao abastecimento do Mosteiro com água de ter sido construída a nova conduta de água de Chiqueda. Instalações subterrâneas como estas também são conhecidas no lado norte do Mosteiro direccionando-13]
Referências
. Cocheril, Alcobaça, Abadia Cisterciense de Portugal. Alcobaça 1981, Depósito Legal 30 258/89, p. 19
. criticamente sobre isso: Nobre de Gusmão, A real Abadia de Alcobaça. Lisboa, 2ª edição, 1992, ISBN 972-24-0835-6, pp. 45-49
. Confirmação da doação á Ordem de Santiago de Castelo do castelo de Arruda, [1]
. IPPAR,http://www.ippar.pt/pls/dippar/ pat_pesq_detalhe?code_pass=72693
. Cocheril, p. 27
. Joaquim Vieira de Natividade, Obras Várias, Alcobaça, vol. II, As Granjas do Mosteiro de Alcobaça, pp.62-64
. Tavares, Mosteiro de Alcobaça, O Claustro Sul no Mosteiro de Alcobaça. Relatório CB 25, Instituto Português do Património Arquitectónico, 1999, IPPA; idem,
Hidráulica, Linhas Gerais de Sistema Hidráulico Cisterciense em Alcobaça. in: Roteiro Cultural da Região de Alcobaça. pp. 39-109, Alcobaça 2001, ISBN 972-98064-81
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Bandeira de Portugal
. Depois de ter sido aclamado rei, foi libertado pelo Papa dos seus votos a favor da estabilidade da nova dinastia, deixando nove filhos legítimos, entre os quais encontrava o Infante D. Henrique, e três filhos ilegítimos.
. Santuário da Nossa Senhora da Nazaré, Uma Cronologia (de 1750 aos nossos dias), Lisboa 2002, Edições Colibri/Confraria de Nossa Senhora da Nazaré, p. 54
. Um major deste regimento descendia de uma família antiga de renome de Turquel, Francisco Garção, História de Antigo Conselho de Turquel,
www.turquel.com/historia/ancoturq.htm]
. Planta elaborada com o auxílio de dados de: Dom Maur Cocheril: Alcobaça, Abadia Cisterense de Portugal. Alcobaça, 1989, Depósito Legal 30 258/89
. Cocheril pp. 42-45; Nobre de Gusmão pp. 19-31
. Tavares, Mosteiro de Alcobaça, O Claustro Sul no Mosteiro de Alcobaça. Relatório CB 25, Instituto Português do Património Arquitectónico, 1999
Literatura
Dom Maur Cocheril: Alcobaça, Abadia Cisterense de Portugal. Alcobaça 1989 Deposito Legal 30 258/89
Artur Nobre de Gusmão: A real Abadia de Alcobaça. Lisboa 2. Aufl. 1992, ISBN 972-24-0835-6
Maria Zulmira Furtado Marques: Um Século de História de Alcobaça 1810-1910. 2003, ISBN 972-97145-8-4
Manuel Vieira de Natividade: O Mosteiro de Alcobaça. Coimbra 1885
José Pedro Duarte Tavares: Hidráulica, Linhas Gerais de Sistema Hidráulico Cisterciense em Alcobaça. in: Roteiro Cultural da Região de Alcobaça. S. 39-109, Alcobaça
2001, ISBN 972-98064-3-8
José Pedro Duarte Tavares: Mosteiro de Alcobaça, O Claustro Sul no Mosteiro de Alcobaça. Relatório CB 25, Instituto Português do Património Arquitectónico, 1999
Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, Inventário do Património Arquitectónico, Mosteiro de Alcobaça/ Real Abadia da Santa Maria de Alcobaça
Panteão régio
Túmulos de D. Pedro I e de Inês de Castro
Eclesiásticos
Henrique I de Portugal (1512-1580)
Frei António Brandão, Ordem de Cister
João Claro
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• Paisagem Cultural de Sintra • Centro Histórico do Porto • Sítios de Arte Rupestre do Vale do Côa • Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira • Centro Histórico de
Guimarães • Região Vinhateira do Alto Douro • Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico
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Ana
Vou navegar por céu e mar
E encontrar novamente a ilha
Que de tão meiga já é poesia
Não, não irei aportar só contemplar
Sua imagem com o vento a balançar
Deixa escapar som que vou cantar
No ritmo da dança do verso, amar
No universo do virtual relacionar
Sua beleza brasileira a enamorar
Poesias que canta ao luar
A deriva como mulher a entregar
Em encantos e magias o apaixonar
Pelas visitas, Anfitriã, ofertar
A paz que um dia fui buscar
Kiko Pardini
Vou navegar por céu e mar
E encontrar novamente a ilha
Que de tão meiga já é poesia
Não, não irei aportar só contemplar
Sua imagem com o vento a balançar
Deixa escapar som que vou cantar
No ritmo da dança do verso, amar
No universo do virtual relacionar
Sua beleza brasileira a enamorar
Poesias que canta ao luar
A deriva como mulher a entregar
Em encantos e magias o apaixonar
Pelas visitas, Anfitriã, ofertar
A paz que um dia fui buscar
Kiko Pardini
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- Francisco Carlos PardiniThis is the discussion page for an anonymous user, identified by the user's numerical IP address. Some IP addresses change periodically, and may be shared by several users. If you are an anonymous user and feel that irrelevant comments have been directed at you, please create an account or log in to avoid future confusion with other anonymous users. If you're concerned with privacy, registering also hides your IP address.
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Este é um artigo sobre património Mundial da UNESCO, de qualidade 4.
Este é um artigo sobre património Mundial da UNESCO, de importância desconhecida.
Amor
lasciva embriagada, De uma mistura imaculada. Um tanto da fissura apaixonada, Na cheia taça de pura ternura velada.
Ridicularizamos o tempo e te fiz menina. Fomos dos poetas, dá vida a sua sina. Dos boêmios insanos todas as fantasias, E sem escândalos conquistamos nossas rimas.
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fizemos das noites poesias em instantes, Que reflete o poder dos amantes, Em tornar novos velhos acompanhantes.
o luar penetrante. Despertando paixões incessantes, Pelas noites escuras, em amor transbordante. Kiko Pardini (discussão) 03h32min de 21 de novembro de 2010 Pardini (discussão) 14h55min de 19 de novembro de 2010 (UTC)
Pardini
Pardini (discussão) 22h22min de 15 de setembro de 2010 (UTC
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Rascunho do Artigo
tradução do artigo sobre o Mosteiro de Alcobaça na Wikipedia alemã, também com uma proposta incorporar o artigo existente na Wikipedia portuguesa. Era possível partes (sobre a História da Abadia até “Número de monges” e a Descrição das instalações e seguinte):
Coordenadas: 39º 32' 54" N 8º 58'
Mosteiro de Alcobaça
Património Mundial — UNESCO
A Real Abadia de Alcobaça
Informações
Inscrição:
1989
Localização:
39º 32' 54" N 8º 58' 48" O
Critérios:
C (i) (iv)
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/02/Alcobaca.mosteiro.westfront.part.jpg/300px-Alcobaca.mosteiro.westfront.part.jpg
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http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/a/a9/Alcobaca.mosteiro.frontside.n.s.jpg/300px-Alcobaca.mosteiro.frontside.n.s.jpg
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http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/5/57/Alcobaca.mosteiro.north.side.corner.jpg/300px-Alcobaca.mosteiro.north.side.corner.jpg
http://bits.wikimedia.org/skins-1.5/common/images/magnify-clip.png
Descrição UNESCO:
fr en
mosteiro cisterciense, o Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, também conhecido por A Real Abadia de Alcobaça, é um dos maiores mosteiros de Portugal,
hoje em dia a maior igreja deste país, tendo adquirido o estatuto de Património Mundial da Humanidade em 1989. Este Mosteiro encontra-se na cidade de Alcobaça,
localiza na província histórica da Estremadura, a ca. de 100 km a norte de Lisboa. Ao longo de vários séculos, a abadia era um centro espiritual do país, tinha autonomia
governamental e o seu abade era um dos mais altos conselheiros do rei. Ela foi fundada em 1153 por D. Afonso Henriques. Segundo reza a lenda, aquando da Reconquista, Henriques prometera a Maria, mãe de Jesus, construir este mosteiro em sua homenagem, caso ele conseguisse conquistar aos mouros a importante fortaleza de deu-se finalmente a vitória, levando D. Afonso Henriques a cumprir o prometido, oferecendo, em 1153, o território de Alcobaça ao abade cisterciense Bernardo Estes eventos encontram-se documentados nos azulejos azuis das paredes da Sala dos Reis do Mosteiro que datam do século XVIII. Em 1178, os cistercienses iniciaram
construção do Mosteiro, tornando-se este um dos mais ricos e poderosos mosteiros da Ordem de Cister.[1] Em 1833, os monges abandonaram-no, tornando-se este um para os mais de 250.000 visitantes que anualmente o visitam.
