segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
Kiko Pardini: Kiko Pardini: Kiko Pardini: BLOG DA DILMA: BlogsPr...
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Provavelmente, garantir a posse a cerca de dez mil pessoas que viviam ali, muitos há mais de 20 anos.
Protógenes conhecia a questão, desde que prendeu e algemou Naji Nahas, que foi para a cadeia na ilustre companhia de Daniel Dantas, que Protógenes chama de “banqueiro bandido”.
A posse daquela área tem origem num crime hediondo, uma chacina.
Morava ali, num casarão, uma família alemã.
Toda a família foi assassinada.
Nunca se soube quem mandou matar.
Prenderam três menores, mas não os mandantes.
O então governador de São Paulo, Paulo Egydio mandou desapropriar.
Parece esquisito, diz Protógenes, desaprioriar o que, de direito, era seu, pois não havia herdeiros na família alemã.
Aí, apareceu um “comprador” para área.
O Estado de São Paulo vendeu.
E o comprador do que pertencia ao Estado “vendeu” a Naji Nahas.
É uma área que deve valer, por baixo, uns R$ 200 milhões.
Deu-se em seguida uma batalha judicial.
A Justiça Federal não permitiu que a PM de São Paulo devolvesse a “propriedade” a Naji Nahas.
A Justiça de São Paulo entendeu que deveria devolver a Nahas o que Nahas diz que comprou.
Houve um conflito de competência e foi arbitrado, num plantão, pelo presidente do STJ, Ministro Pargendler.
Logo, a União pode recorrer e tomar a terra de volta.
E lhe dar a destinação social que sempre quis dar.
A “posse” de Nahas ficará com um ponto de interragação em cima, apesar do apoio incondicional da (tucana) PM de São Paulo, confirmado pela Justiça de São Paulo.
Isso, se a União conseguiu reverter o resultado da Guerra da Secessão de 1932, que São Paulo, como se sabe, ganhou de forma indiscutível.
Em tempo: Protógenes traça um quadro revoltante do papel do Governo de São Paulo na ocupação. Os oficiais da PM diziam que desocupar era com eles. Para onde iam os moradores, isso era com a Prefeitura de São José dos Campos. E virem-se !
Mil e quinhentas famílias foram jogadas em Auschwitz, num campo de concentração, um parque de exposições, sem banheiro, camas …
Mas, a polícia neo-nazista da São Paulo, aquela que dá tiro em viciado em crack, conseguiu o queria. Prendeu 18 e entregou o terreno, “limpo” ao grande empresário Naji Nahas. (Que, como se sabe, ilustra a galeria dos que processam este ilustre blogueiro: diz-me quem te processa e dir-te-ei quem é.)
Completa Protógenes: isso para culminar a semana em que a Justiça de São Paulo devolveu a Daniel Dantas os bois que o corajoso Fausto de Sanctis confiscou na Satiagraha.
Viva o Brasil !

O Conversa Afiada recorreu ao ínclito delegado e deputado federal Protógenes Queiroz, que estava lá na companhia de Ivan Valente, do PSOL, e Eduardo Suplicy (do PSDB, mas filiado ao PT).
Protógenes informou que a área é de interesse da União, que pretendia, através do Ministério das Cidades, lhe dar destinação social.Provavelmente, garantir a posse a cerca de dez mil pessoas que viviam ali, muitos há mais de 20 anos.
Protógenes conhecia a questão, desde que prendeu e algemou Naji Nahas, que foi para a cadeia na ilustre companhia de Daniel Dantas, que Protógenes chama de “banqueiro bandido”.
A posse daquela área tem origem num crime hediondo, uma chacina.
Morava ali, num casarão, uma família alemã.
Toda a família foi assassinada.
Nunca se soube quem mandou matar.
Prenderam três menores, mas não os mandantes.
O então governador de São Paulo, Paulo Egydio mandou desapropriar.
Parece esquisito, diz Protógenes, desaprioriar o que, de direito, era seu, pois não havia herdeiros na família alemã.
Aí, apareceu um “comprador” para área.
O Estado de São Paulo vendeu.
E o comprador do que pertencia ao Estado “vendeu” a Naji Nahas.
É uma área que deve valer, por baixo, uns R$ 200 milhões.
Deu-se em seguida uma batalha judicial.
A Justiça Federal não permitiu que a PM de São Paulo devolvesse a “propriedade” a Naji Nahas.
A Justiça de São Paulo entendeu que deveria devolver a Nahas o que Nahas diz que comprou.
Houve um conflito de competência e foi arbitrado, num plantão, pelo presidente do STJ, Ministro Pargendler.
Logo, a União pode recorrer e tomar a terra de volta.
E lhe dar a destinação social que sempre quis dar.
A “posse” de Nahas ficará com um ponto de interragação em cima, apesar do apoio incondicional da (tucana) PM de São Paulo, confirmado pela Justiça de São Paulo.
Isso, se a União conseguiu reverter o resultado da Guerra da Secessão de 1932, que São Paulo, como se sabe, ganhou de forma indiscutível.
Em tempo: Protógenes traça um quadro revoltante do papel do Governo de São Paulo na ocupação. Os oficiais da PM diziam que desocupar era com eles. Para onde iam os moradores, isso era com a Prefeitura de São José dos Campos. E virem-se !
Mil e quinhentas famílias foram jogadas em Auschwitz, num campo de concentração, um parque de exposições, sem banheiro, camas …
Mas, a polícia neo-nazista da São Paulo, aquela que dá tiro em viciado em crack, conseguiu o queria. Prendeu 18 e entregou o terreno, “limpo” ao grande empresário Naji Nahas. (Que, como se sabe, ilustra a galeria dos que processam este ilustre blogueiro: diz-me quem te processa e dir-te-ei quem é.)
Completa Protógenes: isso para culminar a semana em que a Justiça de São Paulo devolveu a Daniel Dantas os bois que o corajoso Fausto de Sanctis confiscou na Satiagraha.
Viva o Brasil !
CUT NACIONAL > LISTAR NOTÍCIAS > ACONTECE > CUT REPUDIA O COVARDE MASSACRE CONTRA OS MORADORES DO PINHEIRINHO
CUT repudia o covarde massacre contra os moradores do Pinheirinho
24/01/2012
Em nota oficial, Central condena truculência do governo do Estado e da Prefeitura de São José dos Campos
Escrito por: CUT
A CUT manifesta seu repúdio contra a ação covarde e violenta do governo do Estado de São Paulo e da Prefeitura Municipal de São José dos Campos na reintegração de posse da área conhecida como Pinheirinho, onde há quase uma década é o endereço de 1.600 famílias.
Segundo o presidente da OAB local, Aristeu Cesar Pinto Neto, houve mortes na ação, inclusive de crianças. Além disso, as casas dos moradores, com seus pertences e mobílias, foram destruídas e viagens forçadas para outras cidades estão em curso.
A área é parte da massa falida da empresa Selecta, de "propriedade" de Naji Nahas, megaespeculador que possui uma dívida milionária em impostos, foi preso em 2008 pela Polícia Federal por evasão de divisas e lavagem de dinheiro, e é o grande interessado na ação. O empresário e seus aliados seriam os grandes beneficiados com o despejo das famílias do terreno de cerca de 1,3 milhão de metros quadrados, avaliado em 180 milhões de reais.
Esse triste episódio expressa mais uma vez a tentativa de prevalência a qualquer custo dos interesses das elites e de seus governos e traz à tona a gravidade do problema fundiário existente em nosso país. A falência da Selecta ocorreu em 2004 e há suspeitas de que houve grilagem, já que as terras pertenciam a um casal de alemães que morreram em circunstâncias ainda não esclarecidas sem deixarem herdeiros. Automaticamente, estas terras passariam para as mãos do Estado, mas, não se sabe como, tornaram-se propriedade da Selecta. Teria a Selecta invadido a terra?
De outro lado, famílias que ocuparam com o único fim de moradia, a mesma área, abandonada há quase uma década por interdição judicial devido ao processo de falência e dívidas em impostos (incluindo os trabalhistas e previdenciários), veem negado o direito ao usucapião e à propriedade social da terra. Vale lembrar que o local já possuía ruas asfaltadas, linhas regulares de ônibus, comércio e serviços públicos.
A brutalidade da ação de reintegração tem resultado em milhares de vítimas, fruto do desrespeito aos princípios mínimos de dignidade da pessoa humana, um direito humano fundamental que é ter onde morar e para onde ir.
O massacre em Pinheirinho expressa uma escalada fascista do Governo Alckmin e de seus aliados, que adotam uma política de exclusão e criminalização dos movimentos sociais, como assistimos na ocupação militar da USP e na perseguição aos dependentes de drogas na Cracolândia.
A CUT manifesta total solidariedade aos moradores de Pinheirinho e convoca sua militância a ampliar sua participação nos atos que se realizam por todo o país.
São Paulo, 24 de janeiro de 2012
EXECUTIVA NACIONAL DA CUT
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A resposta de Brasilia à questão Pinheirinho

A resposta de Brasilia à questão Pinheirinho
Nos próximos dias haverá uma resposta do Planalto à ação de São Paulo no caso Pinheirinho. Não haverá bate-boca, ameaça de crise institucional nem manifestação da presidência. Mas um conjunto de ações que deixe claro que os tempos são outros e problema social não é mais questão de polícia.
lz, ed...
Quanto ao que efetivamente aconteceu naquele domingo negro, é sublinhada no texto a existência de semelhanças evidentes com o que ocorria na Alemanha nazista. Concordo plenamente. Vale a pena todos lerem atentamente e refletirem sobre se estes HORRORES ainda podem ser admitidos um quarto de século depois de o Brasil ter despertado do pesadelo totalitário:
"Diante da tragédia social e humana que se avizinhava, com a iminente retirada à força de 1.659 famílias de suas moradias, parlamentares e representantes dos moradores tentaram uma negociação com os interessados e autoridades judiciais.
No dia 18 de janeiro de 2012, quinta-feira, reuniram-se no gabinete do juiz da Falência, dr. Luiz Beethoven Giffoni Ferreira, o senador da República Eduardo Matarazzo Suplicy, os deputados estaduais Carlos Giannazi e Adriano Diogo, o deputado federal Ivan Valente, o síndico da massa falida Jorge T. Uwada, o advogado da massa falida Julio Shimabukuro e o advogado da empresa falida Selecta, Waldir Helu.
Conseguiu-se então um acordo de suspensão da ordem judicial de reintegração de posse pelo prazo de 15 dias. O juiz da Falência declarou na petição em que formalizado o acordo, por despacho de punho próprio, que havia telefonado para a juíza Márcia Loureiro, responsável pela ordem de reintegração de posse, comunicando o resultado da negociação.
No entanto, de surpresa, sem qualquer notificação, em flagrante, literal e traiçoeira violação do acordo de suspensão da ordem judicial, três dias depois ocorreu a violenta desocupação e remoção das 1.659 famílias.
Na madrugada de domingo, dia 22 de janeiro de 2012, às 5h30 da manhã, o bairro Pinheirinho foi cercado pela polícia estadual e pela guarda municipal de São José dos Campos. Mais de 2 mil policiais entraram na área, lançando bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha contra uma população que dormia, indefesa. Todos os moradores, incluindo mulheres, recém-nascidos, crianças, idosos e enfermos foram arrancados de suas casas.
Máquinas derrubaram as edificações, destruindo bens pessoais, móveis e utensílios dos moradores. Praticamente não foi concedida oportunidade para a retirada de bens pessoais, documentos e papéis.
Também foram demolidos todos os espaços de uso coletivo e todos os templos religiosos (um católico e seis protestantes).
Aquelas 6 mil pessoas foram tratadas como animais, arrancadas de suas moradias e lançadas em abrigos coletivos improvisados.
Durante a desocupação, dentro dos abrigos, os moradores ainda recebiam pancadas, eram vítimas de policiais armados, de balas de borracha e bombas de gás. Ambulâncias saiam do local carregando feridos, inclusive crianças vítimas dos gases e bombas de efeito moral.
As balas e bombas eram lançadas em todos os bairros contíguos ao terreno, atingindo pessoas e residências.
Mesmo após a desocupação, durante a noite, a Polícia Militar ainda atirava bombas de gás dentro do pátio da Igreja, onde se resguardavam moradores que não quiseram ficar nos abrigos.