de Alcobaça
principal do Mosteiro
norte do Mosteiro
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/e9/Alcobaca.mosteiro.sul.jpg/300px-Alcobaca.mosteiro.sul.jpg
http://bits.wikimedia.org/skins-1.5/common/images/magnify-clip.png
do Mosteiro com a Biblioteca
Índice
1 Fundo histórico
o 1.1 O nascimento de Portugal
o 1.2 O reconhecimento pelo Papa
o 1.3 Política de povoamento
2 História do Mosteiro
o 2.1 A Ordem de Cister
o 2.2 Mosteiro da Idade Média
o 2.3 Coutos de Alcobaça
o 2.4 Aumento do poder
o 2.5 Posição da abadia dentro do estado
o 2.6 Dependência do poder real
o 2.7 Congregação Autónoma dos Cistercienses
o 2.8 As três catástrofes
o 2.9 Encerramento dos mosteiros por parte do Estado
o 2.10 Pilhagem do Mosteiro no ano de 1833
o 2.11 Decadência das instalações do Mosteiro
o 2.12 Reconstrução na Idade Moderna
3 Significado cultural do Mosteiro
o 3.1 Ensino e economia
o 3.2 Ciência
o 3.3 Arte
o 3.4 Congregações filhas
4 Número de monges
5 Descrição das instalações
o 5.1 Descrição Geral
o 5.2 Igreja
o 5.3 Caracterização arquitectónica
o 5.4 Deambulatório
o 5.5 Sacristia
o 5.6 Os primeiros túmulos reais
o 5.7 D. Pedro e Inês de Castro
. 5.7.1 Os sarcófagos
. 5.7.2 A criação dos túmulos
. 5.7.3 A sorte dos túmulos
o 5.8 Claustro medieval
. 5.8.1 Claustro da Leitura
. 5.8.2 Claustro do Capítulo
. 5.8.2.1 Sala do Capítulo
. 5.8.2.2 Parlatório
. 5.8.2.3 Dormitório
. 5.8.2.4 Sala dos Monges
. 5.8.3 Claustro do Refeitório
. 5.8.3.1 Cozinha velha e nova
. 5.8.3.2 Refeitório
. 5.8.3.3 Lavabo
. 5.8.4 Claustro do Poente
o 5.9 Outros claustros
. 5.9.1 Claustro da Levada
. 5.9.2 Claustro do Rachadoiro
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/e2/Alcoba%C3%A7a.mosteiro.afonso.henriques.dorm.jpg/220px-Alcoba%C3%A7a.mosteiro.afonso.henriques.dorm.jpg
http://bits.wikimedia.org/skins-1.5/common/images/magnify-clip.png
6 Arredores
o 6.1 Muro do Mosteiro
o 6.2 Os jardins do Mosteiro a sul
o 6.3 Cemitérios
o 6.4 Agricultura
7 O sistema hidráulico do Mosteiro
8 Referências
9 Literatura
10 Panteão régio
11 Eclesiásticos
12 Ligações externas
Fundo histórico
Henriques, estátua de 1716, fachada do Dormitório
fundação do Mosteiro de Alcobaça encontra-se intimamente ligada à história do nascimento de Portugal, sendo, assim, a história da abadia um reflexo da História de Portugal.
nascimento de Portugal
Henriques nasceu em 1108 e, utilizando o título de Conde do Condado Portucalense, participou na Reconquista. Aos 12 anos, elegeu-se a si próprio cavaleiro e pequena armada, com a qual partiu, com sucesso, a partir do Condado Portucalense (Guimarães) em direcção ao sul. Em 1131, transferiu a sua residência para Coimbra os Mouros, em 1139, na Batalha de Ourique. Em seguida, autoproclamou-se Rei de Portugal e libertou-se da prestação de vassalagem ao rei de Castela, D. Afonso episódio suscitou desentendimentos entre Portugal e Castela. Em 1143, D. Afonso VII de Castela reconheceu a independência de Portugal por meio de um representante
reconhecimento pelo Papa
entanto, era fundamental o reconhecimento da independência do estado português pelo Papa, o que levou D.Afonso Henriques a pedir auxílio a Bernardo de Claraval.[abade e fundador da abadia cisterciense de Claraval, Bernardo de Claraval foi um dos clérigos mais influentes. Além disso no ano de 1145 foi eleito com Eugénio Papa cisterciense. Em 1144, D. Afonso Henriques concedeu aos Cistercienses a vila de Tarouca, no norte de Portugal. Quando em 1147, D.Afonso Henriques conquistou
Sintra, Almada e Palmela aos mouros, e com a doação de Alcobaça em 1153, ainda durante a vida de Bernardo de Claraval – foi o último Mosteiro que este fundou morte -, o reconhecimento da independência de Portugal tornara-se muito mais premente. Tratava-se de um território de ca. de 500 km² que correspondia ao território
em dia possui o mesmo nome até à costa litoral, englobando vilas como a Nazaré, parte das Caldas da Rainha, encontrando-se, deste modo, entre a Serra dos
Candeeiros, com 613 m de altura, e a costa litoral. Contudo, o reconhecimento do Papa chegava somente no ano de 1179 através de uma bula do Papa Alexandre III. Na Mosteiro (ver abaixo) encontra-se representada a coroação imaginária de D. Afonso Henriques por Bernardo de Claraval e pelo Papa Inocêncio II (1130--1143) num
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/5/52/Alcobaca.mosteiro.castello.jpg/220px-Alcobaca.mosteiro.castello.jpg
http://bits.wikimedia.org/skins-1.5/common/images/magnify-clip.png
de barro em tamanho real que datam do século XVIII.
Política de povoamento
Independentemente desta ocasião excepcional, a entrega aos mosteiros de terras conquistadas aos mouros durante a Reconquista correspondia a uma política de povoamento
destinada a pacificar o território ocupado e a converter os novos súbditos. Desta forma, na luta pela independência, D. Afonso Henriques entregou em 1127 Vimieiro congregação beneditina de Cluny; em 1128, entregou Soure aos Templários; em 1131, fundou o Mosteiro de Santa Cruz em Coimbra; entregou Tomar aos Templários em como, em 1169, um terço do território conquistado no Alentejo. Por fim, no ano de 1172, a Ordem de Santiago obteve o Castelo de Arruda na localidade de Évora.[3]
História do Mosteiro
Ordem de Cister
século X organizou-se em Cluny, na Borgonha, um novo mosteiro beneditino que procurava renovar a regra de S. Bento. As igrejas cluniacenses eram cheias de decorativos. Contra estas manifestações de gosto pela beleza natural, insurgiu-se Bernardo de Claraval, que se recolhera em 1112 em Cister, donde saíra para Claraval e animar mais uma reforma que restituísse à ordem de S. Bento todo o rigor inicial. Os religiosos de Cister deviam viver do seu trabalho, não acumular
e os mosteiros seriam edificados em lugares ermos, sem qualquer decoração.
Mosteiro da Idade Média
castelo
monges cistercienses e um abade da mesma Ordem – de acordo com as regras gerais da Ordem o número de abades correspondia ao tamanho mínima de uma abadia posse do terreno pertencente ao Mosteiro e construíram, a poucos metros do actual Mosteiro e junto ao rio Alcoa, a abadia provisória de Santa Maria A Velha, da Nossa Senhora da Conceição ainda hoje é um testemunho. Quando, no ano de 1178, foram iniciadas as obras de construção da igreja e das primeiras divisórias o território ainda não se encontrava de todo pacificado, sendo a construção atrasada pelas investidas dos mouros. No massacre de 1195, muçulmanos vindos de
penetraram, possivelmente através da Lagoa da Pederneira (actual Nazaré) e assaltaram o Mosteiro em construção, tendo morto os 95 monges que aí se encontravam Os monges só encontraram protecção numa fortaleza vizinha, o Castelo de Alcobaça, que era um antigo castelo mouro. Segundo algumas opiniões, este castelo visigoda e foi restaurado tanto por D. Afonso Henriques como pelo seu sucessor, D. Sancho I. Hoje em dia ainda restam as paredes das muralhas exteriores. No dia 1223, os monges abandonaram a velha abadia, mudando-se para o novo Mosteiro. O túmulo do terceiro rei de Portugal, D. Afonso II, falecido em 1223, foi acolhido
igreja em 1224. Contudo, as obras só terminariam fundamentalmente em 1240, dando-se a consagração em 1252.
Coutos de Alcobaça
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http://bits.wikimedia.org/skins-1.5/common/images/magnify-clip.png
em Aljubarrota, 1514
território cedido aos cistercienses e que, anteriormente, tinha pertencido aos mouros, provavelmente não tinha sido utilizado para a agricultura, devido às inúmeras guerras passavam nesse local. Os monges iniciaram de imediato o seu povoamento através da criação de granjas a partir das quais nasceram os coutos (lat. cautum: para segurança),
espécie de comunidades que a igreja vigiava e dirigia. Estas comunidades nunca se encontravam a mais de um dia de marcha do Mosteiro. Com a passagem dos anos, locais foram adquirindo direitos de exploração próprios, sendo obrigados a prestar contas à abadia. As primeiras comunidades- como, por exemplo, a de Aljubarrota-,
já nos anos de 1164/1167; as últimas foram criadas no século XV. O único granja que perdurou até aos dias de hoje na sua estrutura básica é a Quinta do Campo, da comunidade de Valado dos Frades, na região da Nazaré. Este couto já existia no século XIII, datando possivelmente do século XII, tendo sido criado através dos pântanos. A partir do século XIV, os monges criaram nesse sítio uma escola agrícola. Hoje em dia, os edifícios têm meramente um valor turístico.[4] A maior localidades circundantes de Alcobaça e da Nazaré remontam ao tempo destas colonizações como nos testemunham as igrejas e as capelas construídas em primeiro lugar, pelourinhos que detinham a sua própria jurisdição. O abade de Alcobaça tinha o privilégio real de poder tomar decisões judiciais sem a confirmação do rei, pelo fugitivos ou mesmo, inicialmente, alguns criminosos, encontravam aqui protecção mesmo relativamente ao rei.[5] Deste modo, os monges cultivavam e povoavam
rapidamente as terras e possuiam, através dos coutos, um domínio espiritual e, simultaneamente, mundano. Já no século XIII, o Mosteiro possuia dois portos (Alfeizerão/do Porto situados na Lagoa de Alfeizerão, e Pederneira, hoje uma parte da Nazaré), possibilitando aos monges a prática da pesca, a exportação de vinho e de sal,
das salinas da lagoa que existia desde a Pederneira (Nazaré) até poucos kilómetros de Alcobaça. Mais tarde, exportavam azeitonas e azeite, nozes, frutos secos Em 1368 e em1374, por meio de uma doação do rei D. Fernando, o domínio da abadia foi alargado com territórios perto de Paredes da Vitória e Pataias. Deste a fazer parte integrante do Mosteiro dezanove localidades, das quais treze se tornaram vilas, tais como Aljubarrota (1164/1167), Alvorninha ( 1210), Pederneira 1236/1238), São Martinho do Porto (1257), Paredes da Vitória (1282), Évora de Alcobaça (1285), Cela Nova (1286), Salir de Matos (provavelmente século XIII), 1307), Cós (1311), Maiorga (1303), Turquel (1314), e Alfeizerão ( 1332, mas que já existia nos tempos dos mouros).[6] Esta estrutura de povoação marca, ainda Alcobaça, possuindo esta, na maior parte das suas freguesias, de 3000 e 6000 habitantes, aproximadamente. Devido à grande experiência dos monges, os reis auxílio para a secagem de pauis noutras zonas do território português. Em troca do auxílio na secagem dos pauis por parte da abadia, ela recebia bens feudais
Aumento do poder
económico trouxe consigo uma considerável afluência populacional, o que obrigava a um permanente alargamento das instalações do Mosteiro. Por este motivo, construção, hoje considerada de estilo medieval, nas imediações a norte da igreja. De acordo com recentes achados arqueológicos antes da viragem do século, possivelmente
sido iniciadas construções de outros edifícios já no século XIV, no lado sul da igreja provavelmente mesmo um novo claustro e suas instalações circundantes, do qual lado sul do Mosteiro fazia parte.[7] Até àquele momento pensava-se que esta ala só tivesse sido acrescentada no século XVIII, altura em que toda a frente ocidental foi revestida por uma fachada barroca. Até ao início do século XV, os monges desenvolveram uma grande actividade, cultivando as terras e desenvolvendo a agricultura,
dedicando-se à pesca, extraindo sal e ferro, desenvolvendo a arte de forjar, promovendo o artesanato e educando os colonos. Em 1269, criaram uma das primeiras escolas
do ocidente, cuja transferência, em 1290, para Coimbra, deu origem à Universidade de Coimbra. As comunidades pertencentes ao Mosteiro floresciam de tal maneira abadia de Alcobaça o relaxamento começava a substituir as regras rígidas cistercienses, à semelhança do que sucedia noutros mosteiros. Por este motivo, o Papa determinou, em 1335, uma reforma da ordem cisterciense que o rei D. Afonso IV (1291-1357) aproveitou para reduzir o poder da abadia e subordinar ao seu poder a terras pertencentes a Alcobaça com o argumento de o certificado de doação de D. Afonso Henriques não englobar as vilas mas apenas o campo. No entanto, a o seu poder através de D. Pedro I, seu filho, cujo túmulo foi depositado juntamente com o da sua amada Inês de Castro no transepto da Igreja de Alcobaça (ver
D. Pedro I foi um grande defensor da abadia, restabelecendo o direito da abadia sobre as vilas confiscadas. Contudo, não lhe concedeu a jurisdição real mais elevada,
reservando-a para si próprio.