Os advogados não puderam acompanhar os atos da desocupação, inobstante sua natureza judicial. Alguns levaram tiros com balas de borracha, como o advogado Antônio Donizete Ferreira, atingido nas costas, joelho e virilha por balas de borracha. Membros da Defensoria Pública, órgão estatal responsável pela assistência jurídica aos necessitados, foram impedidos militarmente de acompanhar o cumprimento da ordem.
A imprensa também não pôde acompanhar o procedimento policial.
A remoção violenta das 6 mil pessoas aqui descrita, além de violadora de diversos dispositivos da Convenção e da Declaração Americanas, (...) também caracteriza crime contra a Humanidade, nos termos do art. 7º , letra “k”, do Estatuto de Roma: ato desumano que provocou intencionalmente grande sofrimento, ferimentos graves e afetou a saúde mental e física de coletividade. Frontal violação do princípio da dignidade humana, com insuperável dano à integridade física e psíquica das vítimas e efeitos traumáticos em crianças, que perdurarão em suas existências.
Pode-se comparar a operação policial, em sua brutalidade e selvageria, a um 'pogrom', ou à Noite dos Cristais na Alemanha nazista, que destruiu milhares de propriedades, casas e templos da comunidade judaica em 1938. Na comunidade do Pinheirinho, no Brasil de 2012, no entanto, o motivo não foi o ódio étnico. Foi o alegado direito de propriedade, reputado absoluto pelo Judiciário e imposto ao custo de indizível sofrimento de toda uma população".
CONFIRMADO: PM MATOU IDOSO NA DESOCUPAÇÃO DO PINHEIRINHO!!!
É chocante e assustadora a
denúncia dos crimes cometidos na desocupação do Pinheirinho (SP), que o
procurador Márcio Sotelo Felippe e os respeitadíssimos Celso Antonio
Bandeira de Mello, Dalmo de Abreu Dallari e Fabio Konder Comparato, além
de outros juristas, magistrados, políticos e voluntários, encaminharam à
Comissão de Direitos Humanos da OEA (acesse íntegra aqui).
Além de
sistematizar as informações que já circulavam sobre os atos de
truculência e barbárie que lá tiveram lugar, compondo um quadro
simplesmente dantesco, a denúncia confirma que houve mesmo uma vítima
fatal, conforme foi denunciado no momento dos acontecimentos e depois
desmentido: o morador Ivo Teles da Silva.
As "evidências de que a morte ocorreu em decorrência das agressões físicas praticadas por policiais militares durante a desocupação da comunidade" estão assim documentadas:
"O sr. Ivo Teles da Silva contava com 69 anos e residia no Pinheirinho há 7 anos, com uma companheira.
No dia da desocupação Ivo Teles da Silva foi espancado pela polícia
militar, sofrendo lesões em várias partes do corpo. Foi socorrido no
Posto de Saúde do bairro e encaminhado ao pronto socorro do hospital
municipal.
Ficou desaparecido por mais de uma semana, apesar das insistentes tentativas de localização, por advogados, entidades de direitos humanos e amigos. A única resposta do serviço médico era que somente a Prefeitura poderia dar informações. E a prefeitura, por sua vez, negava haver efetuado qualquer atendimento à vítima.
Ele só seria encontrado cerca de dez dias depois no Hospital Municipal, outra unidade de saúde, já em estado de coma, e após ser submetido a procedimentos cirúrgicos.
O boletim de atendimento de urgência, embora solicitado pela Defensoria Pública e pelo CONDEPE, jamais foi apresentado.
O serviço público de saúde deu alta médica ao sr. Ivo Teles da Silva, tendo sido encaminhado para a residência de sua filha, em Ilhéus-BA, de cadeira de rodas, pois ainda não andava ou falava. Ele viria a falecer dias depois, em 10.04.2012.
Embora não haja documentos oficias que atestem o nexo de causalidade entre as agressões praticadas pela polícia e a morte, há inúmeras evidências de que o seu falecimento se deu em decorrência dos fatos. As circunstâncias da morte ainda não foram esclarecidas, seguindo a sistemática sonegação de informação pela Prefeitura e demais órgãos da administração pública".
Trocando em miúdos, o que temos aqui é a descrição de um bestial assassinato e do seu covarde acobertamento. Como a preocupação das autoridades foi unicamente a de negar e maquilar os crimes, descumprindo seu dever de os investigar, não é possível estabelecer com absoluta precisão a responsabilidade de cada criminoso.
A denúncia coloca em primeiro lugar na lista dos "responsáveis pelas violações" o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, tendo como cúmplices o prefeito de São José dos Campos, Eduardo Pedrosa Cury; o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Ivan Ricardo Garisio Sartori; a juíza da 6ª Vara Cível da Comarca de São José dos Campos, Márcia Faria Mathey Loureiro; e o comandante da operação policial, coronel PM Manoel Messias, dentre outros.
As "evidências de que a morte ocorreu em decorrência das agressões físicas praticadas por policiais militares durante a desocupação da comunidade" estão assim documentadas:
Ficou desaparecido por mais de uma semana, apesar das insistentes tentativas de localização, por advogados, entidades de direitos humanos e amigos. A única resposta do serviço médico era que somente a Prefeitura poderia dar informações. E a prefeitura, por sua vez, negava haver efetuado qualquer atendimento à vítima.
Ele só seria encontrado cerca de dez dias depois no Hospital Municipal, outra unidade de saúde, já em estado de coma, e após ser submetido a procedimentos cirúrgicos.
O boletim de atendimento de urgência, embora solicitado pela Defensoria Pública e pelo CONDEPE, jamais foi apresentado.
O serviço público de saúde deu alta médica ao sr. Ivo Teles da Silva, tendo sido encaminhado para a residência de sua filha, em Ilhéus-BA, de cadeira de rodas, pois ainda não andava ou falava. Ele viria a falecer dias depois, em 10.04.2012.
Embora não haja documentos oficias que atestem o nexo de causalidade entre as agressões praticadas pela polícia e a morte, há inúmeras evidências de que o seu falecimento se deu em decorrência dos fatos. As circunstâncias da morte ainda não foram esclarecidas, seguindo a sistemática sonegação de informação pela Prefeitura e demais órgãos da administração pública".
Trocando em miúdos, o que temos aqui é a descrição de um bestial assassinato e do seu covarde acobertamento. Como a preocupação das autoridades foi unicamente a de negar e maquilar os crimes, descumprindo seu dever de os investigar, não é possível estabelecer com absoluta precisão a responsabilidade de cada criminoso.
A denúncia coloca em primeiro lugar na lista dos "responsáveis pelas violações" o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, tendo como cúmplices o prefeito de São José dos Campos, Eduardo Pedrosa Cury; o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Ivan Ricardo Garisio Sartori; a juíza da 6ª Vara Cível da Comarca de São José dos Campos, Márcia Faria Mathey Loureiro; e o comandante da operação policial, coronel PM Manoel Messias, dentre outros.
"FLAGRANTE, LITERAL E TRAIÇOEIRA VIOLAÇÃO
DO ACORDO DE SUSPENSÃO DA ORDEM JUDICIAL"
Quanto ao que efetivamente aconteceu naquele domingo negro, é sublinhada no texto a existência de semelhanças evidentes com o que ocorria na Alemanha nazista. Concordo plenamente. Vale a pena todos lerem atentamente e refletirem sobre se estes HORRORES ainda podem ser admitidos um quarto de século depois de o Brasil ter despertado do pesadelo totalitário:
"Diante da tragédia social e humana que se avizinhava, com a iminente retirada à força de 1.659 famílias de suas moradias, parlamentares e representantes dos moradores tentaram uma negociação com os interessados e autoridades judiciais.
No dia 18 de janeiro de 2012, quinta-feira, reuniram-se no gabinete do juiz da Falência, dr. Luiz Beethoven Giffoni Ferreira, o senador da República Eduardo Matarazzo Suplicy, os deputados estaduais Carlos Giannazi e Adriano Diogo, o deputado federal Ivan Valente, o síndico da massa falida Jorge T. Uwada, o advogado da massa falida Julio Shimabukuro e o advogado da empresa falida Selecta, Waldir Helu.
Conseguiu-se então um acordo de suspensão da ordem judicial de reintegração de posse pelo prazo de 15 dias. O juiz da Falência declarou na petição em que formalizado o acordo, por despacho de punho próprio, que havia telefonado para a juíza Márcia Loureiro, responsável pela ordem de reintegração de posse, comunicando o resultado da negociação.
No entanto, de surpresa, sem qualquer notificação, em flagrante, literal e traiçoeira violação do acordo de suspensão da ordem judicial, três dias depois ocorreu a violenta desocupação e remoção das 1.659 famílias.
Na madrugada de domingo, dia 22 de janeiro de 2012, às 5h30 da manhã, o bairro Pinheirinho foi cercado pela polícia estadual e pela guarda municipal de São José dos Campos. Mais de 2 mil policiais entraram na área, lançando bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha contra uma população que dormia, indefesa. Todos os moradores, incluindo mulheres, recém-nascidos, crianças, idosos e enfermos foram arrancados de suas casas.
Máquinas derrubaram as edificações, destruindo bens pessoais, móveis e utensílios dos moradores. Praticamente não foi concedida oportunidade para a retirada de bens pessoais, documentos e papéis.
Também foram demolidos todos os espaços de uso coletivo e todos os templos religiosos (um católico e seis protestantes).
Aquelas 6 mil pessoas foram tratadas como animais, arrancadas de suas moradias e lançadas em abrigos coletivos improvisados.
Durante a desocupação, dentro dos abrigos, os moradores ainda recebiam pancadas, eram vítimas de policiais armados, de balas de borracha e bombas de gás. Ambulâncias saiam do local carregando feridos, inclusive crianças vítimas dos gases e bombas de efeito moral.
As balas e bombas eram lançadas em todos os bairros contíguos ao terreno, atingindo pessoas e residências.
Mesmo após a desocupação, durante a noite, a Polícia Militar ainda atirava bombas de gás dentro do pátio da Igreja, onde se resguardavam moradores que não quiseram ficar nos abrigos.
Os advogados não puderam acompanhar os atos da desocupação, inobstante sua natureza judicial. Alguns levaram tiros com balas de borracha, como o advogado Antônio Donizete Ferreira, atingido nas costas, joelho e virilha por balas de borracha. Membros da Defensoria Pública, órgão estatal responsável pela assistência jurídica aos necessitados, foram impedidos militarmente de acompanhar o cumprimento da ordem.
A imprensa também não pôde acompanhar o procedimento policial.
A remoção violenta das 6 mil pessoas aqui descrita, além de violadora de diversos dispositivos da Convenção e da Declaração Americanas, (...) também caracteriza crime contra a Humanidade, nos termos do art. 7º , letra “k”, do Estatuto de Roma: ato desumano que provocou intencionalmente grande sofrimento, ferimentos graves e afetou a saúde mental e física de coletividade. Frontal violação do princípio da dignidade humana, com insuperável dano à integridade física e psíquica das vítimas e efeitos traumáticos em crianças, que perdurarão em suas existências.
Pode-se comparar a operação policial, em sua brutalidade e selvageria, a um 'pogrom', ou à Noite dos Cristais na Alemanha nazista, que destruiu milhares de propriedades, casas e templos da comunidade judaica em 1938. Na comunidade do Pinheirinho, no Brasil de 2012, no entanto, o motivo não foi o ódio étnico. Foi o alegado direito de propriedade, reputado absoluto pelo Judiciário e imposto ao custo de indizível sofrimento de toda uma população".
Na frente de todos brasileiros.
Gente apareceu o interesse do Covernador de SP, vergolha , vergolha , ele merece cadeia.
Origem da posse do Estado SP, e de como foi parar nas maos de Naji Nahas. Mto mistério, que merece a investigaçao do MPF. Como uma família de alemães, donos do terreno, morreram em 1969 e sem deixar herdeiros, o q passou entao a ser do Estado de Sao Paulo, e daí como se tornou do mega investidor??? Tem mta história por tras de tudo isso...
Origem da posse do Estado SP, e de como foi parar nas maos de Naji Nahas. Mto mistério, que merece a investigaçao do MPF. Como uma família de alemães, donos do terreno, morreram em 1969 e sem deixar herdeiros, o q passou entao a ser do Estado de Sao Paulo, e daí como se tornou do mega investidor??? Tem mta história por tras de tudo isso...
domingo, 22 de janeiro de 2012
Kiko Pardini: BLOG DA DILMA: BlogsProg for Export
Kiko Pardini: BLOG DA DILMA: BlogsProg for Export: BLOG DA DILMA: BlogsProg for Export : GUERRILHEIROS VIRTU@IS apresentam Andrea Shilz, editora do Blog da Dilma na Alemanha,e também do http:
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Quanto ao que efetivamente aconteceu naquele domingo negro, é sublinhada no texto a existência de semelhanças evidentes com o que ocorria na Alemanha nazista. Concordo plenamente. Vale a pena todos lerem atentamente e refletirem sobre se estes HORRORES ainda podem ser admitidos um quarto de século depois de o Brasil ter despertado do pesadelo totalitário:
"Diante da tragédia social e humana que se avizinhava, com a iminente retirada à força de 1.659 famílias de suas moradias, parlamentares e representantes dos moradores tentaram uma negociação com os interessados e autoridades judiciais.
No dia 18 de janeiro de 2012, quinta-feira, reuniram-se no gabinete do juiz da Falência, dr. Luiz Beethoven Giffoni Ferreira, o senador da República Eduardo Matarazzo Suplicy, os deputados estaduais Carlos Giannazi e Adriano Diogo, o deputado federal Ivan Valente, o síndico da massa falida Jorge T. Uwada, o advogado da massa falida Julio Shimabukuro e o advogado da empresa falida Selecta, Waldir Helu.
Conseguiu-se então um acordo de suspensão da ordem judicial de reintegração de posse pelo prazo de 15 dias. O juiz da Falência declarou na petição em que formalizado o acordo, por despacho de punho próprio, que havia telefonado para a juíza Márcia Loureiro, responsável pela ordem de reintegração de posse, comunicando o resultado da negociação.
No entanto, de surpresa, sem qualquer notificação, em flagrante, literal e traiçoeira violação do acordo de suspensão da ordem judicial, três dias depois ocorreu a violenta desocupação e remoção das 1.659 famílias.
Na madrugada de domingo, dia 22 de janeiro de 2012, às 5h30 da manhã, o bairro Pinheirinho foi cercado pela polícia estadual e pela guarda municipal de São José dos Campos. Mais de 2 mil policiais entraram na área, lançando bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha contra uma população que dormia, indefesa. Todos os moradores, incluindo mulheres, recém-nascidos, crianças, idosos e enfermos foram arrancados de suas casas.
Máquinas derrubaram as edificações, destruindo bens pessoais, móveis e utensílios dos moradores. Praticamente não foi concedida oportunidade para a retirada de bens pessoais, documentos e papéis.
Também foram demolidos todos os espaços de uso coletivo e todos os templos religiosos (um católico e seis protestantes).
Aquelas 6 mil pessoas foram tratadas como animais, arrancadas de suas moradias e lançadas em abrigos coletivos improvisados.
Durante a desocupação, dentro dos abrigos, os moradores ainda recebiam pancadas, eram vítimas de policiais armados, de balas de borracha e bombas de gás. Ambulâncias saiam do local carregando feridos, inclusive crianças vítimas dos gases e bombas de efeito moral.
As balas e bombas eram lançadas em todos os bairros contíguos ao terreno, atingindo pessoas e residências.
Mesmo após a desocupação, durante a noite, a Polícia Militar ainda atirava bombas de gás dentro do pátio da Igreja, onde se resguardavam moradores que não quiseram ficar nos abrigos.
Os advogados não puderam acompanhar os atos da desocupação, inobstante sua natureza judicial. Alguns levaram tiros com balas de borracha, como o advogado Antônio Donizete Ferreira, atingido nas costas, joelho e virilha por balas de borracha. Membros da Defensoria Pública, órgão estatal responsável pela assistência jurídica aos necessitados, foram impedidos militarmente de acompanhar o cumprimento da ordem.
A imprensa também não pôde acompanhar o procedimento policial.
A remoção violenta das 6 mil pessoas aqui descrita, além de violadora de diversos dispositivos da Convenção e da Declaração Americanas, (...) também caracteriza crime contra a Humanidade, nos termos do art. 7º , letra “k”, do Estatuto de Roma: ato desumano que provocou intencionalmente grande sofrimento, ferimentos graves e afetou a saúde mental e física de coletividade. Frontal violação do princípio da dignidade humana, com insuperável dano à integridade física e psíquica das vítimas e efeitos traumáticos em crianças, que perdurarão em suas existências.
Pode-se comparar a operação policial, em sua brutalidade e selvageria, a um 'pogrom', ou à Noite dos Cristais na Alemanha nazista, que destruiu milhares de propriedades, casas e templos da comunidade judaica em 1938. Na comunidade do Pinheirinho, no Brasil de 2012, no entanto, o motivo não foi o ódio étnico. Foi o alegado direito de propriedade, reputado absoluto pelo Judiciário e imposto ao custo de indizível sofrimento de toda uma população".
CONFIRMADO: PM MATOU IDOSO NA DESOCUPAÇÃO DO PINHEIRINHO!!!
É chocante e assustadora a
denúncia dos crimes cometidos na desocupação do Pinheirinho (SP), que o
procurador Márcio Sotelo Felippe e os respeitadíssimos Celso Antonio
Bandeira de Mello, Dalmo de Abreu Dallari e Fabio Konder Comparato, além
de outros juristas, magistrados, políticos e voluntários, encaminharam à
Comissão de Direitos Humanos da OEA (acesse íntegra aqui).
Além de
sistematizar as informações que já circulavam sobre os atos de
truculência e barbárie que lá tiveram lugar, compondo um quadro
simplesmente dantesco, a denúncia confirma que houve mesmo uma vítima
fatal, conforme foi denunciado no momento dos acontecimentos e depois
desmentido: o morador Ivo Teles da Silva.
As "evidências de que a morte ocorreu em decorrência das agressões físicas praticadas por policiais militares durante a desocupação da comunidade" estão assim documentadas:
"O sr. Ivo Teles da Silva contava com 69 anos e residia no Pinheirinho há 7 anos, com uma companheira.
No dia da desocupação Ivo Teles da Silva foi espancado pela polícia
militar, sofrendo lesões em várias partes do corpo. Foi socorrido no
Posto de Saúde do bairro e encaminhado ao pronto socorro do hospital
municipal.
Ficou desaparecido por mais de uma semana, apesar das insistentes tentativas de localização, por advogados, entidades de direitos humanos e amigos. A única resposta do serviço médico era que somente a Prefeitura poderia dar informações. E a prefeitura, por sua vez, negava haver efetuado qualquer atendimento à vítima.
Ele só seria encontrado cerca de dez dias depois no Hospital Municipal, outra unidade de saúde, já em estado de coma, e após ser submetido a procedimentos cirúrgicos.
O boletim de atendimento de urgência, embora solicitado pela Defensoria Pública e pelo CONDEPE, jamais foi apresentado.
O serviço público de saúde deu alta médica ao sr. Ivo Teles da Silva, tendo sido encaminhado para a residência de sua filha, em Ilhéus-BA, de cadeira de rodas, pois ainda não andava ou falava. Ele viria a falecer dias depois, em 10.04.2012.
Embora não haja documentos oficias que atestem o nexo de causalidade entre as agressões praticadas pela polícia e a morte, há inúmeras evidências de que o seu falecimento se deu em decorrência dos fatos. As circunstâncias da morte ainda não foram esclarecidas, seguindo a sistemática sonegação de informação pela Prefeitura e demais órgãos da administração pública".
Trocando em miúdos, o que temos aqui é a descrição de um bestial assassinato e do seu covarde acobertamento. Como a preocupação das autoridades foi unicamente a de negar e maquilar os crimes, descumprindo seu dever de os investigar, não é possível estabelecer com absoluta precisão a responsabilidade de cada criminoso.
A denúncia coloca em primeiro lugar na lista dos "responsáveis pelas violações" o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, tendo como cúmplices o prefeito de São José dos Campos, Eduardo Pedrosa Cury; o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Ivan Ricardo Garisio Sartori; a juíza da 6ª Vara Cível da Comarca de São José dos Campos, Márcia Faria Mathey Loureiro; e o comandante da operação policial, coronel PM Manoel Messias, dentre outros.
As "evidências de que a morte ocorreu em decorrência das agressões físicas praticadas por policiais militares durante a desocupação da comunidade" estão assim documentadas:
Ficou desaparecido por mais de uma semana, apesar das insistentes tentativas de localização, por advogados, entidades de direitos humanos e amigos. A única resposta do serviço médico era que somente a Prefeitura poderia dar informações. E a prefeitura, por sua vez, negava haver efetuado qualquer atendimento à vítima.
Ele só seria encontrado cerca de dez dias depois no Hospital Municipal, outra unidade de saúde, já em estado de coma, e após ser submetido a procedimentos cirúrgicos.
O boletim de atendimento de urgência, embora solicitado pela Defensoria Pública e pelo CONDEPE, jamais foi apresentado.
O serviço público de saúde deu alta médica ao sr. Ivo Teles da Silva, tendo sido encaminhado para a residência de sua filha, em Ilhéus-BA, de cadeira de rodas, pois ainda não andava ou falava. Ele viria a falecer dias depois, em 10.04.2012.
Embora não haja documentos oficias que atestem o nexo de causalidade entre as agressões praticadas pela polícia e a morte, há inúmeras evidências de que o seu falecimento se deu em decorrência dos fatos. As circunstâncias da morte ainda não foram esclarecidas, seguindo a sistemática sonegação de informação pela Prefeitura e demais órgãos da administração pública".
Trocando em miúdos, o que temos aqui é a descrição de um bestial assassinato e do seu covarde acobertamento. Como a preocupação das autoridades foi unicamente a de negar e maquilar os crimes, descumprindo seu dever de os investigar, não é possível estabelecer com absoluta precisão a responsabilidade de cada criminoso.
A denúncia coloca em primeiro lugar na lista dos "responsáveis pelas violações" o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, tendo como cúmplices o prefeito de São José dos Campos, Eduardo Pedrosa Cury; o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Ivan Ricardo Garisio Sartori; a juíza da 6ª Vara Cível da Comarca de São José dos Campos, Márcia Faria Mathey Loureiro; e o comandante da operação policial, coronel PM Manoel Messias, dentre outros.
"FLAGRANTE, LITERAL E TRAIÇOEIRA VIOLAÇÃO
DO ACORDO DE SUSPENSÃO DA ORDEM JUDICIAL"
Quanto ao que efetivamente aconteceu naquele domingo negro, é sublinhada no texto a existência de semelhanças evidentes com o que ocorria na Alemanha nazista. Concordo plenamente. Vale a pena todos lerem atentamente e refletirem sobre se estes HORRORES ainda podem ser admitidos um quarto de século depois de o Brasil ter despertado do pesadelo totalitário:
"Diante da tragédia social e humana que se avizinhava, com a iminente retirada à força de 1.659 famílias de suas moradias, parlamentares e representantes dos moradores tentaram uma negociação com os interessados e autoridades judiciais.
No dia 18 de janeiro de 2012, quinta-feira, reuniram-se no gabinete do juiz da Falência, dr. Luiz Beethoven Giffoni Ferreira, o senador da República Eduardo Matarazzo Suplicy, os deputados estaduais Carlos Giannazi e Adriano Diogo, o deputado federal Ivan Valente, o síndico da massa falida Jorge T. Uwada, o advogado da massa falida Julio Shimabukuro e o advogado da empresa falida Selecta, Waldir Helu.
Conseguiu-se então um acordo de suspensão da ordem judicial de reintegração de posse pelo prazo de 15 dias. O juiz da Falência declarou na petição em que formalizado o acordo, por despacho de punho próprio, que havia telefonado para a juíza Márcia Loureiro, responsável pela ordem de reintegração de posse, comunicando o resultado da negociação.
No entanto, de surpresa, sem qualquer notificação, em flagrante, literal e traiçoeira violação do acordo de suspensão da ordem judicial, três dias depois ocorreu a violenta desocupação e remoção das 1.659 famílias.
Na madrugada de domingo, dia 22 de janeiro de 2012, às 5h30 da manhã, o bairro Pinheirinho foi cercado pela polícia estadual e pela guarda municipal de São José dos Campos. Mais de 2 mil policiais entraram na área, lançando bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha contra uma população que dormia, indefesa. Todos os moradores, incluindo mulheres, recém-nascidos, crianças, idosos e enfermos foram arrancados de suas casas.