Posição da abadia dentro do estado
de Alcobaça era membro, por nascença, das cortes, era o padre principal do rei, não se encontrando, hierarquicamente, muito abaixo dos bispos, sendo-lhe reservada,
contrário, uma grande importância, devido ao seu domínio territorial. Desta forma, ele tornou-se numa das pessoas mais importantes do reino e tinha o título de Dom Mosteiro de Alcobaça, do Conselho de Sua Majestade, seu Esmoler-mor, Donatário da Coroa, Senhor dos Coutos e Fronteiro-mor. Ele praticava a jurisdição, embora
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/d/d8/Alcobaca.mosteiro.claustro.novic.flood.damages.jpg/220px-Alcobaca.mosteiro.claustro.novic.flood.damages.jpg
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limitada pelos poderes do rei como, por exemplo, no que respeitava à decisão das penas de morte. A sua jurisdição estendia-se desde Alcobaça, passando por Porto bastante a sul (Ota) e a leste (Beringel, perto de Beja). No seu território a abadia não era obrigada a recrutar tropas para o rei. D. João I (1385-1433), Mestre de Avis, Ordem de São Bento de Avis e membro da Ordem de Cister, [8] foi extremamente benevolente para com o Mosteiro, restituindo-lhe todo o poder que antepassados tentado tirar. Mesmo assim, no ano de 1427, D. João I declarou, perante as Cortes, que considerava a Abadia de Alcobaça como pertença do rei.
Dependência do poder real
sua enorme riqueza e poder, os monges distanciavam-se novamente dos ensinamentos rígidos dos seus fundadores. Em 1475, o abade Nicolau Vieira abdicou,
secretamente, dos seus direitos a favor do arcebispo de Lisboa, - mais tarde o cardeal da cúria Jorge da Costa -, em troca de uma concessão anual de 150.000 reis. Os monges conhecimento desta situação quando uma delegação do arcebispo tomou posse dos seus novos direitos. Devido à sua influência em Roma, as queixas dos monges eram inúteis, principalmente quando o arcebispo obrigou o Mosteiro a pagar tributos a Roma. O Mosteiro, que sempre elegeu autonomamente os seus abades, encontrou-a influência de abades colocados pelo rei. Por volta do século XV, a fragilidade do Mosteiro levou a que muitas povoações subordinadas à abadia exigissem uma administrativa, que lhes acabou por ser concedida em 1514 pelo rei D. Manuel I (1469-1521) atarvés de uma reforma da cidade. (Assim, o número de irmãos drasticamente. O domínio imediato das terras e a própria agricultura limitavam-se a poucos territórios perto do Mosteiro. Em 1531 Afonso de Portugal (1509-1540), filho do rei D. Manuel I e irmão do futuro rei D. João III (1502-1557), tornou-se abade de Alcobaça, sendo simultaneamente bispo de Lisboa e cardeal. Após a sua III proclamou o seu irmão [[Henrique I de Portugal|Henrique (1512-1580) abade, que era, igualmente, arcebispo de Lisboa bem como inquisidor-mor de Portugal se, mais tarde, cardeal. Dois anos antes da sua morte, o cardeal D. Henrique foi proclamado rei de Portugal (tornando-se no último rei da Dinastia de Avis e o último dinastia filipina). Alguns anos antes, entre 1557 e 1568, D. Henrique havia governado o país pelo então ainda muito jovem D. Sebastião I. Esta ligação íntima do Casa Real- que escolhia o abade há mais de 50 anos -, levou, no ano de 1567, a que após as primeiras divergências sobre um afastamento de Claraval, o Papa Pio decretasse numa bula a independência da Ordem dos Cistercienses portuguesa.
Congregação Autónoma dos Cistercienses
consequente Congregação Autónoma dos Cistercienses de São Bernardo de Alcobaça tornou-se no dirigente de todos os mosteiros cistercienses portugueses e o título de abade-geral da congregação. Tanto a Ordem de Avis como a Ordem de Cristo, a sucessora da Ordem dos Templários em Portugal, estavam subordinados Assim, a abadia de Alcobaça voltou a ser o que era na Idade Média. Embora, entretanto, os habitantes dos coutos se administrassem de forma autónoma,
encontravam-se subordinados ao domínio da abadia, sendo obrigados a pagar-lhe tributos. Após a Restauração de 1640, o Mosteiro tinha no rei D. João IV (1640-1660)
novamente um devoto, que lhe concedia novos direitos e privilégios. Nestes tempos, houve um alargamento do Mosteiro em dois novos claustros, ligando-se a norte ao primeiro
desde a Idade Média, o Claustro da Levada, (também apelidado de Claustro do Cardeal ou Claustro dos Noviços), que se iniciou ainda nos tempos do cardeal D.
e terminou em 1636, e o Claustro do Rachadeiro (também apelidado de Claustro da Levada ou Claustro da Biblioteca). A própria parte central do Mosteiro - datada da Idade Média -, sofreu profundas alterações, sendo, nessa altura, construída a cozinha nova que ainda hoje em dia impressiona. A partir de 1702, o Mosteiro recebeu magnífica fachada barroca, tendo a igreja obtido os seus dois campanários. Este conjunto ainda hoje dá ao Mosteiro mais o aspecto de um palácio, não revelando
absolutamente nada da simplicidade inicial dos cistercienses. Em 1755, a construção terminou com a criação da Biblioteca, sendo esta, naquela época, uma das maiores Ibérica.
As três catástrofes
da Levada, danos da inundação de 1772
dos grandes danos causados pela peste, que no ano de 1348 matou, em três meses, 150 monges, pelas inundações (como as de 1437 e 1495) e pelos terramotos(ou de 1563), o Mosteiro conseguiu sobreviver. No entanto, houve três acontecimentos que levaram ao final do desdobramento do poder. Na sequência do histórico
de 1755, tanto a parte sul do Mosteiro como a sacristia foram danificadas. O Colégio de Nossa Senhora da Conceição, pertencente ao Mosteiro e que se encontra,
1648, no terreno da Abadia Velha – a primeira abadia provisória-, foi totalmente destruído, acabando por ser integrada nas partes restabelecidas a sul. Os monges procissões ao Santuário de Nossa Senhora da Nazaré, a fim de agradecer à Senhora o tê-los poupado a estragos maiores. Este santuário encontrava-se a 10 km de chamada Sítio (Pederneira, hoje Nazaré).[9] Contudo, no ano de 1772, algumas partes de Portugal foram destruídas por uma inundação – a grande cheia-, que
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tratar-se de um tsunami, cujas consequências eram historicamente relacionadas com o terramoto ocorrido 17 anos antes. Embora o Mosteiro se localizasse a 10 da costa litoral, esta onda gigantesca foi muito mais destrutiva do que aquela que ocorrera em 1755. A parte sul do Mosteiro foi danificada, pela segunda vez,
seriamente, deixando outras partes atoladas nas lamas deixadas pela água quando esta recuou. Demorou muitos anos até que as grandes massas de terra – que enterraram parte do muro do Mosteiro-, fossem eliminadas. Ainda hoje, a forma ondulada da fachada Norte, com ca. de 250 m de comprimento, relembra os danos provavelmente
pela inundação às fundações. Por fim, no âmbito das Invasões Francesas durante a Guerra Peninsular , as tropas napoleónicas entraram em Alcobaça no ano de saqueando e destruindo várias áreas do Mosteiro e da Igreja.