Máquinas derrubaram as edificações, destruindo bens pessoais, móveis e utensílios dos moradores. Praticamente não foi concedida oportunidade para a retirada de bens pessoais, documentos e papéis.
Também foram demolidos todos os espaços de uso coletivo e todos os templos religiosos (um católico e seis protestantes).
Aquelas 6 mil pessoas foram tratadas como animais, arrancadas de suas moradias e lançadas em abrigos coletivos improvisados.
Durante a desocupação, dentro dos abrigos, os moradores ainda recebiam pancadas, eram vítimas de policiais armados, de balas de borracha e bombas de gás. Ambulâncias saiam do local carregando feridos, inclusive crianças vítimas dos gases e bombas de efeito moral.
As balas e bombas eram lançadas em todos os bairros contíguos ao terreno, atingindo pessoas e residências.
Mesmo após a desocupação, durante a noite, a Polícia Militar ainda atirava bombas de gás dentro do pátio da Igreja, onde se resguardavam moradores que não quiseram ficar nos abrigos.
Os advogados não puderam acompanhar os atos da desocupação, inobstante sua natureza judicial. Alguns levaram tiros com balas de borracha, como o advogado Antônio Donizete Ferreira, atingido nas costas, joelho e virilha por balas de borracha. Membros da Defensoria Pública, órgão estatal responsável pela assistência jurídica aos necessitados, foram impedidos militarmente de acompanhar o cumprimento da ordem.
A imprensa também não pôde acompanhar o procedimento policial.
A remoção violenta das 6 mil pessoas aqui descrita, além de violadora de diversos dispositivos da Convenção e da Declaração Americanas, (...) também caracteriza crime contra a Humanidade, nos termos do art. 7º , letra “k”, do Estatuto de Roma: ato desumano que provocou intencionalmente grande sofrimento, ferimentos graves e afetou a saúde mental e física de coletividade. Frontal violação do princípio da dignidade humana, com insuperável dano à integridade física e psíquica das vítimas e efeitos traumáticos em crianças, que perdurarão em suas existências.
Pode-se comparar a operação policial, em sua brutalidade e selvageria, a um 'pogrom', ou à Noite dos Cristais na Alemanha nazista, que destruiu milhares de propriedades, casas e templos da comunidade judaica em 1938. Na comunidade do Pinheirinho, no Brasil de 2012, no entanto, o motivo não foi o ódio étnico. Foi o alegado direito de propriedade, reputado absoluto pelo Judiciário e imposto ao custo de indizível sofrimento de toda uma população".
33 comentários:
- Andrea Wiegmann compartilhou um linkResponderExcluir
Para Maria do Rosário, excessos policiais no Pinheirinho devem ser punidos — Rede Brasil Atual
http://www.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2Fwww.redebrasilatual.com.br%2F&h=xAQElt4l9AQGRUPvvFsrPgabv96ebf4tdoIYsiVOuWPZO9w
Operação de reintegração de posse deve terminar nesta quarta-feira, segundo a Polícia Militar.. - Imagem: PelaMoradia.com - Protesto de grupo Pela Moradia em frente ao STF - Supremo Tribunal Federal (23.01.12) - Ato em Brasília pede intervenção federalResponderExcluir
Da Agência Brasil
Brasília - A Associação Democrática por Moradia e Direitos Sociais de São José dos Campos (SP) entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a suspensão da desocupação de Pinheirinho, em São José dos Campos (SP). A posse da área é reclamada pela massa falida da empresa Selecta, e vinha sendo ocupada, desde 2004, por cerca de 1,3 mil famílias sem teto.
A desocupação da área teve início no último fim de semana, e segundo a associação, o comandante da Polícia Militar que estava à frente da operação ignorou uma ordem da Justiça Federal para que não desocupar a área. A associação também alega que o comandante da Guarda Municipal não recebeu a ordem para suspender as atividades das mãos do oficial de Justiça que foi entregar o mandado.
A reintegração de posse da área resultou em uma disputa judicial de liminares que passou por varas de primeira instância, pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, e finalmente, pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que anulou todo o processo por entender que ele tinha irregularidades. Segundo a associação, a decisão do STJ foi comunicada à 6ª Vara Cível de São José dos Campos (SP), mas a juíza titular desconsiderou a informação.
A associação também informou que a União passou a manifestar interesse pela solução do problema e chegou a firmar um termo de compromisso com o governo paulista e com o município de São José para regularizar a gleba de terras. Foi assim que o caso foi parar na Justiça Federal, com decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) suspendendo a desocupação. Mesmo assim, no último domingo, a Polícia Militar de São Paulo (PM-SP) e a Guarda Municipal de São José dos Campos iniciaram a desocupação da área.
A associação pede que o STF reconheça que a competência de julgar o caso é da Justiça federal, e não da estadual. Alega perigo na demora de uma decisão, observando que não é possível aguardar o fim do recesso do Judiciário para que o STJ julgue recurso definitivo sobre o assunto. - Patrícia DemasResponderExcluir
REPITO: Marrom, Líder político dos moradores refugiados de Pinheirinho foi ameaçado de morte pela polícia militar do estado de são paulo, hoje, NA MINHA FRENTE. E na frente de centenas de pessoas. SALVE O MARROM DE PINHEIRINHO." COMPARTILHEM!!
Anonymous Rio
Atualização do nosso amigo no Pinheirinho: Estou voltando para o Rio, onde eu tenho internet decente e calma (sim, eu fiquei com medo para CARALHO hoje) para postar tudo que é preciso, todos os vídeos, todos os depoimentos, mas provas dependem de manter aquela população viva, e unida. O governo dá passagens para qualq...uer lugar do país para os que querem sair, e enfia a porrada nos que estão ficando para denúnciar. Movimentos sociais, militantes e lideranças políticas, seres humanos preocupados devem ir para são josé. Eu vou voltar em dois dias, amanhã, com o meu material vou rodar todos os orgão representativos do Rio com as denúncias. Uma população raivosa para me acompanhar amanhã ajudaria muito. Depois volto para são josé. Hoje a polícia (dois capitães e um tenente da PM paulistana) queria pegar o Marrom (lider sindical e do movimento de resistência) para "dar uma volta" enquanto a diocese tentava expulsar os refugiados da Igreja. Só não aconteceu porque ele fugiu e foi protegido pela comunidade. Mas vida do marrom, lider político, corre muito risco agora. QUEM PUDER VIRALIZAR: #salve o marrom de pinheirinho. O David Washington, único ferido a bala que o governo do estado não conseguiu dar sumiço, só está "a salvo" porque o nome dele foi divulgado. REPITO: Marrom, Líder político dos moradores refugiados de Pinheirinho foi ameaçado de morte pela polícia militar do estado de são paulo, hoje, NA MINHA FRENTE. E na frente de centenas de pessoas. SALVE O MARROM DE PINHEIRINHO. - Nota à Imprensa – Comunidade Pinheirinho, São José dos Campos/SPResponderExcluir
Ter, 24 de Janeiro de 2012 17:28 E-mail | Imprimir | Em relação aos últimos acontecimentos, a Secretaria Nacional de Habitação esclarece:
1. O Pinheirinho é uma ocupação urbana localizada no município de São José dos Campos, São Paulo, que existe desde fevereiro de 2004. O terreno mede mais de um milhão de metros quadrados, e abriga aproximadamente 1,7 mil famílias;
2. Desde 2005, o Ministério das Cidades vem reiterando seu interesse em colaborar na solução pacífica do conflito por meio de uma ação conjunta, ofertando ao município a priorização nas linhas de provisão habitacional / urbanização de assentamentos precários disponíveis no nível federal para atendimento a famílias de baixa renda. Essa manifestação foi formalizada inclusive para a Vara Cível de São José dos Campos e para o Tribunal de Justiça de São Paulo;
3. Nas negociações entre a prefeitura, a associação de moradores, o Ministério das Cidades e em algumas rodadas contando com a participação da Câmara Municipal de São José dos Campos, sempre ficou claro que o município tem papel imprescindível na solução do conflito, considerando suas competências constitucionais de gestor do solo urbano, assim como no cadastramento, elaboração da proposta / projeto para o atendimento às famílias. Mas a prefeitura não apresentou nenhuma proposta para aquela área nas seleções de recursos federais ocorridas desde 2006, nem em outro momento;
4. No segundo semestre de 2011, retomou-se a liminar de reintegração de posse e se reabriram as negociações de atendimentos às famílias com a participação da Secretaria Geral da Presidência e da Secretaria Estadual de Habitação de São Paulo. Novamente a prefeitura não capitaneou ou se mostrou empenhada na construção de uma alternativa de provisão habitacional;
5. Em janeiro de 2012, os governos estadual e federal construíram uma minuta de termo de cooperação. O termo foi recebido pelo procurador da prefeitura e entregue pela associação à vara cível de São José dos Campos. Na minuta, a União se comprometia com parte dos recursos e o estado com os custos de elaboração dos projetos e alternativas. No entanto, também não houve retorno por parte do poder municipal, de quem dependia a desapropriação ou indicação de outra área para atendimento das famílias;
6. E, finalmente, este Ministério permanece à disposição – e inclusive envidará esforço para encontro ainda esta semana – para garantir o atendimento à população de Pinheirinho ao direito fundamental da moradia digna .Aguarda, mais uma vez, a apresentação de proposta pela administração municipal, ademais hoje amplamente facilitada pela criação dos programas do PAC e do Programa Minha Casa, Minha Vida. - CompartilharResponderExcluir
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Edilene Máximo
Sempre é assim: Mega empresários e construtoras, se" apossam" de áreas públicas e até, que deveriam ser preservadas pelo meio-ambiente, e constroem luxuosos condomínios residenciais e comerciais;mas nesses casos não há "justiça" pra reintegração de posses, ao patrimônio público e natural. Mas quando acontece uma ocupação, em uma área "apossada" com estilo, por um mega especulador, que já quebrou a BOVERJ, (outros crimes contra o Sistema Financeiro) um bandido que deveria estar é preso...aí a "justiça" se manifesta, o governador de SP, dá ordem prá que a Polícia Estadual comande com truculência e barbárie a "reintegraçao de posse"??? - Adriana Delorenzo é colunista da Revista Fórum outro mundo em debate.InícioContatoPinheirinho: da família Kubitzky ao Naji NahasResponderExcluir
24 de janeiro de 2012 às 20:01 Nenhum Comentário
Desde domingo, 22, o que se passa no Pinheirinho, em São José dos Campos, vem chocando qualquer pessoa que tenha um pouco de sensibilidade e bom senso. Cerca de 2 mil famílias expulsas da forma como foram é algo deprimente em 2012. Como podem tratar seres humanos como escória. Pelo menos, com a internet, milhares de vídeos, imagens e relatos denunciando a violência da operação puderam ser compartilhados pelo Twitter, Facebook, blogs. A indignação fez com que vários atos fossem convocados pelas redes. No domingo mesmo, cerca de 700 pessoas foram para a Avenida Paulista.
A matéria que mostra o cruel assassinato dos irmãos Kubitzky (Reprodução: Blog Hum Historiador)
Das inúmeras informações publicadas, vou destacar uma que vi no blog Hum Historiador sobre a origem do terreno, onde as famílias moravam desde 2004. Notícia do jornal Folha de S. Paulo de 1 de julho de 1969 relata o brutal assassinato de quatro irmãos que eram os donos da área de cerca de 1 milhão de metros quadrados.
Os irmãos Kubitzky eram todos idosos e solteiros (Paul tinha 76, Arthur, 74, Erma, 72, e Frida Elsa, 68). O jornal diz que eles eram proprietários de mais de um milhão de cruzeiros em terras. Essa seria a principal suspeita do extermínio, já que não deixaram herdeiros. As terras foram parar na mão do Estado. Do Estado para o Naji Nahas, que dispensa apresentações. E, agora, que estava na mão do povo, o Estado devolveu para Naji Nahas, que teve ordem de prisão decretada na ocasião da Operação Satiagraha, pelo juiz Fausto de Sanctis.
Fato é que para ter as terras que serviam de moradia, cumprindo sua função social como prevê a Constituição, muitos crimes foram cometidos. O que acontece nesta semana são crimes contra os direitos humanos.