Encerramento dos mosteiros por parte do Estado
tempos que se seguiram, só foram reparados a ala da fachada ocidental do Mosteiro, a Igreja e os três claustros a norte. Em 1834, a rainha D.Maria II decretou a abolição congregações, conventos e mosteiros em Portugal. O motivo prendia-se com as Guerras Liberais durante as quais surgiram divergências entre a vertente liberal da
monarquia –os constitucionalistas- um movimento que, na época, encontrou paralelos em diversos países europeus - e a vertente absolutista. Em 1820, a Revolução Liberal reconhecimento da primeira Constituição pelo rei, o que foi combatido ferozmente tanto pela casa real, como também por toda a nobreza e pelo clero. D. Miguel I, irmão principal opositor à Constituição e ao rei, autoproclamou-se como rei opositor. O abade-geral de Alcobaça, tal como o fizeram outros clérigos, tomou posição contra a que exigia o afastamento dos privilégios da Igreja. Em 1834 (Concessão de Évora Monte), venceram os constitucionalistas. Num decreto, relativo ao encerramento ficou estabelecido que as suas riquezas revertiriam a favor do estado, à excepção dos objectos relacionados com acções sacras.
Pilhagem do Mosteiro no ano de 1833
de 1385
os anos 20, houve nos Coutos de Alcobaça, perturbações políticas, pois o povo ambicionava a libertação do domínio pelo Mosteiro. Esta situação derivava essencialmente
responsabilidades de reconstrução que lhe tinham sido acrescidas devido às catástrofes de 1755, 1772 e 1810. Em 1833 houve, no largo à entrada do Mosteiro, várias
entre as tropas de D. Miguel e o batalhão voluntário dos Coutos de Alcobaça. Este batalhão também participara, em 1834, na batalha decisiva em Évora Monte a Constitucionalistas. Tanto os monges como toda a Igreja encontravam-se do lado dos Miguelistas e criaram, igualmente, um regimento de voluntários dos Coutos de batalhando com as tropas de D. Miguel.[10] Entretanto, quando os monges perceberam que os Constitucionalistas estavam a ganhar a guerra, evacuaram o Mosteiro, pela Julho de 1833 e, posteriormente em Outubro de 1833. A 16 de Outubro do mesmo ano, no delírio da liberdade, a população entrou no edifício e saqueou-o durante Durante o saque, desapareceram muitos objectos utilitários, de culto e de arte e uma grande parte do acervo da Biblioteca, cujos restos só alguns anos depois puderam transferidos para a Biblioteca Nacional de Lisboa. Durante estes tumultos, desapareceram também uma das caldeiras e recipientes de cobre em forma de tacho com um diâmetro
1,20m e com a altura de um metro, que os portugueses tinham tomado aos espanhóis em 1385 durante a Batalha de Aljubarrota e que D. João I tinha entregue A outra caldeira pode ser vista na Sala dos Reis. De acordo com algumas informações, os túmulos de D. Pedro e de Inês de Castro terão sido novamente violados.
no ano de 1837 é que o estado tomou posse do Mosteiro, passando a controlá-lo.
Decadência das instalações do Mosteiro
extinção do seu Mosteiro, Alcobaça perdeu repentinamente a sua importância e ficou entregue a si própria. Os monges desapareceram sem deixar rasto. Desde aí,
de existir os cistercienses. Em 1838, iniciou-se a venda das pedras de construção do castelo vizinho. A muralha da cidade, que dividia os terrenos de agricultura Mosteiro do átrio ocidental do mesmo, foi demolida em 1839. O pelourinho, o grande símbolo da justiça do Mosteiro, foi eliminado em 1866. Os edifícios sofreram
continuamente actos de vandalismo e de roubo, sendo as suas janelas e portas furtadas e qualquer guarnição desmontada. Na ala sul do Mosteiro foram criadas habitações norte passou a ser utilizada por serviços públicos e pelo comércio. O refeitório, existente desde os tempos da Idade Média, foi transformado numa sala de teatro em até ao ano de 1929. No claustro mais recente, o Claustro da Biblioteca ou Claustro do Rachadoiro, foi inserida uma arena destinada a touradas (1866/68). As partes
mais recentes do Mosteiro passaram a ser utilizadas pela cavalaria, transformando-se posteriormente num lar para deficientes e idosos. Tanto os edifícios do Mosteiro
campanário, danificado a norte da Igreja da abadia, entraram em decadência.
Reconstrução na Idade Moderna
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com uma nova praça
do século XIX, alguns cidadãos consciencializaram-se da importância do velho Mosteiro. Entre estes cidadãos encontravam-se principalmente historiadores, arqueólogos agrónomo Manuel Vieira de Natividade (1860-1918). Este último tornou pública a sua obra sobre o Mosteiro de Alcobaça em 1885. O Presidente da Câmara só em 1901 junto ao governo para a reparação e a limpeza da fachada do Mosteiro. Em 1907, o governo português publicou, pela primeira vez, um decreto que protegia partes A partir de 1929, o Estado, com a ajuda dos serviços responsáveis pelos monumentos, começou a reparar de forma sistemática a Igreja e o Mosteiro medieval,
restituindo-lhes o seu aspecto original. Nos anos 90, a ala sul do Mosteiro passou novamente para o domínio do estado e os dois claustros, juntamente com as suas construções
dos séculos XVI a XVIII, foram restituídos, apenas, em 2003. A igreja e a parte mediável era considerado património mundial pela UNESCO 1989. Depois de o Mosteiro seriamente danificado por uma estrada principal que atravessava a praça principal continuando ao longo do lado norte, causando uma poluição devastadora ao edifício de trânsito nessa via foi cancelada e a praça do Mosteiro foi totalmente alterada de acordo com sua situação histórica com suporte de União Europeia. Em 7 de mosteiro foi eleito como uma das Sete Maravilhas de Portugal.
Significado cultural do Mosteiro
1755
Escola de Alcobaça, século XVII
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Ana, Escola de Alcobaça, século XVII
Ensino e economia
desenvolvimento da agricultura era um ponto fulcral na cultura medieval dos monges, que já nos primeiros povoamentos da região de Alcobaça colocaram a primeira pedra agricultura próspera. Os monges instruíam os colonos e ensinavam-lhes algumas perícias artesanais. Deste modo, eles promoviam o artesanato que na época medieval cidades. A escola pública, criada no ano de 1269, assim como as escolas de agricultura criadas na época medieval, como a escola de agricultura datada do século da Quinta do Campo em Valado dos Fradres (ver acima: Quinta do Campo; também as escolas de agricultura em Alvorninha, Vimeiro e Maiorga) são exemplos dessa
Assim, floresceram cidades numa área de ca. de 500 km², das quais durante muito tempo muitas ainda criaram distritos. Destas cidades só subsistiram Alcobaça Até hoje, a paisagem encontra-se marcada pelo mais alto grau de aproveitamento (como fruta, vegetais, vinho e óleo). Por outro lado, as capacidades artesanais,
especialmente cuidadas, conduziram a um florescimento do artesanato em Portugal no século XIX, desde a criação de fábricas de papel, de vidro, de porcelana, de têxteis, fábricas de conservas de fruta. Embora, entretanto, algumas tenham deixado de existir, muitas fábricas caracterizam ainda hoje a agricultura regional.
Ciência
de, em 1755, ter sido criada uma das maiores bibliotecas deve-se ao surgimento de inúmeros monges cronistas e historiadores. Estes monges tornaram-se conhecidos
Cronistas de Alcobaça. Eles publicaram durante séculos a Monarchia Lusitana, uma obra que tratava da História de Portugal, mas que também fazia referência, através monografias, a diversos temas históricos.
Arte
excepção das partes medievais do Mosteiro, que impressionam devido à sua simplicidade, os monges não deixaram marcas significativas deste tempo para além de duas
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de Nossa Senhora, datadas do século XV e XVI, respectivamente. O motivo prendia-se não só com a proibição, por parte dos cistercienses, de representar imagens, com os ideais de virtude, prevalecendo os valores da simplicidade e da modéstia. A influência da Casa Real e o desligamento de Claraval fizeram cair estes ideais século XVII, formou-se uma escola de arte barroca extremamente produtiva, que criava esculturas de barro. A maior parte das obras são anónimas, sendo atribuidas, forma geral, aos Barristas de Alcobaça. Ainda hoje, a Capela das Relíquias na sacristia, o grupo com a representação da morte de São Bernardo, que se encontra numa
com o mesmo nome no transepto a sul da Igreja (e que fora extremamente danificada pelas Invasões Francesas em 1810) e um grande número de imagens de altar, real , que se encontram normalmente nas capelas da Rotunda e do Mosteiro, são um testemunho dessas esculturas. Uma parte dessas estátuas, assim como a representação de Santa Ana, também aqui presente, são originárias do altar de uma capela-radial, que tinha sido dedicada à Sagrada Família.
Congregações filhas
importância da abadia se apoiava mais no seu poder espiritual e político que atingira em Portugal, não tratando das fundações das congregações filhas. Enquanto a abadia encontrava sob o poder de Claraval, era aqui que eram tomadas as decisões relativamente a qualquer fundações de congreações-filhas. O abade de Alcobaça fundou um
em 1279, em Cós - que se localiza a apenas 4 km de distância de Alcobaça-, e por meio de uma determinação testamentária do rei D. Sancho II (1209-1248). este convento vivia “na sombra” até ao ano de 1558, adquirindo importância a partir do momento em que o cardeal D. Henrique se tornou abade de Alcobaça, de completou. Do convento ainda existem a Igreja, o coro e a sacristia. Em 1566, D. Henrique fundou nos Capuchos (em Évora de Alcobaça) - que também se localiza kilómetros de distância de Alcobaça-, um mosteiro para monges franciscanos, que aí permaneceram até à dissolução dos mosteiros no ano de 1834. Deste mosteiro
existem as ruínas ao lado de uma capela. Na sequência da grande influência que os cistercienses adquiriram em Portugal, alguns mosteiros de outra proveniência
submeteram-se à Ordem dos Cistercienses. Desta maneira, a abadia de Alcobaça passou a deter, mais tarde, também a jurisdição, enquanto Congregação Autónoma dos
Cistercienses em Portugal. No entanto, não se trata, propriamente, de filiais do Mosteiro como, por exemplo, aquelas que aparecem nos índices de livros cistercienses como
fundados por Alcobaça, como Santa Maria de Tamaraes, Santa da Maria de Maceira Dão, Santa Maria de Bouro, Estrela e São Paulo de Frades, todos eles de origem
beneditina.
Número de monges
a lenda, terão vivido na abadia de Alcobaça 999 monges, estando o número 1000 reservado ao rei. Na verdade, este número de monges nunca existiu. Infelizmente, bibliografia precisa sobre o assunto. Os cistercienses, tal como outros mosteiros, faziam a distinção entre os monges brancos (frei) e os irmãos leigos. Nos primeiros construção, do povoamento do território do Mosteiro e da criação dos coutos, é possível que o número dos irmãos leigos tenha ultrapassado o dos monges brancos na
de 2 para 1. Deste modo, pensa-se terem existido ca. de 500 monges, dos quais ca. de 130 eram monges brancos. Por volta de 1500, prova-se a existência de monges brancos, tendo o número de irmãos leigos diminuido já no século XIV. Ao longo do século XVI, o número de monges brancos diminuiu para 40, aumentando da nomeação de Alcobaça como Congregação Autónoma dos Cistercienses em Portugal. Em 1762, contavam-se 139 monges brancos. A partir dos relatos existentes
capacidade da cozinha nova, terminada por volta de 1700, é de presumir que o Mosteiro, nesse tempo, alojasse novamente ca. de 500 pessoas.
Descrição das instalações
Descrição Geral
Mosteiro de Alcobaça [11]
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DA PLANTA DO MOSTEIRO: 1-Igreja; 2- Sacristia medieval; 3- Sala do Capítulo; 4- Parlatório; 5- Escada de acesso ao dormitório; 6- Sala dos Monges; 7- Igreja 9- Lavabo; 10- Clausto de D. Dinis; 11- Claustro de D. Afonso VI; 12- Sala das Conclusões; 13- Sala dos Reis; 14- Ala sul; 15- Panteão Real; 16- Capela Senhor Sacristia; 18- Capela Senhora do Desterro; 19- Claustro da Levada; 20- Claustro do Rachadoiro; 21- Biblioteca
Mosteiro é constituído por uma Igreja ao lado da sacristia e, a norte, por três claustros seguidos, sendo cada um circundado, na sua totalidade, por dois andares, assim por uma ala a sul. Os claustros, inclusivé o mais antigo, possuem, igualmente, dois andares. Os edifícios à volta dos claustros mais recentes possuem três andares. 2000 foi descoberto um presumível quarto claustro no lado sul da Igreja. Este claustro foi, provavelmente, aplanado na sequência da destruição causada pelo terramoto grande inundação de 1772. Também é possível que os vestígios dos habitantes da ala sul tenham sido eliminados em 1834. O edifício completo ainda hoje possui construção de 27.000 m² e uma área total de pisos de 40.000 m². A área construída, juntamente com o claustro sul, terá tido a dimensão de 33.500 m². A fachada
do Mosteiro, da Igreja e da ala norte e sul tem uma largura de 221 m, tendo o lado norte ca. de 250 m. Entre 1178 e 1240, a Igreja e o primeiro claustro foram
construídos no estilo pré-gótico, da passagem do românico, tendo a Igreja sido inaugurada em 1252 -é a primeira obra plenamente gótica erguida em solo português. Os sul foram provavelmente construídos no século XIV. No último terço do século XVI, iniciou-se a construção do Claustro da Levada que se ligava ao claustro medieval último, entre o século XVII e a metade do século XVIII construiu-se o Claustro da Biblioteca (ou do Rachadoiro).
Igreja
central
abadia com transepto
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barroca da Igreja da abadia
constituída por uma nave central, duas naves laterais, e um transepto, criando a imagem de uma cruz. É discutível se a Igreja foi construída, em relação ao altar, deambulatório e ao transepto, na forma actual ou se se desviou de forma semelhante àquela desenvolvida no mesmo período por Claraval, tendo um transepto mais curto deambulatório.[12] Todas as naves têm ca. de 20m de altura. A sala do altar é limitada a oriente por um caminho com nove capelas radiais. As outras quatro capelas vão dar, ao transepto. O comprimento total é de 106 m, a largura média é de 22 m e a largura do transepto é de 52 m. Desta forma, esta Igreja é uma das maiores abadias
cistercienses construiram na Europa, tendo sido apenas a hoje já não existente abadia de Vaucelles (132 m) maior. Apesar de a abadia de Pontigny, que se localizava
igualmente em França, ter com os seus 108 m dois metros a mais, ela tinha um transepto mais estreito. A igreja da abadia de Claraval, que hoje já não existe e que servia parte medieval do Mosteiro, tinha o mesmo tamanho. A arquitectura da igreja de Alcobaça é um reflexo da regra beneditina da procura da modéstia, da humildade, isolamento do mundo e do serviço a Deus. Os cistercienses partilhavam estas ideias, ornamentando e costruindo a estrutura das suas igrejas de forma simples e poupada. enorme dimensão, o edifício apenas sobressai através dos seus elementos de estrutura necessárias que se dirigem ao céu. Esta impressão foi restabelecida através restauração efectuada em 1930. Neste mesmo ano ficou decidida a reconstrução nos moldes da época medieval, eliminando-se muitas construções que foram surgindo ao séculos. Infelizmente, também se eliminou um órgão. Por conseguinte, as pedras à base de calcário, que constituem o muro, ficaram visíveis, contendo muitas os símbolos entalhador. Por isso, sabe-se que o seu trabalho era remunerado. As cadeiras do coro, originárias do século XVI, arderam em 1810, durante as Invasões Francesas. A fachada
do Mosteiro a ocidente foi alterada entre 1702 e 1725 com elementos do estilo barroco. Desde aí, a fachada da igreja é ladeada, em direcção à praça, por alas de com um comprimento de 100 m cada. A própria igreja adquiriu dois campanários barrocos e possui uma fachada de 43 m, ornamentada por várias estatuetas. A entrada, com as suas decorações barrocas, data, igualmente, deste tempo. Da fachada antiga apenas restam o portal gótico e a rosácea. É difícil conhecer-se o aspecto original, pois foi destruída em 1531. Provavelmente, a igreja não possuiria campanários, correspondendo, deste modo, ao ideal cisterciense da simplicidade.
Caracterização arquitectónica
de uma estrutura de planta em cruz latina. A actual fachada é do século XVIII, restando do gótico primitivo o portal de arcos ogivais e o arco da rosácea. A concepção
arquitectónica deste monumento, desprovida de decoração e sem imagens, como ordenava a Ordem de Cister, apresenta uma grandiosidade e beleza indiscutíveis. As naves
laterais são inteiramente abobadadas, praticamente da mesma altura, dão a sensação de amplo espaço, a que o processo de iluminação, românico ainda, dá pouca maior. As naves laterais prolongam-se pelo deambulatório, e da charola irradiam nove capelas que acompanham a ábside circular, iluminada por frestas altas, o que mor.A segurar a parte alta da ábside existem arcos-botantes, pouco vulgares nas abadias de Cister, talvez por ser um monumento de transição entre o românico e inovações típicas da arte gótica aparecem ainda com o aspecto de um ensaio, como por exemplo a subida das naves laterais até à altura da central. O transepto
apresenta-se com duas naves, mas quando olhamos a planta da igreja, reconhecem-se três, nos alicerces e no corpo central.
do edifício demonstra a existência de um gótico avançado, o exterior do edifício exprime a austeridade cisterciense, neste caso orientada para objectivos mais
pragmáticos. De facto, como aconselhava a regra, não existem torres, e as fachadas, nomeadamente o frontispício possuía apenas uma parede lisa com empena triangular. são contrafortadas, exceptuando a cabeceira, na qual surgem pela primeira vez arcobotantes na arquitectura portuguesa. A coroação do templo, pelo exterior, é merlões com topo biselado dos dois lados, sobre um parapeito que descansa numa fiada de modilhões. Esta característica confere ao conjunto uma solidez militar um
outros aspectos poderão desmentir a escassa influência do mosteiro de Alcobaça na história da arquitectura portuguesa. De facto, o monumento tem sido sempre
como uma excepção no quadro do modo gótico produzido em Portugal como uma peça única e experimental sem antecedentes nem descendentes.
Deambulatório
deambulatório é uma obra complexa, a sua estrutura interior - o presbitério, propriamente dito - articula-se com a nave por intermédio de duas paredes opostas, rectas,
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por dois pilares nos extremos e de cada lado; oito colunas de grande diâmetro e robustez com capitéis de cesto troncocónico côncavo e ornamentação vegetalista simplificada, sustentam arcos quebrados muito aperaltados; a abóbada, nervurada e ligeira, parte de meias colunas cuja raiz se situa acima daqueles capitéis. A parte exterior Deambulatório é dotada de uma abóbada mais pesada e de acordo com os sistemas mais simples utilizados no restante edifício.
Sacristia
medieval de ca. de 100 m², que se encontrava no final do lado norte do transepto, foi substituída, no tempo do rei D. Manuel I (1495-1521), por uma sacristia ² do lado sudeste do coro juntamente com um átrio. Ao mesmo tempo, construiu-se a Capela Senhor dos Passos. Tanto a sacristia como a capela foram destruidos
terramoto de 1755. Na sua reconstrução, conservaram-se os portais manuelinos, que são uns dos poucos elementos de construção deste estilo em Alcobaça. No encontra-se a Capela das Relíquias (ver acima).