O pior da história é que muitas comunidades estão sendo expulsas em nome de revitalizações, operações e empreendimentos. Sem qualquer planejamento urbano ou respeito ao Estatuto das Cidades, e até mesmo aos seres humanos, quem está ditando as regras é a especulação imobiliária. Quero muito ver qual o destino que esse terreno terá daqui a alguns anos.
Será um novo condomínio? Por que não para as famílias do Pinheirinho? - Deputado pede para a Câmara investigar a documentação do PinheirinhoResponderExcluir
Guilherme Amado
Juliana Braga - a
Publicação: 25/01/2012 08:18 Atualização:
Após receber informações de que o terreno conhecido como Pinheirinho, em São José dos Campos (SP), teria sido grilado no passado, o deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) decidiu acionar a Câmara dos Deputados para pedir que seja investigada a situação da propriedade. O deputado quer saber como a posse da área, que mede cerca de um milhão de metros quadrados, chegou até a empresa Selecta S/A, do investidor libanês Naji Nahas. Hoje, o Pinheirinho pertence à massa falida da Selecta.
O levantamento feito pelo deputado sobre a origem do terreno remonta à década de 1970, quando os donos eram uma família alemã, que foi assassinada e não deixou herdeiros. Um amigo da família, mesmo sem direito sobre o bem, teria tomado posse e, mais tarde, repassado o terreno para uma terceira família. Esses novos donos, por sua vez, teriam vendido o terreno para Naji Nahas. A dúvida do deputado, que comandou na Polícia Federal a Operação Satiagraha, responsável pelo indiciamento de Nahas por evasão de divisas, operação de instituição financeira sem autorização, falsidade ideológica, fraude e formação de quadrilha, é sobre a possível falsificação da escritura do terreno. “Em algum momento, foi fabricado um documento totalmente fraudulento. Coincidentemente, essa titularidade aparece na mão de um fraudador. É fraude em cima de fraude”, suspeita o deputado. - Máquinas estão demolindo as casas no Pinheirinho sob proteção da PM: moradores incendiaram caminhãoResponderExcluir
Além de já ter pedido em cartório os documentos referentes ao terreno, Protógenes solicitará à Justiça informações sobre o assassinato dos alemães. “Caso fique provado que houve grilagem, mais do que nunca a situação de Pinheirinho muda”, defende.
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) pretende que parte do terreno seja usada para construir moradias aos desalojados do local. Segundo a proposta, formulada em reunião com a secretária nacional de Habitação, Inês Magalhães, e o secretário de Articulação de Movimentos Sociais, Paulo Maldes, uma fatia do terreno seria adjudicada, ou seja, teria sua titularidade transferida para os credores da dívida da Selecta S/A: a prefeitura de São José dos Campos e a União.
A empresa deve pelo menos R$ 15 milhões de IPTU à prefeitura e mais R$ 11 milhões à União. Foi marcada uma nova reunião na próxima sexta-feira, com o prefeito de São José dos Campos, Eduardo Cury, que já conversou com o grupo ontem por telefone. Um representante do governo estadual também será convidado. Até quinta-feira, será concluído o levantamento das dívidas da empresa para saber o quanto de fato pode estar disponível para ser utilizado em uma solução.
PSDB contra-ataca
Ontem, o Ministério das Cidades criticou a prefeitura de São José dos Campos por não ter se interessado em resolver o impasse pelo diálogo. “Desde 2005, o Ministério das Cidades vem reiterando seu interesse em colaborar na solução pacífica do conflito por meio de uma ação conjunta. (…) A prefeitura não apresentou nenhuma proposta para aquela área”, afirmou nota oficial da pasta.
Em resposta às críticas do secretário-geral do governo, Gilberto Carvalho, e do líder do PT na Câmara, deputado Paulo Teixeira, o PSDB criticou o que chamou de “deplorável intromissão do governo federal”. “Ao politizar um assunto que se transformou em drama que sensibiliza a todos nós, mas sobre o qual nunca procurou encontrar uma solução, o ministro (Gilberto Carvalho) ignorou o princípio da separação entre os poderes e a autonomia dos entes federativos”, criticou o presidente interino da sigla, Alberto Goldman. Ao defender o governador paulista, Geraldo Alckmin, e o prefeito de São José dos Campos, ambos do PSDB, Goldman voltou a afirmar que o Estado apenas cumpriu uma ordem judicial.
Na manhã de ontem, os imóveis construídos em Pinheirinho começaram a ser demolidos. Mais um caminhão foi incendiado, próximo à ocupação, sem que a polícia localizasse os criminosos. Alckmin anunciou que as famílias despejadas receberão um aluguel social de R$ 500 por mês, até a construção de moradias populares. A Prefeitura de São José dos Campos será a responsável pelos repasses. Cerca de 950 famílias se cadastraram. - Edilene Máximo via Roni ChiraResponderExcluir
ATENÇÃO COMPANHEIROS!!! Como bem observa Roni Chira:"Não é a primeira, nem segunda nem a terceira tentativa de chamar o Governo Federal para a briga. Operação idêntica em intenções já havia sido deflagrada uma semana antes, na cracolândia. E antes dessa, na USP. Em maior ou menor escala, Alckmin usa a mesma tática- o terrorismo de estado- com os mesmos objetivos: quer brigar com a Federação a qual...quer custo, sempre com o PIG a tiracolo. Por que a imprensa mostra toda a dor dos moradores de Pinheirinho, se é do partdido do governador? Por que as imagens de muita dor ajudariam a atrair Dilma para a arena. Reparem: embora a imprensa estivesse proibida de entrar em Pinheirinho para cobrir as ações, todos os veículos estão dando matéria de capa ao ataque. Imagens abundam, vídeos também como este do Estadão ou este da Globo. - Ataque a Pinheirinho: teu nome é Golpe de EstadoResponderExcluir
janeiro 24, 2012 Deixe um comentário Ir para os comentários
Foto de Roosevelt Cassio, da Reuters
Domingo, 6h da manhã. Dessa vez, a barbárie costumeira das tropas do líder nazi-separatista paulista deu-se em S. José dos Campos. Armados até os dentes e apoiados por cães, helicópteros e a guarda municipal da prefeitura local, 1.800 soldados de Alckmin atacaram as famílias que ainda dormiam em Pinheirinho. Mesmo com maquiagem da imprensa amiga e a cumplicidade do prefeito do mesmo partido, é impossível acreditar que não houve vítimas fatais. Pinheirinho era habitada por 1660 famílias, num total de aproximadamente 6 mil pessoas. Gente pobre, comum. Mulheres, crianças, idosos, trabalhadores, pequenos comerciantes, padre, igreja etc… A comunidade de Pinheirinho não era boca de fumo, esconderijo de bandidos ou de terroristas.
Assassino, covarde, traiçoeiro, truculento, insensível, desumano, pragmático… Podemos adjetivar o governador de São Paulo de diversas formas. Ou de todas essas associadas.
O que aconteceu em Pinheirinho foi golpe, casca de banana jogada no assoalho do Palácio da Alvorada. A meu ver, o principal propósito da ação e sua carga de violência desproporcional foi o de provocar uma crise institucional entre São Paulo e a Federação na qual o PiG estaria pronto para mergulhar e nadar de braçada.
A isca foi favorecer ao escroque Naji Nahas – criminoso financeiro preso em 2008 junto com Celso Pitta e Daniel Dantas na operação Satiagraha. O terreno de Pinheirinho faz parte da tal massa falida do patrimônio de uma das empresas de Nahas, e ficará arrolado num desses intermináveis processos contra criminosos do colarinho branco que resultam em absolutamente nada. Provavelmente o terreno ficará desocupado, cercado e inútil por anos, décadas talvez. Além disso, Naji Nahas, deve R$ 14 milhões em impostos ao governo federal e R$ 15 milhões ao governo estadual. Só este dinheiro daria para comprar Pinheirinho… - A afirmação de Andréa Mararazzo (pré-candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo) no Twitter, domingo, durante o ataque a Pinheirinho, é um exemplo claro das intenções da direita golpista de São Paulo. Disse ele: “Imagine um governador não cumprindo ordens da justiça, não cumprindo as leis! Aqui não é Brasília…” É claro que a “justiça” à qual se referiu o tucano é a paulista – a mesma que é conivente com o PSDB e engaveta dezenas de pedidos de CPIs há 18 anos. É mais falsa que nota de 3 reais. E quando afirma: “Aqui não é Brasília (reticências)” – sugere que no Brasil há dois governos distintos e que o Federal não é reconhecido em São Paulo. A OAB também descobriu o mesmo: houve “quebra do Pacto Federativo” na desocupação de Pinheirinho – disseram em nota.ResponderExcluir
Em miúdos: líder da direita golpista, Alckmin desafiou a autoridade da presidenta. Chamou pra brigar em público com todo o exército do PiG salivando em volta, preparando sua artilharia para uma possível “cobertura à moda da casa” de uma possível e muito bem vinda crise institucional.
Por enquanto Dilma se controla na base do “onde um não quer, dois não brigam”. Mesmo sendo provocada por um fato que mexe na ferida mais antiga e mais profunda: a ação de Alckmin, violenta e traiçoeira contra gente simples e trabalhadeira, faz lembrar os anos da ditadura, quando policiais do regime militar tinham carta branca para prender, torturar e/ou matar quem lhes desse na telha. Porque em qualquer democracia onde a imprensa não é um partido político terrorista, onde existe pluralidade de opiniões em suas redações e respeito à verdade, seria o caso de intervenção de tropas federais. Seria o caso de iniciar um processo de impeachment do governador paulista que, mais do que qualquer político da direita brasileira, não passa de um criminoso.
Não é a primeira nem a segunda nem a terceira tentativa de chamar o Governo Federal para a briga. Operação idêntica em intenções já havia sido deflagrada uma semana antes, na cracolândia. E antes dessa, na USP. Em maior ou menor escala, Alckmin usa a mesma tática – o terrorismo de estado – com os mesmos objetivos: quer brigar com a Federação a qualquer custo, sempre com o PiG a tiracolo. Por que a imprensa mostra toda a dor dos moradores de Pinheirinho, se é do partido do governador? Porque imagens de muita dor ajudariam a atrair Dilma para a arena. Reparem: embora a imprensa estivesse proibida de entrar em Pinheirinho para cobrir as ações, todos os veículos estão dando matéria de capa ao ataque. Imagens abundam, vídeos também como este do Estadão ou este da Globo.
Cabe lembrar que, apesar de Dilma ter seu governo avaliado por 59% da população como ótimo e bom, 33% como regular e apenas 6% como ruim/péssimo – segundo última pesquisa do DataFolha – duas semanas de manchetes bem encadeadas entre os 4 grandes do PiG em cima de uma crise institucional, faria a popularidade da presidenta desmoronar como um castelo de areia e abriria o caminho para um golpe de estado. É essa, e sempre foi essa – a queda de popularidade dos governos petistas – a oportunidade que o oligopólio inconstitucional da mídia espera que surja desde 2002.
Até agora Dilma não comprou briga com Alckmin. Depois dos estudantes da USP, dos doentes da cracolândia, no último domingo foi a vez de 1.660 famílias de Pinheirinho serem castigadas – vítimas inocentes que estavam “no lugar errado e na hora errada”.
Quais serão as próximas vítimas de Alckmin? Não tenham dúvidas, outras virão. Idênticas. É o que resta a eles. Atualmente, a pergunta mais perigosa que paira em nosso horizonte é: até quando a presidenta vai resistir às cutucadas com vara curta do governador paulista? - Andrea WiegmannResponderExcluir
Pedro Rios Leao vc que tem contato com o Marrom, eu gostaria de saber se realmente as pessoas tinham que pagar 30 reais por mês para ele. Olhe o depoimento desse senhor
População Revoltada Contra Líder Pinheirinho
www.youtube.com
Líder do Pinheirinho cobra pedágio das famílias e some...
CurtirCurtir (desfazer) · · Compartilhar · há 10 minutos · - Beto MafraResponderExcluir
Obsceno! Repulsivo! #Pinhierinho só mostra como os nazistas podem ser ignóbeis.
Isadora Szklo
Aqui vai mais um relato sobre o abrigo das vítimas do Pinheirinho, dessa vez, PRECISA ser compartilhado. A Prefeitura está roubando as doações que chegam lá. Por favor, leia: Fomos hoje entregar as muitas doações para as famílias desalojadas na Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Ao chegar próximo do local, n...otamos uma grande movimentação: os ex moradores do Pinheirinho haviam sido removidos da Paróquia por pedido do Padre, e estavam sendo encaminhados para outro lugar, um ginásio, a 4km dali. Quatro kilometros percorridos por eles no sol de 35 graus, a pé. Chegando no ginásio, a Prefeitura estava tomando conta do local e a PM estava cercando, coisas que não haviam ocorrido na Igreja. Entregamos nossas mais de 15 sacolas enormes com doações de roupas, comida e itens de higiene a Juliana, que estava organizando tudo lá dentro, na medida do possível. Passamos por cima da grade, pois a Prefeitura estava bloqueando a porta para cadastro. Resolvemos ir ao mercado comprar o valor de mais uma doação. Um pouco antes, vimos uma senhora convulsionando, as autoridades se recusando a chamar ambulâncias, então a PM a colocou num carro e saiu, na fúria, antes mesmo de perguntarmos os nomes dos policiais. Várias pessoas passaram mal devido a péssima ventilação do ginásio. A ambulância se recusou a ajudar em vários momentos. E a PM também. Agora pra parte mais grave: voltamos do mercado e fomos procurar nossas doações. Juliana, a organizadora, nos contou que se distraiu por um minuto, e quando foi ver, a PREFEITURA ESTAVA LEVANDO AS DOAÇÕES EM UMA VIATURA. Fui questionar os Agentes da Prefeitura lá presentes. Eles negaram, me chamaram de louca, mentirosa, disseram que não tinham visto nada chegar e que não roubariam os miseráveis de forma MUITO grosseira. Ao me ver peitando tais agentes, um guarda da GCM (Guarda Civil Municipal) veio até mim com a mão em sua arma e falou "Você tá fazendo uma acusação, fica esperta se não vai ter consequência". Ficamos lá por mais um tempo procurando as doações. E eles negam até o fim e insistem que estou mentindo. Pra piorar, serviram comida estragada aos abrigados. Linguiça verde e feijão amargo. No Pinheirinho, vai tudo de mal a pior. Por favor, compartilhem. A Defensoria Pública já foi avisada.Ver mais..
CurtirCurtir (desfazer) · · Compartilhar · há 38 minutos · . - Campanha arrecada doações às famílias do PinheirinhoResponderExcluir
As famílias que foram violentamente expulsas do Pinheirinho estão vivendo em condições precárias, em abrigos improvisados pela Prefeitura. Faltam materiais de higiene, água, medicamentos, roupas (principalmente infantis), fraldas descartáveis e uma série de outros produtos que poderiam melhorar, mesmo que de forma emergencial, as condições de vida dessas pessoas, a maioria crianças.
O Sindicato, a CSP-Conlutas e as demais entidades que apóiam os moradores do Pinheirinho não vão abrir mão de exigir dos governos que garantam condições dignas para as famílias desalojadas do Pinheirinho.
Entretanto, temos acompanhado a situação dramática em que se encontram os moradores. As casas dessas pessoas estão sendo demolidas com seus pertences dentro, num ato de total vandalismo e irresponsabilidade por parte do governo do PSDB.
Nos abrigos, centenas de pessoas dividem espaços sem qualquer estrutura. A Prefeitura trata os moradores como animais. Portanto, neste momento eles têm de contar com a solidariedade da população.
Diante dos fatos, as entidades estão lançando uma Campanha de Solidariedade Urgente ao Povo do Pinheirinho. A campanha consiste na arrecadação de alimentos, roupas, remédios e material de higiene.
As entregas podem ser feitas na sede do Sindicato, à Rua Maurício Diamante, 65, ou na CSP-Conlutas, na mesma rua, número 68.
Medicamentos
Um dos grandes problemas enfrentados pelos moradores é a falta de medicamentos e outros produtos farmacêuticos. Veja os produtos que mais faltam nos abrigos:
- Sufadiasina de prata
- Nebacetim
- Atenolol 25
- AS adulto
- Diclofenaco sódico
- Diclofenaco de potássio
- Losartana
- Paracetamol
- Dipirona sódica
- Propanolol 25
- Captopril 25
- Hidrocolotiasida 25
- Buscopan simples e composto
- Metildopa 250
- Nifedipina 10mg
- Furosemida
- Hidroclorotiasida 25
- Antisséptico de uso tópico em spray
- Álcool 90 e 70
- Gaze Estéril
- Algodão
- Espátula
- Esparadrapo
- Micropore
- Soro fisiológico
- Luva de procedimento
- Aparelho de barbear
- Luva Estéril
- Termômetro
- Estetoscópio
- Aparelho de pressão - Marialice Morgan de Aguiar leu um artigo via The Guardian.ResponderExcluir
The fight against Brazil's Pinheirinho eviction can be an inspiration
Rodrigo Nunes: The left has been too slow to criticise the government's growth-fixated policies. The squatters provide a lesson in resistance
Published Time: terça às 13:23
Author: Rodrigo Nunes
Section: Comment is free
Tag: Brazil · Americas · World news..
CurtirCurtir (desfazer) · · há 3 horas via The Guardian · . - Rogerio FarahResponderExcluir
[É SIMPLESMENTE REVOLTANTE...]
O Massacre de Pinheirinho: A verdade não mora ao lado
www.youtube.com
Este vídeo revela os jogos de interesses na expulsão dos 9.000 moradores da ocupação Pinheirinho, de 8 anos, em São José dos Campos. Traz, também, imagens do.....
CurtirCurtir (desfazer) · · Compartilhar · há 17 minutos · . - Sueli DemetrioResponderExcluir
Lys Silva
Galera, vou publicar uma lista de PRIMEIRA necessidade do Alojamento do Poliesportivo do Morumbi.
Por favor, quem está ajudando nos outros 3 abrigos entrem em contato conosco: Eu, Beatriz Galvão, Érica Lemes, Wagner Ferro, Viviani Leite, Viviana Mendes (devo ter esquecido alguém.. se manifestem tá.. e me perdoem tá.
- Toalhas de banho (foram distribuídas pela prefeitura 2 por famílias, m...uita gente está sem ainda)
- Mamadeiras essas no montante de no mínimo 100
- Chupetas no mínimo 50
- Lenços umedecidos
- Fraldas TAM P (15 crianças)
- Lençois (no Kit miséria, fornecido pela prefeitura, não está incluso lençol)
- Escovas de dente (50 ficaram sem)
- Absorvente íntimo no mínimo 40
Gente ajudem a divulgar, entrem em contato conosco que iremos buscar. GrataVer mais - Política| 26/01/2012 | CopyleftResponderExcluir
Envie para um amigo Versão para Impressão Dilma: 'Pinheirinho é barbárie'
Em reunião fechada com representantes do comitê internacional do Fórum Social Mundial, Dilma Rousseff critica duramente ação policial contra sem teto em São Paulo. Segundo ela, governo federal negociava solução amistosa e foi surpreendido por despejo, hipótese que não tinha sido colocada concretamente. Ministra dos Direitos Humanos também condena violencia.
André Barrocal
Porto Alegre – A presidenta Dilma Rousseff classificou de “barbárie” a operação de despejo de 1,6 mil famílias sem teto da área do Pinheirinho, em São José dos Campos (SP), no último domingo (22). Dilma comentou o episódio nesta quinta-feira (26) em reunião com cerca de 90 representantes do comitê internacional do Fórum Social Mundial, em um hotel na capital gaúcha.
A presidenta foi provocada a tocar no assunto pelo empresário Oded Grajew, ex-presidente do Instituto Ethos de Responsabilidade Social, segundo relato feito à reportagem por uma pessoa presente à reunião. O empresário entregou a Dilma um documento sobre direito à moradia escrito por entidades populares que atuam na área.
Em resposta, a presidenta criticou duramente o que aconteceu, embora, segundo este participante, não tenha culpado ninguém especificamente. “Pinheirinho é barbárie”, disse a presidenta de acordo com relato de um outro participante da reunião.
Segundo Dilma, o governo federal foi surpreendido, pois participava de negociações para um desfecho amigável e em nenhum momento a hipótese de despejo teria sido colocada concretamente – as outras autoridades na mesa de negociação eram de São Paulo e São José dos Campos.
A presidenta teria dito, porém, apesar de discordar do que ocorreu, o governo federal não tem muito o que fazer, pois respeita as demais autoridades – no caso, o governo de São Paulo e a prefeitura de São José dos Campos, ambos comandados pelo PSDB, e a Justiça paulista.
Na véspera, depois de participar de uma atividade no Fórum Social Temático, a ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, tinha adotado a mesma posição de Dilma. Demarcou a posição diferenciada do governo federal, mas dizendo que se deve respeita as instituições paulistas. “Nós da área dos direitos humanos somos naturalmente a favor de soluções pactuadas”, afirmou a ministra. “O governo federal ainda está aberto a negociar.” - DIREITOS HUMANOS26/01/2012 - 14h17 | Thassio Borges | RedaçãoDenúncias de violações na desocupação do Pinheirinho chegam à ONURaquel Rolnik fará apelo para chamar atenção da comunidade internacional para o casoResponderExcluir
A arquiteta e urbanista Raquel Rolnik, relatora do programa das Nações Unidas para a habitação, vai denunciar à ONU nesta quinta-feira (26/01) a violação de direitos humanos ocorrida desde o último fim de semana na comunidade de Pinheirinho, em São José dos Campos, no interior de São Paulo.
Na denúncia, Raquel deve fazer um apelo para chamar a atenção da comunidade internacional a respeito do caso. A ação policial na comunidade do Pinheirinho se deu depois que a Justiça Estadual de São Paulo determinou a reintegração de posse da área, onde moravam cerca de 6.000 pessoas, e que é alvo de uma disputa judicial.
Na ação, a polícia usou gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar os moradores que protestavam contra a ação. A atuação policial foi criticada por conta da força utilizada e também pela falta de respeito aos direitos básicos dos moradores.
“Eu não consigo identificar nenhum direito que foi garantido. Nenhum. Todos foram desrespeitados. Por exemplo, as pessoas não tiveram o direito de ir e vir para tirar suas coisas. Falamos que sairiam dez famílias por vez, 15 famílias por vez para não criar tumulto, e eles não respeitaram. Estão jogando as coisas das pessoas na rua, estão sumindo coisas. Estão derrubando as casas, sem deixar alternativa para as pessoas. É pior que a invasão dos Estados Unidos no Iraque”, denunciou o advogado Antonio Donizete Ferreira, um dos responsáveis pela defesa da comunidade.
Para o brasileiro Cláudio Acioly, coordenador do programa das Nações Unidas para o Direito à Habitação e chefe de política habitacional da ONU-Habitat, a remoção dos moradores da área constitui uma “violação drástica” do princípio da moradia adequada.
Em entrevista à BBC Brasil, o especialista afirmou também que esse tipo de remoção forçada acaba criando problemas ao invés de soluções para a sociedade.
Durante o confronto entre os moradores e policiais, alguns carros foram incendiados e pelo menos três pessoas ficaram feridas. A Polícia Militar afirmou que iria averiguar, inclusive, a denúncia de que havia soldados utilizando armas de fogo durante a repressão aos protestos.
O governo do Estado de São Paulo negou o uso de violência na reintegração de posse e afirmou que apenas estava cumprindo uma determinação judicial. - O local onde se encontra hoje o Pinheirinho era uma grande fazenda de uma famila alemã, a Familia Kubitzky. Seus donos se chamavam Hermann, Artur, Erma e Frida !ResponderExcluir
Porém essa família de imigrantes alemã...es, foi brutalmente assassinada em meados do ano de 1969. A área ficou sem herdeiros, pois seus donos eram bem idosos e solteiros e sem filhos ! (existem matérias nos arquivos do jornal Folha de S. Paulo da época falando sobre o caso).