Os primeiros túmulos reais
igreja encontram-se os túmulos dos reis D. Afonso II (1185-1123; túmulo datado de 1224) e de D. Afonso III (1210-1279). Os túmulos situam-se dos dois lados São Bernardo (contendo a representação da sua morte) no transepto a sul. Diante destes túmulos, numa sala lateral, posicionam-se oito outros túmulos, nos quais encontram D. Beatriz, mulher de D. Afonso III, e três dos seus filhos. Um outro sarcófago pertence a D. Urraca, a primeira mulher de D. Afonso II. Não se conhece a história sarcófagos, estando estes, hoje em dia, vazios após terem sido novamente selados entre 1996 e 2000. O edifício lateral, nos quais esses sarcófagos se encontram
actualmente, foi reconstruído na sequência dos estragos causados pela grande inundação de 1772. A partir do século XVI, os sarcófagos encontravam-se no transepto a anteriormente, provavelmente na nave central.
D. Pedro e Inês de Castro
de D. Pedro, pormenor
de Inês de Castro
representação do Juízo Final
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Os sarcófagos
túmulos de D. Pedro I (1320-1367), com o cognome O Terrível ou também O Justo, e o de D. Inês de Castro (1320-1355), que se encontram em cada lado do transepto,
ainda hoje atribuem um grande significado e esplendor à igreja. Os túmulos pertencem a uma das maiores esculturas tumulares da Idade Média. Quando subiu Pedro I tinha dado ordem de construção destes túmulos para que lá fosse enterrado o seu grande amor, D. Inês, que tinha sido cruelmente assassinada pelo pai D. Afonso IV (1291-1357). Este pretendia, também, ser ele próprio ali enterrado após a sua morte. As cenas, pouco elucidativas, representadas nos túmulos, ilustram
História de Portugal, são de origem bíblica ou recorrem simplesmente a fábulas. Por um lado, esta iconografia é bastante extensa, sendo, por outro lado, muito
criação dos túmulos
casou em 1336, em segundas núpcias, com D. Constança Manuel (1318-1345), uma princesa castelhana. Devido a várias guerras entre Portugal e Castela, D.
só chegou a Portugal em 1339. No seu séquito, ela trazia a camareira Inês de Castro, que provinha de uma antiga e poderosa família nobre castelhana. D. Pedro apaixonou-se por ela. Em 1345, D. Constança morrera catorze dias após o parto do seu filho sobrevivente, D. Fernando I. D. Pedro I passou a viver publicamente com D. desta relação três filhos. O pai de D. Pedro I, D Afonso IV, não aceitou esta relação, combatendo-a e, em 1335, condenou D. Inês à morte por alta traição. Após D. Pedro I vingou a morte da sua amada (afirmando ter-se casado com ela em segredo no ano de 1354) e decretou que se honrasse D. Inês como rainha de Portugal.
em 1361 os sarcófagos estavam prontos, D. Pedro I mandou colocá-los na parte sul do transepto da igreja de Alcobaça e trasladar os restos mortais de D. Inês de
para Alcobaça, sob o olhar da maior parte da nobreza e da população. No seu testamento, D. Pedro I determinou ser enterrado no outro sarcófago de forma a que,
casal ressuscitasse no dia do Juízo Final, se olhassem nos olhos (de acordo com as fontes, só existiria o pedido de ser lida diariamente uma missa junto aos seus
sorte dos túmulos
de Agosto de 1569, o rei D. Sebastião I (1554-1578), cujo tio era o cardeal D. Henrique, abade de Alcobaça, mandou abrir os túmulos. De acordo com os relatos presentes, enquanto os túmulos eram abertos, o rei recitava textos alusivos ao amor de D. Pedro e de D. Inês. Durante a Invasão Francesa do ano de 1810 os dois
não só foram danificados de forma irreparável, como ainda foram profanados pelos soldados. O corpo embalsamado de D. Pedro foi retirado do caixão e envolvido cor púrpura, enquanto a cabeça de D. Inês, que ainda continha cabelo louro, foi atirado para a sala ao lado, para junto dos outros sarcófagos. Os monges reuniram
posteriormente os elementos dos túmulos e voltaram a selá-los. Após o ano de 1810, os túmulos foram sendo colocados em vários sítios da igreja, para voltarem à sua posição
transepto, frente a frente, em 1956. Agora, os túmulos são o destino de muitos apaixonados, que muitas vezes os visitam no dia do seu casamento, para fazerem eterno e de fidelidade defronte aos dois túmulos.
Claustro medieval
claustro e a igreja foram possivelmente completados em 1240. No entanto, é provável que o claustro se tenha desmoronado. Entre 1308 e 1311 ele foi substituído existente Claustro de Dom Dinis ou Claustro do Silêncio, nome que se deve à proibição de conversação naquele tempo nesse local. O seu comprimento à volta rés-do-chão tem uma altura média de 5 m. Por ordem do rei D. Manuel I (1469-1521), no início do século XVI, foi adicionado um segundo andar ao claustro. O superior do claustro efectua-se por um púlpito, uma escada em caracol na parede, interligando também a cozinha ao dormitório.
Claustro da Leitura
a sul, Claustro da Leitura, passa paralelamente à igreja sem englobar outras partes do edifício. A meio do século XV, encontravam-se colocados, nesse local, bancos quais os monges podiam permanecer enquanto ouviam as leituras. A meio, o claustro possui uma capela em honra da Virgem Maria, correspondendo, assim, tradição nos mosteiros cistercienses.
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Claustro do Capítulo
do lado oriental, o Claustro do Capítulo, inicia-se no seu lado sul com uma porta de ligação à igreja, através da qual os monges brancos passavam para entrar a sacristia medieval, a Sala do Capítulo, o Parlatório, a escada de acesso ao dormitório e o acesso à Sala dos Monges.
Sala do Capítulo
à Sala do Capítulo revela uma fachada especialmente vistosa devido aos seus pilares escalonados uns atrás dos outros. A Sala do Capítulo servia às assembleias era, depois da igreja, a sala mais importante do Mosteiro. O seu nome deve-se às leituras que eram feitas a partir dos capítulos das regras beneditinas. Por outro era o lugar das votações e de outros actos semelhantes feitos pelos monges. Ele tem uma forma quadrada de 17,5 m x 17,5 m, havendo espaço para 200 monges. medieval, havia uma escada que conduzia directamente da Sala do Capítulo para o Dormitório, uma vez que os monges eram obrigados a ir lá durante a noite. Na para a Sala do Capítulo existe uma placa funerária de um abade não identificado. Antigamente, o chão desta sala estava todo ele coberto por estas placas funerárias com uma regra cisterciense do ano de 1180, os abades deviam ser enterrados na Sala do Capítulo. Assim, os monges eram obrigados a tomar as suas decisões túmulos de abades falecidos. Este género de enterro era uma grande excepção dentro da ordem cisterciense pois, normalmente, os enterros estavam proibidos dentro Por esse motivo, encontra-se uma porta, com acesso ao exterior, no transepto a sul, chamada de Porta da Morte, pois os monges falecidos eram transportados serem enterrados. Não obstante este facto, durante os trabalhos de renovação da abadia de Alcobaça, foram encontrados debaixo do chão e também nos muros
enterrados, para os quais, obviamente, foi feita uma excepção àquela regra.
Parlatório
Parlatório, de ca. de 5 m de largura, encontra-se ao lado da Sala do Capítulo. Era apenas no Parlatório que os monges estavam autorizados a falar com um representante Por princípio, os monges estavam obrigados ao silêncio, com excepção da reza, e só se podiam transmitir informações muito necessárias. Por esse motivo, muitos
uma linguagem gestual.
Dormitório
Dormitório, metade sul
do Dormitório, 1716
seguida, abre-se uma porta para o Dormitório. Esta escada foi somente descoberta em 1930, quando se fizeram as obras de renovação. O Dormitório, que se localiza andar, tem o comprimento de 66,5 m e a largura de 21,5m até 17,5m sobre o lado oriental total da parte medieval da abadia, tendo deste modo uma área de perto Na forma actual e restaurada, o Dormitório apresenta-se na sua forma medieval original. Na parte superior do lado sul, o Dormitório é aberto por uma grande porta
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dá acesso ao transepto a norte da igreja. Antigamente, e nesse local, existia uma escada que descia, cumprindo uma regra cisterciense que obrigava a que o dormitório
duas entradas de acesso. Na parte superior do lado norte do Dormitório encontravam-se as latrinas, que se encontravam obrigatoriamente separadas por uma regra estipulada de igual modo pelas regras cistercienses. As águas eram escoadas para o jardim do lado norte da abadia. Os monges dormiam no Dormitório todos totalmente vestidos, sendo separados apenas por uma separação móvel. O abade possuia uma cela própria na parte sul da igreja. Naquele tempo, era esta a disposição
na maior parte dos mosteiros. A meio do lado ocidental, há uma porta estreita que dava acesso a uma escada em caracol, que hoje dá acesso à cozinha e, na Idade
permitia a entrada no Calefactório (ver abaixo). Por este lado, havia também acesso ao claustro superior. O Dormitório foi sendo alterado ao longo dos séculos. No XVI, adquiriu um segundo chão, inserido mais ou menos ao nível do capitel dos pilares, continuando a existir um pé direito suficiente. Supostamente, era neste lugar dormiam. Por baixo, na metade a norte, foram construídas salas, que eram utilizadas como biblioteca - até à construção da nova Biblioteca em 1755-, e como arquivo. foram construídas celas, uma vez que, com o alargamento do novo Mosteiro à volta dos claustros, que se encontravam a oriente, este tipo de alojamento substituía salas de dormir. No lado oriental, através dos alargamentos, o dormitório adquiriu um terraço de acesso directo. Em 1716, foi construída uma fachada nova ao Dormitório,
direccionada a norte. Esta fachada foi coroada com uma estátua do fundador da abadia, D. Afonso Henriques. No ano de 1940, e no âmbito da restauração, foi eliminado chão inserido anteriormente. O Dormitório, tal como hoje é visível, é hoje uma sala de três naves de enormes dimensões, utilizado fundamentalmente para eventos
como, por exemplo, exposições.
Sala dos Monges
da parte norte do Dormitório, acessível através de uma porta que se encontra ao lado da escada para o mesmo, localiza-se a Sala dos Monges. Esta sala possui inclinando-se para o lado norte mediante quatro degraus. Nos primeiros séculos, esta sala servia para o alojamento dos noviços, que não podiam participar na vida
ordem dos monges brancos. Quando no início do século XVI, o dormitório dos noviços foi transferido para o segundo andar do Dormitório, a Sala dos Monges
transformou-se numa sala de trabalho, numa sala de espera e numa sala de estar dos monges. Após a construção da nova cozinha, no século XVII, também era nesta sala entregues e armazenadas as mercadorias. No ponta a sul da Sala dos Monges encontra-se uma separação mural maciça, aberta em direcção ao tecto, formando uma em direcção ao muro a norte do Parlatório. Em 1229, o cabido-geral dos cistercienses decidira que todos os mosteiros deviam ter uma prisão no seu interior. A abadia
para a sua jurisdição civil uma prisão nos calabouços do castelo que se localizava acima e a ocidente do Mosteiro. De acordo com a nova regra, o compartimento dos Monges passou a ser utilizado como uma prisão pertencente ao Mosteiro.
Claustro do Refeitório
com lareira
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exterior
cozinha feita de pedra
porta fitness do refeitório
medieval, o claustro a norte, o Claustro do Refeitório, englobava, visto de oriente para ocidente, a sala ao lado da Sala dos Monges, i. e, o Calefactório, o refeitório à entrada, um poço para a lavagem das mãos e a cozinha antiga. Tanto a norte da cozinha velha, como também a norte do calefctório, existiam pátios que ficavam
linha do edifício.
Cozinha velha e nova
seu reinado (1656-1667), o rei D. Afonso (1643-1683) deu a ordem de construção de um novo claustro na área noroeste do Mosteiro, através do qual era necessário
cozinha medieval a oeste do refeitório. Ao mesmo tempo, os hábitos alimentares dos monges tinham-se alterado. De acordo com as regras cistercienses antigas, matérias gordas estavam proibidas aos monges. Abria-se uma excepção no caso de doença, podendo os monges comer carne na enfermaria. No ano de 1666,
VII autorizou o consumo de carne três vezes por semana. Esta autorização desencadeou uma mudança radical nos costumes dos monges, estando a sua pequena
tecnicamente, impreparada. Assim, foi necessário desviar o calefactório a leste do refeitório para se criar uma cozinha nova. Para além da cozinha, o Calefactório em que se podia aquecer, pelo que, na época medieval, era neste local que os copistas copiavam os seus livros. No entanto, com o alargamento de mais claustros essa sala tornou-se desnecessária até porque, entretanto, a impressão tinha substituído a cópia manual. Deste modo, foi construída na área do Calefactório e do cozinha, de 29 m de profundidade e de 6,50 m de largura, que ultrapassava os dois andares, atingindo uma altura de 18 m. A data exacta da nova construção conhecida, embora exista, numa parede da cozinha, uma inscrição com a data de 1712. Porém, presume-se que a cozinha nova ainda tenha sido construída antes do claustro Afonso VI, por volta do século XVII. No meio da cozinha, foi construída uma lareira sobre uma área de ca. de 3 x 8 m, com uma altura de 25 m, com duas lareiras medidas de 2,5 m x 1,5 m e de 4 m x 1,5 m de altura igual, sendo estas medidas as mais altas do Mosteiro, após a igreja com a sua nave. Estas disposições só existiam
Portugal no Convento da Ordem de Cristo, em Tomar, e no Palácio Nacional de Sintra. O chão da lareira principal era rebaixado em relação ao nível do solo para que
as brasas, pelo que estas disposições – após a abstinência de carne durante séculos – eram propícias ao grelhar e à cozedura de gado. Alguns cálculos concluíram era o suficiente para alimentar mais de 500 monges. Em 1762, existiam em Alcobaça 139 monges brancos, juntando-se-lhes ainda os irmãos leigos. Por baixo do cozinha corre uma conduta da Levada, um braço artificial do rio Alcoa. A água sai pelo lado norte da cozinha por uma fenda aberta para fluir numa bacia inserida no chão, água era retirada. Segundo a lenda, os monges terão pescado nesse local, o que parece muito pouco credível. Do lado oeste da cozinha foram colocadas sete grandes
pedra com saídas por meio de figuras imaginárias ou caretas, das quais saía a água para dentro de duas bacias do tamanho de uma banheira, alimentadas por saída da parede. Esta fenda era alimentada por uma outra afluência de água, que, por sua vez, era alimentada por uma fonte através de uma conduta de 3,2 km com veja a seguir). Em 1762, a cozinha recebeu os azulejos nas paredes e nos tectos que ainda hoje existem.
Refeitório
ao lado da nova cozinha encontra-se o Refeitório, a sala de jantar dos monges brancos. O Refeitório era constituído por um pavilhão com três naves com as dimensões
620 m² ( 29 x 21,5 m). Por cima da entrada encontra-se uma inscrição em latim de difícil interpretação: respicte quia peccata populi comeditis (lembrem-se que pecados do povo). A sala impressiona pelas suas proporções harmónicas, possuindo janelas tanto do lado norte como a leste. Do lado oeste, uma escada de pedra
púlpito do leitor, que lia textos da Ordem durante as refeições. Os monges sentavam-se com os rostos virados para a parede e tomavam a sua refeição em silêncio. estava sentado com as costas viradas para a parede a norte e observava a sala. No lado oeste da ponta a sul, o Refeitório abria-se para a antiga cozinha medieval, lateral, que conduz ao claustro de D. Afonso VI. Alguns metros à frente, encontra-se na mesma parede uma abertura de dois metros de altura e 32 cm de largura, sala, não existindo nenhuma explicação científica para ela. De acordo com uma lenda, esta abertura destinava-se ao controle do peso dos monges. Uma vez por tinham de passar por esta porta, o que só era possível fazendo-o de lado. Se, devido ao excesso de peso, os monges não conseguissem passar pela abertura, eram
a fazer dieta. Os danos causados pela transformação em 1840 do Refeitório num teatro (com 301 lugares, dos quais 120 nas galerias e 5 camarotes) foram remediados
sua restauração.
Lavabo
da entrada do refeitório encontra-se o lavabo, que, traduzido à letra, significa a Sala da Lavagem. No meio de um pavilhão de cinco cantos existe um poço com no qual os monges se podiam lavar antes das refeições. Esta disposição é típica de mosteiros cistercienses. O lavabo é igualmente alimentado pela água da própria
de água potável. O tecto do pavilhão possui um terraço, ao qual se acede por meio de uma escada a partir do claustro superior. Nesse terraço encontra-se um antigo
sol.
Claustro do Poente
claustro englobava, durante a época medieval, as salas dos irmãos leigos que aí tinham o seu refeitório. Além disso, existiam nesse local as despensas do Mosteiro. tinham acesso à igreja por um caminho próprio, que se encontra hoje em dia na porta da entrada da Sala dos Reis. Durante as missas, estava-lhes destinada a parte A partir do século XVI, a área dos irmãos leigos foi totalmente transformada. O cardeal D. Henrique (abade de Alcobaça de 1540 a 1580), mandou construir, nesse da abadia com a ordem de que, após a sua morte, essas salas fossem utilizadas para o alojamento de convidados. Após a sua morte, existem provas da existência também no piso superior), da Sala das Conclusões e da Sala dos Reis. Na Sala das Conclusões encontravam-se as estátuas dos reis portugueses que, entre os 1769 foram mudadas para a actual Sala dos Reis que, anteriormente, tinha servido de capela. Mais tarde, a Sala das Conclusões servia como arquivo e, na época pela repartição das finanças. As 19 estátuas dos reis, que ainda se conservam, encontram-se na Sala dos Reis em cima de pedestais. Nos azulejos azuis, datados terceto do século XVIII, que revestem as paredes da Sala dos Reis, representou-se a história da fundação do Mosteiro de Alcobaça. Nesse local, encontra-se o grupo de D. Afonso Henriques, de São Bernardo de Claraval e do Papa Inocêncio II durante a coroação imaginária do rei português no ano de 1139.
Outros claustros
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do Rachadoiro e da Levada, lado norte
do Rachadoiro, lado oriental
da Levada
Claustro da Levada
século XVI, surgiu uma grande actividade de construção derivada das novas funções da Congregação Autónoma Cisterciense de Portugal. Estas construções implicavam
renovação e a remodelação das partes do Mosteiro ainda existentes como também a remodelação da fachada oeste do Mosteiro. Do lado leste do edifício a norte construído o Claustro da Levada, igualmente conhecido por Claustro dos Noviços ou Claustro do Cardeal – este último nome remonta, provavelmente, ao seu iniciador, Henrique. A Levada passa pelo pátio do Claustro. A Levada é um braço artificial do rio Alcoa que foi desviado e que passava pelo lado sul da sacristia, entrando
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servindo para o funcionamento das rodas dos moinhos e de equipamentos semelhantes. Tanto o Claustro como os edificios que se lhe ligavam a norte, a sul e Claustro faz fronteira com os edifícios medievais) foram concluídos em 1636. Estes edifícios alojavam as salas do abade-mor e as dos noviços, encontrando-se no oficinas e os fornos para as esculturas de barro. Ao contário do sucedido nos edifícios medievais, estavam previstas celas para o alojamento dos monges.
Claustro do Rachadoiro
XVII, houve uma grande necessidade de construir o Claustro do Rachadoiro, ou Claustro da Biblioteca, devido à falta de espaço no Mosteiro. A sua construção XVIII, terminando no ano do terramoto, em 1755, com a construção da Biblioteca no lado sul do Claustro. Nos seus edifícios existiam celas e no rés-do-chão ficavam instalações semelhantes. De um modo geral, a Biblioteca é constituída por uma sala com as dimensões de 47,7 m x 12,7 m . O tecto estava decorado com uma Bernardo de Claraval, ornamentada com flores que, no século XIX e XX, foi destruída por danos no telhado. A Biblioteca continha uma das maiores colecções de Portugal
ano do seu saque em 1833 e a posterior transferência do restante para a Biblioteca Nacional.