A partir dai podemos constatar que em 1981 surgiu um “dono” para essas terras e ele se chama Naji Nahas, que colocou essas terras no nome de uma empresachamada Selecta S/A., empresa essa que na realidade nunca teve um funcionário, desde essa época que o senhor Naji Nahas conseguiu essas terras sabe-se Deus lá como, ele apenas fez o que podemos chamar de especulação imobiliária com aquelas terras, e aqui abro um parênteses para falar de outro conceito, a grilagem ( grileiro é um termo que designa quem falsifica documentos para de forma ilegal tornar-se dono por direito de terras devolutas ou de terceiros ou ainda quem está na posse ilegal de prédios ou prédios indivisos, por meio de documentos falsificados)...http://www.observadorpolitico.org.br/grupos/justica/forum/topic/pinheirinho-conscientizacao/Ver maisPinheirinho: Conscientização - Observador Político
www.observadorpolitico.org.br
O local onde se encontra hoje o Pinheirinho era uma grande fazenda de uma famila... alemã , a Familia Kubitzky. Seus donos se chamavam Hermann, Artur, Erma e Frida ! Porém esta família de...Ver mais..há 6 minutos · GostoNão gosto · 1. - .Surgem nomes de desaparecidos na invasão do PinheirinhoResponderExcluir
Posted by eduguim on 27/01/12 • Categorized as Reportagem
Pretendo ir a São José dos Campos com amigos ver com os meus próprios olhos e ouvir com estes ouvidos o que de fato aconteceu por lá.
Na próxima segunda-feira, integrarei uma comissão de ativistas pelos direitos humanos, parlamentares, juristas e jornalistas que passará o dia no local.
À noite, haverá uma sessão pública na Câmara Municipal de São José dos Campos em que será feita uma denúncia formal sobre desaparecimentos.
Conversei hoje com várias pessoas, entre as quais o advogado das vítimas do Pìnheirinho e presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de São José dos Campos, doutor Aristeu César Pinto Neto.
Ele confirma os nomes dos desaparecidos, conforme matéria divulgada no Terra e que me foi passada mais cedo por membro do Conselho Nacional de Defesa dos Direitos Humanos, Bruno Cardoso.
Esses nomes foram divulgados na quinta-feira.
—– - por Bruno CardosoResponderExcluir
Conselheiro da CONEDH (Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos)
http://www.facebook.com/profile.php?id=100000302937357
Estive hoje junto com a Rede contra a Violência e com a Justiça Global visitando as famílias que foram desalojadas da comunidade Pinheirinho, em São Jose dos Campos, SP. Muita tristeza e lágrimas. Relatos dizem que houve mortos na desocupação, inclusive crianças.
Existem 05 desaparecidos:
• Ivo Teles dos Santos – 75 anos: denunciado por sua ex-mulher Ozorin Ferreira dos Santos.
• Edite Almeida de Lima – 80 anos, portadora de Alzheimer. Passou mal com a entrada da polícia e foi levada por ela ao Hospital Municipal do Parque Industrial. Os familiares foram ao hospital depois e a recepção informou que ela tinha tido alta e indo embora sozinha do hospital. Letícia, Lidiane, Caio (jornalista) e Rafael (jornalista) foram ao Hospital do Parque e um funcionário chamado Jerônimo informou que ela tinha passado por lá no domingo e sido levada por policiais, pois estava perambulando nas ruas. Teria sido atendida e fugido pelos fundos do hospital. Para mais informações, falar com Shirley e Rosana no Hospital para pegar o prontuário. Os denunciantes são Adélia Almeida da Silva (filha) e Michael da Silva (neto);
Nota do editor: há informações de que essa pessoa já teria sido encontrada, mas o autor da denúncia, Bruno Cardoso, não confirma.
• Josefa de Fátima Jerônimo (não se sabe se é de Pinheirinho mesmo) teria sido enterrada no Cemitério do Parque na segunda por doença no aparelho circulatório, mas, no Hospital da Vila e do Parque, não havia registro de entrada com esse nome;
• Gilmara Costa do Espírito Santo, Beto (esposo) e Lucas Costa do Espírito Santo. A denúncia é de Lourdes, tia de Gilmara e Cleudes Nascimento Pereira;
• Mateus da Silva (mãe Maria Lúcia da Silva) – 8 anos: Passou mal, entrou em estado de choque e foi levado pela polícia, que disse que o levaria ao hospital, mas ele desapareceu. A denúncia é de sua avó.
—–
Leia notícia do Terra sobre os desaparecidos
http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI5579760-EI5030,00-ONGs+divulgam+nomes+de+supostos+desaparecidos+no+Pinheirinho.html - Jorge Nogueira RebollaResponderExcluir
27/01/2012 • 14:36 .“Um desses desaparecidos, Pedro Ivo Teles dos Santos, de 75 anos, foi espancado pela PM e levado para um posto de saúde. Sua mulher testemunhou o fato e desde então não teve mais informações sobre ele”
Parece que neste caso o corinho assassino! assassino! não se aplica…
Agressão/ O aposentado Ivo Teles dos Santos, 70 anos, disse que foi ‘espancado’ por três policiais quando deixava o Pinheirinho.
“Eles vieram com muita violência para tirar a gente de casa. Eu reagi e eles partiram para cima. Cai no chão e os três policiais continuaram a bater com o cacetete em mim, olha só como estou agora? Não consigo nem andar”, disse. Santos morava sozinho no assentamento sem-teto e saiu de mãos vazias.
http://www.ovale.com.br/regi-o/conflitos-feridos-e-18-presos-1.210422
January 23, 2012 – 08:29
O aposentado foi vítima de agressão. Se confirmado que três policiais espancaram um ancião de 70 anos é uma aberração.
Porém, parece que ele morava sozinho… como será que a esposa (ex?) presenciou?
Responder - H.PiresResponderExcluir
27/01/2012 • 11:10 .Vagabundos NAZIS direitas partidária/midiatica/TOGADA, caso UM SÓ, UM SÓ, tenha morrido nessa “reintegração” de posse e DESINTEGRAÇÃO DA SOCIEDADE desse local, voces serão lembrados e tachados por seus NOMES PRÓPRIOS, ou seja, DESGRAÇADOS ASSASSINOS. AMALDIÇOADOS ASSASSINOS. NAZIS, voces DESTRUIRAM TUDO. TUDO que estava lá, “propriedade” de pessoas DECENTES. De gente TRABALHADORA. Que não roubaram nada de ninguem. Que nunca tiveram “MAMIS” E “PAPIS”, quase sempre corruptos(sempre roubando dos pobres para se enriquecerem) como voces tem seus NAZIS ASQUEROSOS. Voces SEUS DESGRAÇADOS NAZIS, perpetraram OS MAIORES SOFRIMENTOS PARA AS PESSOAS e, até para seus bichinhos de estimação(também maltratados ao extremo por voces). E ainda, os atacados nesse local, transformado em CAMPO DE CONCENTRAÇÃO por voces NAZIS FEDIDOS, são chamados, PELA DIREITA MIDIATICA, de “VANDALOS”. Deus do ceu, CHAMADOS DE VANDALOS, por terem oferecido UM QUASE NADA DE RESISTENCIA. Ou seja, pra voces SEUS AMALDIÇOADOS NAZIS PARTIDARIOS/MIDIATICOS/TOGADOS, OS POBRES tem que apanhar, apanhar, apanhar, levar tiros, tiros e mais tiros e………. SE CALAR. Pra voces, seus NAZIS DIREITAS, o “bom” pobre é aquele que ENSANGUENTADO, PELAS PORRADAS DE VOCES, MORRE SORRINDO E AGRADECENDO. DIREITA, A CONTA TA CHEGANDO. SATANAS ESTA COM ESSA CONTA NAS MÃOS. COMO DIZEM: FEVEREIRO EM CHAMAS. - Aninha Ornellas e Edilene Máximo partilharam a actualização de estado de Joel Oliveira.ResponderExcluir
Joel Oliveira
MISTÉRIOS DE PINHEIRINHO. Como o especulador Naji Nahas adquiriu um terreno que havia sido desapropriado pelo estado? Segundo pesquisas de historiadores da Univap - Universidade do vale do Paraíba- o terreno pertencia a uma família alemã , composta de seis pessoas. Todos foram mortos em uma chacina, em 1969. Como não h...avia herdeiros, o terreno foi incorporado ao patrimônio do estado de S.Paulo, quando o governador Egydio Martins pediu a desapropriação da terra. Os documentos que atestam os fatos foram transferidos de S. José dos Campos para Jundiaí . Ninguém sabe porque, nem como passou a ser propriedade do especulador. De: Beth Monteiro - Pinheirinho, Cracolândia e USP marcam a gestão de Alckmin e do PSDB em São PauloResponderExcluir
Publicado em 26-Jan-2012
Pinheirinho, São José dos Campos (SP)
Pinheirinho, Cracolândia e USP marcam a gestão Alckmin e o PSDB cujo governo vai banalizando o uso da força militar e da repressão pura e simples contra manifestações de protesto. Geraldo Alckmin - que governa o Estado pela 3ª vez - e os tucanos agem dessa forma sempre confiantes na cumplicidade de grande parte da imprensa.
Repressão, truculência e violência do governo tucano paulista se repetiram no despejo das 1.600 famílias (cerca de 6 mil pessoas) no bairro do Pinheirinho em São José dos Campos; na Cracolândia paulistana, onde só há ação policial, desacompanhada das políticas de tratamento para ajudar os dependentes; e nas duas vezes em que a polícia de Alckmin interveio no campus da USP na capital no ano passado.
Repetiu-se tudo ontem, nas manifestações de protesto ocorridas na capital, nas cerimônias comemorativas dos 458 anos de São Paulo. A PM usou gás pimenta e cassetetes contra os manifestantes que participavam do protesto "Especulação extermina: basta de trevas na Luz e em São Paulo!". - Kassab caiu em desgraça com baronato da mídiaResponderExcluir
O ato era contra a reintegração de posse da área do Pinheirinho, contra a violência naquele bairro em São José dos Campos e na Cracolândia. Mas, se formos buscar na mídia hoje esta marca maior do governo Alckmin, vamos ver que ela foca a notícia na figura do prefeito de São Paulo Gilberto Kassab.
Kassab caiu em desgraça com o baronato da mídia paulistana ao propor uma aliança com o PT e abandonar o barco tucano. Devia, mas não pode ser diferente: o estado maior político da mídia sabe que a conquista da prefeitura da maior cidade do país pode levar o PT ao governo do Estado e a consolidação da hegemonia petista com a reeleição da presidenta da República, Dilma Rousseff, em 2014.
Por isso, há este esforço - corroborado por importantes articulistas - de culpar os moradores do Pinheirinho, ou seja, as vítimas e suas lideranças, pela repressão. É exatamente aquela posição que muitos adotaram ao afirmar que a repressão da ditadura foi consequência da resistência e da luta armada, uma infâmia ontem e hoje.
Os responsáveis são os governos tucanos paulistas
Os únicos autores desse estado de coisas são os governos estaduais paulistas e eles devem ser responsabilizados. Espero que as entidades de direitos humanos sejam da Organização dos Estados Americanos (OEA), da ONU; ou independentes como a Human Rights Watch (HRW) - que ainda na semana passada protestava contra desrespeito a direitos fundamentais no Brasil - condenem os governos tucanos por sua violação sistemática dos direitos humanos.
Nas cerimônias comemorativas do aniversário de São Paulo ontem parece que o governador tucano, conhecido como Geraldinho, sabia pelos seus serviços de inteligência que haveria protestos e se poupou. Os mesmos serviços que ele infiltrou junto aos moradores do Pinheirinho para saber antecipadamente como reagiriam ao despejo, mas não se preocupou em elaborar um programa para abrigar os sem-teto despejados.
Nem à missa na Catedral da Sé, que tradicionalmene conta com a presença do governador, ele foi. Abandonou o prefeito Kassab, seu desafeto, à sanha dos manifestantes e se poupou do espetáculo de repúdio ao seu governo cada vez mais reacionário e repressivo.
Assim, o prefeito tornou-se vítima também das manifestações e da responsabilidade pela repressão na Cracolândia, questão que devia ter sido e deve ser equacionada com politicas públicas e ações sociais e urbanas. - Brasil2AAA.ResponderExcluir
28 de Janeiro de 2012 - 15h48
Matarazzo se descontrola durante 'Ato pró-Pinheirinho'
O secretário da Cultura do Estado de São Paulo, Andrea Matarazzo, discutiu com manifestantes do 'Ato pró-Pinheirinho' em frente ao Museu de Arte Contemporânea (MAC-USP), cuja nova sede foi inaugurada neste sábado, 28. Houve confusão entre pessoas que defendiam o secretário e participantes do ato.
Secretário de Cultura de SP se descontrola durante manifestação em defesa de moradores de Pinheirinho
Os manifestantes protestavam contra a violência empregada durante a ação de reintegração de posse do terreno do Bairro do Pinheirinho, em São José dos Campos, no interior de São Paulo, que era ocupado por cerca de 2 mil pessoas. - MANIFESTO PELA DENÚNCIA DO CASO PINHEIRINHO À COMISSÃO INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOSResponderExcluir
Objetivo assinaturas : 4229 / 50000
No dia 22 de janeiro de 2012, às 5,30hs. da manhã, a Polícia Militar de São Paulo iniciou o cumprimento de ordem judicial para desocupação do Pinheirinho, bairro situado em São José dos Campos e habitado por cerca de seis mil pessoas.
A operação interrompeu bruscamente negociações que se desenrolavam envolvendo as partes judiciais, parlamentares, governo do Estado de São Paulo e governo federal.
O governo do Estado autorizou a operação de forma violenta e sem tomar qualquer providência para cumprir o seu dever constitucional de zelar pela integridade da população, inclusive crianças, idosos e doentes.
O desabrigo e as condições em que se encontram neste momento as pessoas atingidas são atos de desumanidade e grave violação dos direitos humanos.
A conduta das autoridades estaduais contrariou princípios básicos, consagrados pela Constituição e por inúmeros instrumentos internacionais de defesa dos direitos humanos, ao determinar a prevalência de um alegado direito patrimonial sobre as garantias de bem-estar e de sobrevivência digna de seis mil pessoas.
Verificam-se, de plano, ofensas ao artigo 5º, nos. 1 e 2, da Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto de São José), que estabelecem que toda pessoa tem direito a que se respeite sua integridade física, psíquica e moral, e que ninguém deve ser submetido a tratos cruéis, desumanos ou degradantes.
Ainda que se admitisse a legitimidade da ordem executada pela Polícia Militar, o governo do Estado não poderia omitir-se diante da obrigação ética e constitucional de tomar, antecipadamente, medidas para que a população atingida tivesse preservado seu direito humano à moradia, garantia básica e pressuposto de outras garantias, como trabalho, educação e saúde.
Há uma escalada de violência estatal em São Paulo que deve ser detida. Estudantes, dependentes químicos e agora uma população de seis mil pessoas já sentiram o peso de um Estado que se torna mais e mais um aparato repressivo voltado para esmagar qualquer conduta que não se enquadre nos limites estreitos, desumanos e mesquinhos daquilo que as autoridades estaduais pensam ser “lei e ordem”.
É preciso pôr cobro a esse estado de coisas.
Os abaixo-assinados vêm a público expor indignação e inconformismo diante desses recentes acontecimentos e das cenas desumanas e degradantes do dia 22 de janeiro em São José dos Campos.
Denunciam esses atos como imorais e inconstitucionais e exigem, em nome dos princípios republicanos, apuração e sanções.
Conclamam pessoas e entidades comprometidas com a democracia, com os direitos da pessoa humana, com o progresso social e com a construção de um país solidário e fraterno a se mobilizarem para, entre outras medidas, levar à Comissão Interamericana de Direitos Humanos a conduta do governo do Estado de São Paulo.
Isto é um imperativo ético e jurídico para que nunca mais brasileiros sejam submetidos a condições degradantes por ação do Estado. - PLENÁRIO / PRONUNCIAMENTOSResponderExcluir
03/02/2012 - 13h32
Suplicy pede proteção para desalojados de Pinheirinho que denunciaram violências de policiais
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) pediu providências a autoridades do estado de São Paulo e do governo federal para que seja garantida proteção às vítimas dos episódios de violência ocorridos durante a ação de reintegração de posse da área da comunidade de Pinheirinho, em São José dos Campos, no mês passado.
Veja mais
Aloysio Nunes: denúncias de abusos em Pinheirinho serão apuradas
Em Plenário, ele leu trechos de relatório produzido pelo Conselho Estadual de Defesa da Pessoa Humana (Condepe), do próprio estado, com depoimentos em que moradores de Pinheirinho relatam violências físicas e até abusos sexuais cometidos pelos policiais, que atuaram na operação da Polícia Militar para cumprir ordem da Justiça estadual.
- São tão graves os fatos relatados que quero sugerir ao governador Geraldo Alckmim que escute pessoalmente todos os relatos dos abusos cometidos por alguns membros da Polícia Militar do estado - afirmou Suplicy.
As providências foram solicitadas ainda ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, e também à ministra-chefe da Secretaria Nacional dos Direitos Humanos, Maria do Rosário. De acordo com o senador, as medidas de proteção são necessárias porque alguns policiais, no momento das agressões, fizeram ameaças de morte caso as vítimas viessem a denunciar os fatos.
O senador fez um longo relato das negociações, com sua participação e de outros parlamentares, para que a ordem de reintegração de posse fosse suspensa. Conforme assinalou, a suspensão era importante porque naquele momento já se encontrava em fase de conclusão entendimentos para a destinação da área para assentamento definitivo da comunidade de cerca de sete mil pessoas.
Suplicy disse que os parlamentares estiveram com o próprio presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador Ivan Sartori. Ele teria sugerido um entendimento direto entre o juiz da 18ª Vara de Justiça de São Paulo, Luiz Beethoven Giffoni Ferreira, e o síndico da massa falida da empresa proprietária do terreno, Jorge Uwada, em 18 de janeiro.
Apesar da posição contrária dos advogados da massa falida, o síndico teria concordado em conceder 15 dias para o desfecho das negociações para resolver a questão dos moradores, inclusive admitindo que seu desejo era evitar violências na execução da ordem de reintegração. No entanto, ele disse ter sido acordado no dia 22, num domingo, às 6h30min, com a informação de que já havia sido iniciado o desalojamento das famílias.
- Tal operação só ocorreu porque o juiz Luiz Beethoven Giffoni Ferreira, por razões que ainda precisam ser investigadas, inclusive pelo Conselho Nacional de Justiça, havia reconsiderado sua decisão anterior, quebrando o acordo firmado - disse Suplicy, criticando a ausência de iniciativa para a suspensão da ordem judicial.
Segundo o senador, também não "condizem com a realidade" as afirmações de que não houve violência policial. De acordo com Suplicy, os depoimentos de moradores, autoridades, jornalistas e outras testemunhas indicam que ocorreram "gravíssimos abusos" cometidos por parte da PM, conforme registros feitos pelo Condepe. Ele solicitou a inclusão do relatório nos anais do Senado.
Da Redação / Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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Fonte: DataSenado - Via Lívia Barreto:
"Que coisa engraçada...
O Geraldo Alckmin mandou invadir e atacar os moradores do Pinheirinho.
Um dia depois dele ter se reunido com vários políticos e ter garantido que iria esperar pela próxima reunião na semana seguinte.
Oras, mas pq será que mudou de idéia tão depressa? Pq ele é ditador? Pq ele é tirano? Bem, acho que isso a maioria de nós já sabíamos. Então por qual motivo? Simples: pq todos só falavam de um assunto: Privataria Tucana! Foi a forma que encontraram para o assunto cair no esquecimento. Aliás, foi o que realamente aconteceu. Ninguém fala mais sobre isso. Claro que o ocorrido no Pinheirinho, foi desumano e bárbarie mas a verdade é que abafou-se a Privataria Tucana. E todos nós sabemos, que o candidato a presidência do PSDB será o Aécio Neves... por tanto, não tem nada demais denegrir a imagem do Alckmin... pq a do FHC e a do Serra já nem existem mais!
Agora com o carnaval e o desfile das escolas de samba e com a Gavioés da Fiel homenageando o Lula, surgiu a oportunidade perfeita para eles conseguirem abafar o ocorrido no Pinheirinho. Vejam bem: na última hora, dois jurados foram trocados e um dirigente da escola de samba, que iria ser rebaixada rasga os envelopes com as notas dos jurados. Oportunidade criada perfeitamente para a torcida da Gaviões invadir o local e colocar fogo em carros alegóricos e destruirem muros. Todos sabemos como são os torcedores de times de futebol e sabemos também que o povo está acordando e não é mais bobo para acreditar em trocas de jurados. O que aconteceu? O que eu já esperava: agora todos só falam mal dos corinthianos e que esses atos de vandalismo pegaram mal para a imagem do LULA!!!
Que piada... essa direita, filha da ditadura! Que piada... esse governo do Estado de São Paulo! Que piada... essa prefeitura do município de São Paulo! Que piada... esse PSDB! Mas principalmente, que piada... quem se vende para estragar a festa de todos os brasileiros que amam o carnaval, que amam o corinthians e principalmente que amam o LULA! Sim, pq quem duvida que esse cara foi comprado para tumultuar e acabar com td? Quem duvida que essa troca de jurados, totalmente sem sentido e de última hora não foi para boicotar o resultado das notas? Pois é... se alguém tinha alguma dúvuda, espero que já não tenha mais! Olho vivo e olhos bem abertos pessoal..."
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24 de janeiro de 2012
A Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa, reunida em Porto Alegre nos dias 21, 22 e 23 de janeiro de 2012, condena veementemente a brutal ação policial que desocupou a favela do Pinheirinho, em São José dos Campos, São Paulo. A notícia, que recebemos com consternação, é um choque, por sua ferocidade e covardia que, de acordo com relatos, teriam custado sete mortes. Infelizmente, contudo, não é uma surpresa. Quem está atento aos fenômenos de transformação do espaço urbano brasileiro nos últimos anos, sabe da violência que caracteriza os processos de exclusão que atingem às comunidades mais pobres, mesmo quando eles não se manifestam pela força física.
Pinheirinho é um caso trágico, mas exemplar: um terreno dedicado à especulação imobiliária, que pertence à massa falida de Naji Nahas, notório criminoso financeiro; cerca de 1.600 famílias, totalizando mais de 6.000 pessoas, vivendo no local há oito anos; descaso das autoridades em todos os níveis, mas especialmente a prefeitura, com a regularização e a infraestrutura da área; uma intervenção direta do aparelho estatal (no caso, o governo do Estado de São Paulo) contra a população mais carente e em favor de interesses privados.
Nada disso, claro, é novidade; mas essas dinâmicas têm se acelerado nos últimos anos e ganharam, mais recentemente, um impulso fortíssimo com a escolha do Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016. O que temos visto são remoções criminosas, atingindo cerca de 170 mil pessoas no Brasil inteiro, e desrespeito aos direitos mais básicos, em favor de uma lógica que privatiza os lucros, enquanto socializa custos e prejuízos à população. Estes prejuízos se distribuem desproporcionalmente, e é a população mais fragilizada, em particular, que arca com o peso maior.
Megaeventos são, no mundo todo, exatamente isso: grandes desculpas para criar-se um estado de exceção que permite a uns poucos maximizar seu ganho nas costas de muitos que pagam caro, seja por meio de impostos, seja pela perda da moradia, seja pela perda de direitos trabalhistas, seja, como é o caso hoje, com a vida.
Exigimos justiça para as famílias do Pinheirinho, mas também para aqueles que terão de ser responsabilizados e punidos por este arbítrio. Em primeiro lugar, o governador Geraldo Alckmin, que hoje inscreveu seu nome no panteão dos governos do Estado de São Paulo: agora ele também tem o seu Carandiru. Têm que pagar o preço do abuso, ainda, o juiz titular da 3ª Vara Federal, Carlos Alberto Antônio Júnior, que cassou a liminar que suspendia a ação de reintegração de posse, alegando que a justiça federal não teria competência para atuar no caso, apesar da manifestação de interesse da União em comprar a área disputada; e especialmente a juíza da 6ª Vara Cível, Márcia Faria Mathey Loureiro, que planejou a ação junto com o comando da Polícia Militar; bem como os comandantes envolvidos na operação.
Mas se Pinheirinho é exemplar, também o é pela organização e empenho da comunidade em lutar pelos seus direitos. Rodaram o mundo fotos e vídeos destes homens e mulheres comuns que, jogados pelas circunstâncias numa luta desigual por seus direitos e sua dignidade, elevaram-se ao papel de fonte de inspiração e admiração para muitos. Pinheirinho pode cair, mas Pinheirinho não acabará para todos aqueles que seguirão lutando esta mesma luta. A partir de hoje, Pinheirinho somos todos nós.