Arredores
Muro do Mosteiro
com muro; 1700-1750
com a regra de Benedito, um mosteiro deveria albergar água, um moinho e um jardim no seu interior. Deste modo, o Mosteiro de Alcobaça, à semelhança do Claraval, possuía um muro alto à sua volta. No entanto, a fachada ocidental do Mosteiro fazia uma fronteira com a praça do mesmo. É provável que nesse local se
encontrasse durante a época medieval um fosso de protecção ao Mosteiro. O muro decorria a partir da fachada ocidental a norte até ao rio Baça que vinha de oeste, pelo confluência dos rios {{ Baça e Alcoa, como a abadia antiga se encontravam dentro dos muros do Mosteiro. De acordo com uma outra opinião, eles encontrar-se-iam do Mosteiro. Uma parte desse muro foi demolida apenas em 1839. Ainda existem algumas partes do muro do Mosteiro a sul, que partia da ala sul do largo do maior parte do muro desapareceu nas lamas da inundação de 1772 que, também, cobriram os edifícios do Mosteiro, ficando amontoado juntamente com a terra. afasta-se vários metros da fachada a sul do Mosteiro, encontrando-se com o braço artificial do Alcoa, a Levada que originariamente alimentava o Mosteiro com água Também nesse local ainda são reconhecíveis vestígios do muro antigo e das construções da Levada. Não se tem a certeza acerca do decurso das delimitações do leste, onde também corre o rio Alcoa. Na representação ilustrativa de um artista do século XVIII, as construções dos arredores do Mosteiro, naquela altura existentes, contempladas.
Os jardins do Mosteiro a sul
pormenor, século XVI
XVIII, entre o muro do Mosteiro orientado a sul e o próprio Mosteiro encontravam-se jardins imponentes, os Jardins Franceses. Destes jardins ainda existe um elipse e um obelisco, que datam provavelmente das modernizações iniciadas no século XVI, sob a influência do barroco, na parte ocidental. Os visitantes do século
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estes jardins. A Levada fluia através destes jardins. Nas margens da Levada existiam quatro locais com poços, que eram locais de ensino aos noviços. O último conservou-se com o seu poço.
Cemitérios
cemitério dos monges ter-se-á localizado no lado sul do transepto da igreja, motivo pelo qual a porta de acesso ao exterior é apelidada de Porta da Morte. Nesse local também a Capela de Nossa Senhora do Desterro, datada do ano de 1716. Após o encerramento do Mosteiro, os habitantes de Alcobaça foram aqui enterrados durante de anos.
Agricultura
a norte do Mosteiro e dos rios Alcoa e Baça encontravam-se os dispositivos de agricultura do Mosteiro, dos quais ainda existem os restos do edifício na Praça de Henriques. Exemplo disso são as duas portas de passagem em forma de túnel (apelidadas de Portão de Cister e de Portão de Claraval). Era neste edifício que se
encontravam os cavalos e as carruagens do Mosteiro.
O sistema hidráulico do Mosteiro
do século XVI, corrente subterrâneo da água
Velha, o primeiro Mosteiro provisório, foi c onstruída na margem do rio Alcoa. Mais tarde, o Mosteiro passou a ser abastecido pela água que provinha de um braço do Alcoa, a Levada. A partir dos resultados de várias investigações, é possível que o rio Alcoa tenha sido desviado ou rectificado e que algumas partes do seu leito
tenham sido utilizadas para a construção da Levada. No entanto, é surpreendente que os monges tenham desde muito cedo criado um sistema próprio de abastecimento
Deste modo, em Chiqueda, que se encontra no curso superior do rio Alcoa, foi aproveitada uma fonte, cuja água foi encaminhada subterraneamente durante mais vezes, ela corria em direcção ao Mosteiro, numa inclinação de 0,25%, através de túneis transitáveis ou por canais sob céu aberto. Era desta forma que o Lavabo,
à entrada do Refeitório, no qual os monges se podiam lavar, e a cozinha eram abastecidos de água. Dentro do muro do Mosteiro existiam também diversos poços, provinha água limpa, como se pode ver acima, por exemplo, pelo gárgula datado, provavelmente, do século XVI. Presume-se que o abastecimento de água, através subterrânea, servisse, igualmente, para uma necessidade em tempos de crise. Os correspondentes afluentes subterrâneos de fontes mais distantes de canais desviados
túneis transitáveis também existiam no lado sul. Ainda existem partes desses túneis. Provavelmente, eles destinavam-se ao abastecimento do Mosteiro com água de ter sido construída a nova conduta de água de Chiqueda. Instalações subterrâneas como estas também são conhecidas no lado norte do Mosteiro direccionando-13]
Referências
. Cocheril, Alcobaça, Abadia Cisterciense de Portugal. Alcobaça 1981, Depósito Legal 30 258/89, p. 19
. criticamente sobre isso: Nobre de Gusmão, A real Abadia de Alcobaça. Lisboa, 2ª edição, 1992, ISBN 972-24-0835-6, pp. 45-49
. Confirmação da doação á Ordem de Santiago de Castelo do castelo de Arruda, [1]
. IPPAR,http://www.ippar.pt/pls/dippar/ pat_pesq_detalhe?code_pass=72693
. Cocheril, p. 27
. Joaquim Vieira de Natividade, Obras Várias, Alcobaça, vol. II, As Granjas do Mosteiro de Alcobaça, pp.62-64
. Tavares, Mosteiro de Alcobaça, O Claustro Sul no Mosteiro de Alcobaça. Relatório CB 25, Instituto Português do Património Arquitectónico, 1999, IPPA; idem,
Hidráulica, Linhas Gerais de Sistema Hidráulico Cisterciense em Alcobaça. in: Roteiro Cultural da Região de Alcobaça. pp. 39-109, Alcobaça 2001, ISBN 972-98064-81
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/4/4a/Commons-logo.svg/22px-Commons-logo.svg.png
Bandeira de Portugal
. Depois de ter sido aclamado rei, foi libertado pelo Papa dos seus votos a favor da estabilidade da nova dinastia, deixando nove filhos legítimos, entre os quais encontrava o Infante D. Henrique, e três filhos ilegítimos.
. Santuário da Nossa Senhora da Nazaré, Uma Cronologia (de 1750 aos nossos dias), Lisboa 2002, Edições Colibri/Confraria de Nossa Senhora da Nazaré, p. 54
. Um major deste regimento descendia de uma família antiga de renome de Turquel, Francisco Garção, História de Antigo Conselho de Turquel,
www.turquel.com/historia/ancoturq.htm]
. Planta elaborada com o auxílio de dados de: Dom Maur Cocheril: Alcobaça, Abadia Cisterense de Portugal. Alcobaça, 1989, Depósito Legal 30 258/89
. Cocheril pp. 42-45; Nobre de Gusmão pp. 19-31
. Tavares, Mosteiro de Alcobaça, O Claustro Sul no Mosteiro de Alcobaça. Relatório CB 25, Instituto Português do Património Arquitectónico, 1999
Literatura
Dom Maur Cocheril: Alcobaça, Abadia Cisterense de Portugal. Alcobaça 1989 Deposito Legal 30 258/89
Artur Nobre de Gusmão: A real Abadia de Alcobaça. Lisboa 2. Aufl. 1992, ISBN 972-24-0835-6
Maria Zulmira Furtado Marques: Um Século de História de Alcobaça 1810-1910. 2003, ISBN 972-97145-8-4
Manuel Vieira de Natividade: O Mosteiro de Alcobaça. Coimbra 1885
José Pedro Duarte Tavares: Hidráulica, Linhas Gerais de Sistema Hidráulico Cisterciense em Alcobaça. in: Roteiro Cultural da Região de Alcobaça. S. 39-109, Alcobaça
2001, ISBN 972-98064-3-8
José Pedro Duarte Tavares: Mosteiro de Alcobaça, O Claustro Sul no Mosteiro de Alcobaça. Relatório CB 25, Instituto Português do Património Arquitectónico, 1999
Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, Inventário do Património Arquitectónico, Mosteiro de Alcobaça/ Real Abadia da Santa Maria de Alcobaça
Panteão régio
Túmulos de D. Pedro I e de Inês de Castro
Eclesiásticos
Henrique I de Portugal (1512-1580)
Frei António Brandão, Ordem de Cister
João Claro
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Património Mundial em Portugal
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Guimarães • Região Vinhateira do Alto Douro • Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico
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descrição detalhada do Mosteiro
A descrição detalhada é uma tradução do artigo na Wikipedia alemã. Um resultado da Discussão (veja Rui Silva (discussão -Património Mundial Mosteiro de Alcobaça- discussão) é reduzir o tamanho da descrição detalhada, fazer isto preciso da ajuda dos outros usários.--Karstenkascais (discussão) 12h14min de 29 de Setembro UTC)
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Correto.
Permeia a gagueira
na grafia,
Dentre a complexa morfologia,
Em texto e sonetos lusofónicos,
Onde rompo em versos atrevidos.
Dentre a complexa morfologia,
Em texto e sonetos lusofónicos,
Onde rompo em versos atrevidos.
Esperando a
perfeita conjectura,
Que traga ciência e formosura,
Entre desta gente sem formatura,
Um saber travesso na fissura.
Que traga ciência e formosura,
Entre desta gente sem formatura,
Um saber travesso na fissura.
Torturo
minha alma no aprender,
Sinônimos que espelha grandeza no empreender,
Das rimas clássicas que adjetiva um compreender.
Sinônimos que espelha grandeza no empreender,
Das rimas clássicas que adjetiva um compreender.
Vem da trama
humana esta façanha,
De estar junto a tantos que nos acompanha,
Do escrever da saudade linhas tamanhas.
De estar junto a tantos que nos acompanha,
Do escrever da saudade linhas tamanhas.
Kiko Pardini
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